"Um grande amor só pode existir à sombra de um grande sonho..." Mas quantos desses sonhos ficam perdidos no tempo...
30/04/09
27/04/09
24/04/09
Mais sobre o 25 de Abril.....
O que mais falta acontecer???
Desde Janeiro, por opção pessoal - porque a vida não está fácil e não se pode parar - voltei a estudar, estou a fazer um curso pós laboral - e devido aos horários que tenho praticamente não vejo televisão e as noticias. Vou ouvido na rádio!
Ontem a caminho do serviço, oiço que Otelo Saraiva de Carvalho, foi promovido a Coronel de Artilharia.
Passo a citar parte da noticia que vinha no Correio da Manhã:
"A promoção do líder operacional do 25 de Abril, efectuada ao abrigo da lei da reconstituição das carreiras dos militares que tenham sido penalizados por terem participado no período de transição da Revolução de 1974, ocorre sete anos depois de Paulo Portas ter travado essa iniciativa enquanto ministro da Defesa, por questões relacionadas com o processo que envolveu o grupo terrorista FP-25, no qual Otelo foi indultado e depois amnistiado."
Pronto, no nosso país, há quem amnistie e promova terroristas e criminosos, e ainda os indemnize...!!!
É só o que me ocorre dizer, depois de tudo isto, e de todos sabermos quem é Otelo Saraiva de Carvalho e o que ele fez. Mas como esteve envolvido directamente no famoso 25 de Abril, tudo lhe é perdoado, e é tratado como "herói"!!!
Em Moçambique esse sujeito era bastante conhecido, toda a gente sabia quem ele era.
O que mais falta acontecer???
E porque invariavelmente nesta altura se fala tanto no 25 de Abril....
- Samora Machel portou-se como Estaline Relativamente à População Portuguesa -
- JOSÉ MILHAZES -
* da Agência LUSA - Correio da Manhã - 23.04.2009
- Samora Machel portou-se como Estaline Relativamente à População Portuguesa -
Diplomatas soviéticos que deram início às relações diplomáticas entre URSS e Moçambique criticam a politica de Samora Machel face à população portuguesa branca, sublinhando que, nesta área, o Presidente Moçambicano se comportou de forma semelhante ao ditador soviético, José Estaline.
"De forma dura, como Estaline, Samora Machel tratou os portugueses que viviam em Moçambique. Muitos deles receberam com entusiasmo os combatentes pela independência quando entraram em Lourenço Marques e estavam prontos a cooperar de todas as formas com a Frelimo", escreve Piotr Evsiukov, primeiro embaixador soviético em Moçambique, em "Memórias sobre o trabalho em Moçambique", a que a LUSA teve acesso.
Não obstante, também aqui se revelou o extremismo de Samora Machel. Ele apresentou condições tais de cidadania e residência aos portugueses em Moçambique que eles foram obrigados, na sua esmagadora maioria, a abandonar o país... Com a fuga dos portugueses, a economia de Moçambique entrou em declínio", recorda.
Piotr Evsiukov recorda que Machel era um convicto admirador de José Estaline.
"Samora Machel falou-me várias vezes do seu apego e respeito por J. Estaline. Durante a visita oficial de uma delegação de Moçambique à URSS, Samora Machel terminou a viagem na Geórgia.
Depois das conversações com Eduard Chevarnadzé, Sérgio Vieira, membro da direcção da Frelimo, veio ter comigo e pediu-me, em nome do Presidente, para arranjar um retrato de Estaline. Claro que os camaradas georgianos satisfizeram o pedido com agrado", escreve Evsiukov.
Arkadi Glukhov, diplomático soviético que chegou antes de Evsiukov para abrir a embaixada da URSS em Lourenço Marques, escreve:
"Após o fim da Segunda Guerra Mundial. Lisboa, tendo perante si os exemplos da queda dos impérios coloniais da Inglaterra e França, enveredou pela via da reforma intensa do seu sistema colonial, nomeadamente no campo das relações entre raças, da politica social e cultural. Tudo isso foi levado à prática na chamada política de "assimilação", cujos rastos sentimos com evidência quando chegámos a Moçambique".
Porém, continua o diplomata soviético, "esses rastos começaram a desaparecer rapidamente, principalmente depois da entrada na cidade (Lourenço Marques) das unidades militares da Frelimo e da intensificação de medidas e de todo o tipo de limitações (frequentemente inventadas) contra a população portuguesa, não obstante, em geral, ela ser leal e estar pronta a cooperar com os novos poderes".
Segundo Glukhov, "no fim de contas, isso levou à partida em massa dos portugueses do país, o que se reflectiu de forma grave na sua vida económica e aumentou a tensão nas relações entre raças".
Segundo os diplomatas soviéticos, a politica de Samora Machel provocou atritos com Joaquim Chissano, primeiro-ministro moçambicano, que defendia o diálogo com a população branca.
Evsiukov escreve que Machel reconheceu o seu erro e, "ao aconselhar Robert Mugabe, seu amigo e pretendente ao cargo de Presidente do Zimbabué, disse-lhe para não expulsar os rodesianos brancos da antiga Rodésia do Sul".
- JOSÉ MILHAZES -
* da Agência LUSA - Correio da Manhã - 23.04.2009
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