31/08/06

Elogio ao Amor
"Eu próprio percebo pouco do que vou dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

(...)Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.

Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".

Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não está lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sózinho, triste, mas mais acompanhado do que quem vive feliz. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

- Elogio ao amor / Miguel Esteves Cardoso - Expresso -

Gosto de ler Miguel Esteves Cardoso e penso que valeu a pena ter trocado o meu post por este.
Está aqui a descrição do amor verdadeiro, que já quase não se encontra hoje. Modernizou-se. Sinal dos tempos, talvez!!!
Palavras mais bonitas que as minhas.
Mas não mais sinceras, não mais sentidas, não mais vividas...
Escrevi há pouco um post, mas depois de reler optei por o retirar.
São palavras, apenas palavras, que só para mim fazem sentido.
Por nenhum motivo especial, mas porque foi importante, vou guardá-las.
Só para mim!!!
Tenho aqui umas fotos no meu mail, que são simplesmente deliciosas!!!
Vou ausentar-me um pouquinho para as ver outra vez.

30/08/06

Depois de estar contigo...
O meu dia terminou assim!!!!
1001 desejos...
Há centenas de pessoas que se cruzam na nossa vida.
Algumas deixam marcas profundas - umas boas outras nem por isso, mas não deixam de ser profundas e difíceis de apagar - outras passam simplesmente sem deixar absolutamente nada, outras ainda, passam e preferíamos nunca as ter conhecido. Pessoas que nos "arquivos" da nossa vida ocupam o espaço do indesejável, do impossível recordar!!
E existem algumas pessoas que, aparecem na nossa vida para nos transmitirem a certeza de que vale a pena viver, quanto mais não seja para as conhecermos.
Basta a sua presença ao nosso lado, basta ouvir a sua voz, sentir o seu cheiro por perto, sermos brindados com um sorriso seu, para pensarmos que nada mais importa, que não há contratempos que nos vençam, que afinal o sol não brilha tanto lá fora como a luz que te rodeia quando apareces, que a vida é realmente linda porque tu fazes parte dela. Da minha!!!
Há memórias que temos a capacidade de apagar das nossas vida. Como se fosse um interruptor em que clicamos e pronto...desaparecem. Apagam-se. Delete!
Há pessoas e momentos que se desvanecem, com o passar dos dias ficam esquecidos, como se fossem algo que nunca existiu. Nada há a lembrar de bom ou de mau!
E há pessoas, que personificam o bom, o desejo, mil desejos de diferentes maneiras, que despertam paixões onde apetece perdermo-nos e nunca voltar a encontrar o caminho de regresso.
Pessoas que - basta a tua presença - para sentirmos as nossas convicções postas à prova, que nos envolvem em ilusões, que nos permitem sonhar de novo.

Quando te vejo, quando te sinto e toco, quando absorvo o teu cheiro, quando te oiço, quando falas, fico com a certeza de que o desejo é real, é táctil, existe na forma humana. És tu!!!
Agora. Hoje. Sempre.
Tu és a doce sensação, és realidade dos meus mil e um desejos!!!
E para sentir tudo isto, bastou-me apenas ter-te sentado ao meu lado... no curto espaço de um almoço.
Desejos que quero sempre partilhar contigo!!!
Hoje sinto-me assim....
Bom dia!!!

29/08/06

E ainda sobre a capa de um jornal da semana passada, fazem comigo uma conversa, ou será mais correcto dizer, «uma fofoca»?
Eu, que não faço perguntas por aqui, acabo por ouvir coisas, que preferia não saber.
Mas - vá-se lá saber porquê - não me surpreendeu...!
Nem pouco mais ou menos!!!
Ontem acabamos por jantar aqui por perto.
Antes de conseguirmos ter algum apetite, demos uma volta pela livraria. Livros e mais livros.
- Já leste este?
- Gostava de comprar aquele. Já ouvir dizer que é bom e também que não é grande coisa. Opiniões!
- Olha vou saber se têm "A Arte da Guerra" de Sun Tzu, disseram-me que é fantástico.
Depois foi uma noite de conversa, entre sorrisos, gargalhadas, lágrimas e momentos de silêncio apenas a música que tocava. E recordámos. Fizemos comparações. Houve "porquês?". Houve revoltas. Houve saudades.
Eram quatro da manhã, quando interrompemos a conversa.
Sabes que horas são?

28/08/06

Agora, vou ali...
Alguém precisa muito de mim!
Não sei se hoje ainda volto.
Se não for antes, até amanhã!!!
Estranha forma de se amar
Até que ponto se poderá destruir um amor, esfrangalhá-lo, redúzi-lo a nada?
Quando olhamos para o que sobrou, apenas restam farrapos, um monte de escombros do que acreditámos, um dia, ser tão grande e forte. Reduzido a pó! Sem existir uma ponta por onde pegar e tentar reconstruí-lo. Como se fosse folha de papel desfeita em água. Nada ficou! Nem as recordações do que foi bom, apetece lembrar. São lembranças turvas, que temos dúvidas se realmente existiram!
Quanto teremos que sofrer até percebermos que o que tanto significou foi simplesmente arrasado e enterrado? Uma mentira embrulhada em papel multicolor e de laço dourado, que nos cegou!
Que forma de amar é essa, que nos permite a capacidade de sofrer até à última gota, até à exaustão, até nos sentirmos vazios e nada mais termos para dar. Nem forças restam para levantar o olhar para o nada que sobrou, que apagou todas as luzes da imaginação e a capacidade de fazer algo mais.
E damos conta, ao olharmos à volta, como diz no livro - aquele de que aqui falei há dias - a vida é como um rio que passa e aquelas águas não voltarão ali, nada mais fica no mesmo lugar, passa e não tem volta!
Fica a certeza que nada será como antes. Depois da tempestade, mesmo que venha de novo o sol, nada voltará a ser harmonia. As marcas estão lá, gravadas a fogo, feitas de lágrimas e desilusões. E feridas por sarar.
E sempre a convicção de que é preciso reconstruír a vida de novo. É necessário mantermo-nos à tona dos restos, da mágoa, do lixo que flutua à nossa volta, restos de vida que um dia foram sonho e ilusão.
Sentimo-nos à deriva, perdidos no meio de arquivos e fotografias esborratadas de uma vida ainda recente.
É necessário rebuscar, lá no fundo do nosso ser, forças para não sucumbirmos e nos deixarmos afundar, com os destroços de uma qualquer forma estranha de se amar...
Fim de semana

Nem sei o que dizer.
O amor vence o tempo. O espaço. Barreiras que pensávamos intransponíveis. É o porto de abrigo. É o sonho mais desejado.

Há estranhas formas de amar.
Que deitam por terra tudo o que o amor deveria ser.

25/08/06

Quando me ligam de um «número privado» já sei quem está do outro lado da linha.
Atendi e dizem-me:
- Já que quando aí cheguei ias a caminho do almoço e acompanhada, não queres jantar comigo hoje? Tem a vantagem de não ser necessário olhar para o relógio como acontece ao almoço.
- Pois, mas hoje não é possível. Já tenho programa. (uma mentirinha)
- Bem, isso já é hábito. Não queres alterar o tal programa?
- Não é possível, de verdade.
- Tudo bem. Só mais uma coisa, não sou de desistir facilmente. Mas fica para outra altura.
- Não percebi, desistir de quê?
........
Depois de desligar fiquei a pensar qual será a parte do «não» que o senhor não percebe? E dizia-me uma amiga aqui há tempos: Não sei se fazes bem ou mal, mas eu até lhe acho "piada"!
- Pois eu não lhe acho piada nenhuma acredita.
E agora penso cá para mim - sem correr o risco de alterar, pelo menos de imediato, a minha forma de pensar - se realmente não sou a única que está errada neste aspecto.
Conheço homens e mulheres, que hoje andam com uma pessoa, amanhã aparecem com outra, depois com outra e mais outra, e por vezes com mais que uma ao mesmo tempo, sem nunca se prenderem a ninguém.
Será que não são eles(as) que estão certos? Vão vivendo e gozando a vida sem compromissos e de uma forma, digamos que "variada". Nunca há repetições...!!
Não condeno - quem sou eu para o fazer? - quem leva a vida desta forma, mas eu não sou capaz, pelo menos até agora, nunca fui capaz de o fazer. Não tenho compromissos com ninguém, mas sou fiel a sentimentos. Aos meus. Será que estou correcta, ou sou apenas uma tonta?
Há dias em conversa com um amigo, sobre o tema, ele disse-me:
- Já pensaste em tentar? Eu sei que sou suspeito ao dizer isto, mas estou a ser sincero contigo neste momento e sem segundas intenções, é a única forma de saberes. Um dia tenta pensar no assunto e põe de parte os sentimentos. Nunca se sabe...!!
Este amigo, há tempos fez-me uma proposta, que me deixou com a sensação de que ele era doido varrido. Achei aquilo tão sem sentido que mandei um mail a alguém a perguntar a opinião dele sobre o assunto. Só não lhe disse que a proposta tinha sido para mim - não menti, apenas omiti a verdade - mas fica aqui registada. Na altura esse alguém não me respondeu só à pergunta que fiz, acabou sem querer, por me responder a outra que nunca lhe tinha feito. Acontece!!!
Por vezes penso que estou completamente fora de «moda» e ultrapassada.
Será???
Bom fim-de-semana.
De início ao almoço eramos apenas três. Depois juntaram-se mais dois.
Quando iamos a sair daqui apareceu alguém - de imediato acelerei o passo - e diz-me a «chefe»:
- Se não te portas bem, volto para trás e digo àquele senhor que acabou de chegar que me estavas a dizer que te apetecia ir almoçar com ele!
Lá seguimos caminho e fizemos de conta que nem vimos o carrito - por sinal até dá bastante nas vistas - nem o senhor!
Almoçamos para os lados do Beato, na expectativa de que o restaurante não estivesse fechado para férias. Tivemos sorte.
E a ementa era óptima e entre outras delicias, havia:
Polvo à lagareiro
Dobrada
Leitão da Bairrada
Picanha
Almôndegas com esparguete.
Não era fácil escolher, mas acabamos por optar todos pelo polvo.
Após um telefonema um amigo que andava por perto, apareceu e fez-nos inveja com o leitão da Bairrada.
O almoço foi divertido, mas - há sempre um mas - faltou por lá alguém!
A mim fez-me falta, como sempre.
Quem terá tido mais sorte do que eu...??
Citação do dia

"Deus é o único ser que, para reinar, nem precisa existir."

- Charles Baudelaire -
Estou por aqui sim, mas acontece que, como faço diariamente, estou a dar uma vista de olhos pelas primeiras páginas dos jornais.
E acontece que a capa d' O Independente hoje é bastante interessante. Ainda só li as letras "gordas", mas estou ansiosa por ler o resto...
Volto já!!!


Isto já não é o que era....
Bom dia!!!

24/08/06

Monólogo
Não fui almoçar. Estava sózinha e apeteceu-me respirar um pouquinho de ar fresco por aqui. Pelo caminho comprei um gelado, sentei-me e enquanto o saboreava, absorta com a paisagem, perdi-me entre pensamentos!
De repente dou conta que o verão está quase no fim. Como o tempo passa!!
Quando temos quinze anos, queremos ter vinte e vamos andando embalados nas descobertas da vida de uma forma leve, alimentamo-nos de sonhos e na esperança - quase certeza - de que todos serão realidade um dia. Descobrimos, a certa altura, de que não é bem assim.
Nem todos os sonhos se concretizam e normalmente aqueles que mais desejamos.
E então, queremos ardemente que o tempo volte para trás, ou se possível que se detenha. Somos literalmente atropelados pelos dias que passam, cada vez mais rápido. As horas, os dias, as semanas, meses e anos, passam... E sentimos como que uma urgência em viver, o que nos resta - ou achamos que ainda temos - absorvemos cada momento da vida, como se fosse um suspiro fundo que nos sabe bem.
A vida parece curta, muito curta, para tudo o que gostariamos de viver, conhecer, experimentar, desvendar, amar. Por vezes, apetece fazer uma loucura e detemo-nos na hesitação se devemos ou não. E fica no ar a pergunta, a nós proprios, que nos faz esboçar aquele sorriso do "porque não?", como se fosse um segredo só nosso, da - ainda - criança traquina! E atrevemo-nos a tentar, a experimentar, a ousar...
A ousar amar de forma completa, intensa, de entrega total, absoluta, em que tudo damos, em que tudo permitimos. E amamos com o corpo, com a alma, com o coração, com todos os sentidos. De início com medos que nos humedecem a determinação, - medo de nos magoarmos, medo de sofrer, medo da dor da perda, do desamor - enveredamos por esse caminho desconhecido do amor sentido como nunca, único, com passos trémulos, hesitantes - qual criança que se aventura nos primeiros passos - mas ao mesmo tempo teimosos, convictos, que insistem em soar ao coração como algo diferente, e com a certeza de que vai valer a pena arriscar amar assim.
Atrevi-me a provar a tua boca, a explorar o teu corpo, a gostar do teu prazer, a fixar o teu olhar, a desejar a entrega. Sempre dolorosamente consciente, de que por ti me atrevo a enfrentar o desconhecido, contra todas as minhas vontades.
Depois desta «viagem» pelo tempo passado e presente, - o futuro não nos pertence - atrevo-me a sorrir para o rio que me olha enquanto passa tranquilo, como se ele entendesse o porquê de eu ter ousado amar-te desta forma.
Ousei sim, porque acredito que há amores que apenas se vivem uma vez na vida. Não se repetem jamais. Eu tive o privilégio de o sentir por ti. Desta forma sincera, intensa, bonita, que me faz rir, uma vez por outra, também chorar e nunca correspondida.
O meu amor por ti é um monólogo!
Mas sei o que é amar. Não será isso, por si só, já uma recompensa?
E quando volto as costas ao rio, enquanto acendo mais um cigarro, recordo tantos momentos contigo.
Momentos que, por vezes, fingi ter a capacidade de esquecer.
Ontem, conforme já tinha decidido, fui à fnac do Chiado.
Saí de lá por volta das nove e meia da noite, e fiquei admirada - é certo que estamos em Agosto, mês de férias - com a quantidade de pessoas nas ruas para aquelas bandas. As esplanadas estavam cheias, e ouviasse falar mais espanhol do que português.
Comprei tudo o que procurava e até mais alguma coisa, no que diz respeito a cd's, mas pronto, é sempre assim. Há dias em conversa de almoço o nosso "big boss" falou-me num livro que segundo ele é fantástico. Pensei logo em comprá-lo quando fosse à fnac, mas acontece que cheguei lá e deu-me uma «branca», não consegui lembrar-me nem do titulo e muito menos do autor. Isto da idade é uma coisa terrível!!!
A minha sorte é que tinha um convite para jantar, como tal não estive muito tempo por lá, porque na verdade os livros e cd's são uma verdadeira tentação!
Como o trânsito em Lisboa está cada vez pior à noite, cheguei a casa eram duas e meia da manhã!
Mas isso agora também não interessa nada.
Tenho estado deliciada toda a manhã a ouvir os cd's que comprei.
De tal maneira que ainda nem fui almoçar.
Bom almoço.
Citações

"Quem tentar possuir uma flor, verá a sua beleza murchar.
Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela.

Nunca serás minha e por isso vou ter-te para sempre."

- Paulo Coelho -

23/08/06

Sabes o que mais me apetece escrever neste momento?
O que me apetece mesmo muito, muito?
Sabes? (não foi copiado do anúncio da PT)

Sobre ti....!!!
Os dias que passei contigo.
Dos momentos que partilhámos.
Das conversas.
Dos sorrisos.
Da piscina...
Das músicas que ouvimos.
Do champagne fresquissimo.
E os jantares que fizeste para nós? Deliciosos...!
E quando, com um ar muito natural - como se fosse habitual - me perguntas-te: dormes cá?
Ao que eu respondi: estás a perguntar ao cego se quer ver?
E quando me deitei ao teu lado, lembras-te do que me disseste? Não, já não te lembras!
- Agora é para dormir....
E eu contrariada respondi: está bem, pronto!
E ali fiquei, quietinha, a ver-te dormir tranquilamente, até o sono ser mais forte que a minha vontade de não desviar os olhos do teu rosto sereno. E consegui controlar - não sei como - o desejo imenso de te dar um beijo nessa boca que me fascina, como tudo em ti. Não foi fácil na verdade! Era como se to roubasse, afinal estavas no mundo dos sonhos! Como serão os teus sonhos?
Os meus? Quando são bons são sempre contigo. De verdade.
E quando acordámos...? Será que acordar no dito paraíso é melhor? Não acredito!
E o pequeno almoço, naquela manhã tão azul e com um sol lindo? Sumo de laranja, café, tostas, manteiga, doce. E tu a perguntares se eu queria mais isto, ou aquilo.
E eu não queria mais nada. Só te queria a ti. Ali, comigo. O resto é só o resto. Não importa. Não faz falta. Nada faz sentido. Só tu!


Lembras-te?
Eu não me esqueço...!
Sabes o que sinto neste momento?
Isso tu sabes sim...
Exactamente!
Uma saudade imensa de ti!

Daqueles dias em que eramos... nós!!!

E pensavam vocês que eu deixava passar "em branco" a vitória de ontem do meu Benfica, no jogo de apuramento para a Liga dos Campeões.
Nada disso!
É certo que a nossa águia "Vitória" tem andado a «voar baixinho» mas ontem, elevou-se bem alto! Três golos sem resposta!!!
O que mais apreciei na equipa do Áustria de Viena foi o treinador. É sem dúvida nenhuma um bom treinador. E não é só a minha opinião...!
Bem, agora vamos aguardar, não vá o tempo mudar...
Nunca se sabe!!!
Como já aqui disse, durante estas férias, para além de fazer muita praia, reparti o meu tempo entre o Meco, Carvalhal, Pêgo e a Comporta, qualquer delas - na minha opinião - são belissimas praias, aproveitei e li bastante. Cheguei a passar tardes inteiras em casa a ler e ouvir música simplesmente. Principalmente a semana passada que não convidava para a praia, estava e estou sózinha, como tal entreguei-me ás delicias da leitura.
Li a Visão, a Atlântico - achei este último número com um agradável "cheirinho" a verão - li o último livro de Rodrigo G. de Carvalho «Mulher em Branco», que na verdade estou quase a terminar, porque interrompi para ler um livro fantástico, talvez o melhor que li até hoje, de Hermann Hesse "Siddhartha - Um poema indiano". Atrevo-me a dizer que é um livro obrigatório, que todos deviam ler. Uma lição de vida.
De tudo o que li e entre várias passagens do livro destaco esta:

"As palavras não fazem bem ao sentido oculto, tudo o que é igual torna-se sempre um pouco diferente quando é dito em voz alta, um pouco falseado, um pouco louco - sim, e também isto é muito bom e me agrada bastante, também com isto estou de acordo, que aquilo que é tesouro e sabedoria para uma pessoa, seja sempre uma loucura para as restantes.
...
Posso amar uma pedra e também uma árvore ou um pouco de casca. Tudo isto são coisas, coisas que nós podemos amar. Mas não posso amar palavras. É por isso que não aprecio as doutrinas, não têm dureza ou moleza, não têm cores, não têm arestas, não têm cheiro, não têm gosto, nada têm senão palavras. Talvez seja isto que te impede de encontrares a paz, talvez sejam as palavras em excesso. Porque também libertação e virtude, também Sansara e Nirvana são meras palavras. Nada existe que seja o Nirvana; apenas existe a palavra Nirvana."

Quando terminei de ler este livro, estive durante algum tempo - não sei quanto tempo - sentada apenas a ouvir música e a pensar naquelas palavras e em todas as que aqui tenho escrito para ti. Centenas de palavras que falam de sentimentos e que nunca conseguiram chegar até ti. Nunca as minhas palavras - ditas ou escritas - te conseguiram dizer algo, transmitir o seu verdadeiro significado! Porque são meras palavras, não são o sentimento verdadeiro e elas não conseguem exprimi-lo. E afinal, tu nunca necessitaste de palavras - embora já as tenhas escrito - para me dizeres o que não sentes. Basta-me o teu olhar!
Quando terminei aquele livro, aquelas palavras que tanto dizem, parei e pensei em mim!
Pensei...em nós!!!
No meu primeiro fim-de-semana de férias, fui ver um espectáculo de Sigur Rós, que na verdade mal conhecia, ou não tinha dado a verdadeira e merecida atenção.
Não me arrependi, pois foi muito bom mesmo! Aliás é um dos cd's que vou comprar ainda hoje.
A sala não estava esgotada, mas estava digamos que "composta", talvez porque já muita gente estaria de férias, ou porque o pessoal se estava a guardar para os festivais de verão - o dinheiro não abunda e a vida não está fácil - ou porque a maior parte das pessoas são ignorantes, como eu era, acerca desta óptima banda, ou naturalmente porque não faz o género de todos. Lá diz o velho ditado "o que seria do azul, se todos gostassem do amarelo?"!
Tranquilamente sentada, assisti maravilhada àqueles sons e melodias que ficaram cá dentro.
Quando o espectáculo terminou, ainda me mantive por ali durante algum tempo, o olhar perdido no que se passava ali mesmo à minha frente, do outro lado...
E perguntava-me porque será que há sempre algo para estragar uma noite que poderia ter sido maravilhosa? Talvez porque, uma vez por outra, necessitamos de um "abanão " do tipo "acorda, porque a tua realidade é esta..."!
Apesar de tudo isto, durante as férias, ainda me permiti de novo sonhar.
Mas, as férias acabaram... os sonhos de verão também!
A vida regressa, aos poucos, ao que sempre foi, ao que é...

E, entre outras coisas com que nos deparamos na rotina diária, é voltamos a ler palavras que gostariamos fossem para nós!!!

Há sentimentos que não morrem.

Há sentimentos que não renascem...

Bom dia!!!

22/08/06

Acabei de chegar da rua e está um autêntico braseiro.
A semana passada o tempo não convidava para a praia. Os dias ficaram mais frescos e nublados.
Como as minhas férias estavam no fim, ontem regressou o bom tempo com altas temperaturas.
Mesmo assim, no fim de semana quase não estive em casa.
Sábado a seguir ao almoço, um amigo liga-me a dizer que estava no aeroporto, acabadinho de "aterrar" em Lisboa e convidou-me para jantar. Como não tinha programa, lá fomos jantar e passamos umas horas de boa conversa.
Passei o domingo com uma prima que está em Moçambique e que já não via há exactamente onze longos anos. Quando olhei para ela - e certamente aconteceu o mesmo quando me viu - dei-me conta de que o tempo é imparável e deixa marcas em nós. Que saudades eu tinha daquela menina. Uma menina que já não é! O tempo levou-a! Crescemos juntas, andamos sempre por perto, até há onze anos atrás, quando ela regressou a Moçambique.
Dizia-me ela que acha tudo estranho por aqui. O movimento dos grandes centros, muita gente, muito barulho, o trânsito que é infernal. Segredou-me que já não seria capaz de viver aqui!!
Também no domingo o meu amigo do Porto, liga-me a dizer que vem cá passar a segunda feira, para eu ir pensando num bom programa para esse dia.
Foi então ter comigo, fizemos um óptimo dia de praia no Carvalhal, a água estava fantástica e acabámos por jantar ali por perto. De regresso a Setúbal, terminamos a noite com um café na Pousada de S. Felipe, com uma noite morna, daquelas que não apetece ir para casa.
Hoje, ele regressou ao Porto.
Eu vim trabalhar, porque as férias...foram-se!
Mas, resta-me a alegria de que ainda tenho umas quantas folgas para gozar. Ainda davam para mais de uma semana de férias!
Logo se vê...!!!
Agora eu era linda outra vez
e tu existias e merecíamos
noite inteira um tão grande amor

agora tu eras como o tempo
despido dos dias, por fim
vulnerável e nu, e eu
era por ti adentro eternamente

lentamente
como só lentamente
se deve morrer de amor

- Valter Hugo Mãe in "O resto da minha alegria" -
Já tinha saudades destes almoços, com o grupo do costume.
Assim que nos sentamos à mesa eu disse que quando cheguei ao serviço notei que havia um ar mais "leve" e mais respirável, se alguém dos presentes, me sabia explicar o "motivo" de tão bons ares!!!
O "big boss" riu-se e respondeu:
- Sabe, já tinha saudades desse seu «veneno»!! Agora conte como foram as suas férias.
Claro está que não contei tudo...
É bom estar de volta, embora tenha encontrado uma pilha de papeis na secretária.
Estou de volta.
Na verdade - é mesmo verdade - já tinha saudades dos colegas, do trabalho, dos blogues e de estar aqui a escrever.
Quando fui de férias, decidi que durante as mesmas não passaria por aqui, não lia blogues, não via mails. Assim fiz!
Naturalmente, não vou conseguir num só dia ler todos os mails e muito menos actualizar a leitura dos meus blogues favoritos. Lá irei aos poucos!
As minhas férias?
Foram de muito descanço, muita leitura e muita praia. Uma vez por outra jantei com os amigos e tomamos uns copos. Há momentos que marcaram definitivamente estas férias...

Bom dia!!!