30/12/05

Sobre o champagne já dizia Napoleão:

"Nas vitórias é merecido.
Nas derrotas é necessário..."


Tchim, tchim, ao Novo Ano 2006!!!
Conto o tempo que passa
Primeiro em dias
Depois em horas
Finalmente em minutos
Como um obstáculo
Que me separasse de ti

E só quando chegas
Percebo afinal
Num momento fulgurante
Que o tempo é
Apenas um caminho

Que me leva sempre
Onde tenho de ir.

- Luís Ene -
O ano está quase, quase a acabar. Mais um que passou num "abrir e fechar" de olhos.
Abrimos portas ao Novo Ano 2006.
Normalmente, dou comigo a fazer uma análise do ano que passou.
O que fiz, o que não fiz e devia ter feito, o que foi bom, o menos bom, o que me magoou, o que me desiludiu, os sonhos que foram realizados e aqueles que ficaram pelo caminho.
A primeira conclusão a que chego - penso que de uma forma geral para todos nós - é que não foi um ano fácil.
Ao nível profissional, por aqui correu bem, foi um ano de muito trabalho, mas termina com a certeza de dever cumprido. Ainda houve tempo e muita vontade de dar uma «mãozinha» à minha amiga e ajudar a que um sonho dela seja amanhã uma realidade.
Penso que prejudiquei um pouquinho a minha familia no decorrer deste ano. Principalmente os meus pequeninos, devido às ausências que fui forçada a fazer por causa do meu trabalho. Nem sempre estive presente, embora tenha tentado compensa-los de alguma forma. Eu sei que não é possível, mas fiz o que pude. Espero que eles um dia, saibam e compreendam porque o fiz.
A nível pessoal, o ano não foi bom. Todos temos sonhos, uns que se realizam outros não. Talvez os meus sonhos voem demasiado "alto" e por isso não seja fácil realiza-los. Sei apenas, que nesse aspecto fracassei. Mas não perdi a esperança e continuo a manter alguns deles.
Foi um ano "pesado", difícil de carregar às costas! Houve mesmo momentos de um desalento total. Mas fiz sempre questão de ter um sorriso nos lábios. Sempre!
Os amigos que contavam comigo, não os desiludi! Estive lá, para o que foi necessário. Mesmo só com uma palavra, ou um abraço. Por vezes é só isto que temos para dar. Mas sei que só isto, quando é dado com amizade conta muito. Fala a experiência!!
Sofri algumas desilusões. Algumas mesmo difíceis de aceitar. Temos que sofrer o que não é bom, para darmos valor ao bom.
Não vou omitir o que foi, para mim, a parte mais difícil deste ano.
É terrível chegar à conclusão que não somos nada na vida de alguém que na verdade é tudo na nossa vida.
Eu não sou nada, e nada tenho, mas na simplicidade destes meus "nadas" eu dei tudo.
De uma forma sincera, sem obrigações, sem nada esperar de volta, só pelo prazer de dar o que tinha. O que recebi em troca, foi muito. Muito mesmo. Mais do que algum dia pensei receber. Sempre houve muita sinceridade pelo meio. Também houve algum egoísmo. Mas foi mais uma lição de vida. Só lamento a forma como terminou. Sempre achei que seria diferente.
Enganei-me. Mas isso também faz parte da vida! Cada um é como é, e ninguém tem que ser como nós gostariamos ou imaginamos.
Tenho a certeza que também eu desiludi. Resta aprender com os nossos erros.
Não há mágoas! Não há arrependimentos!
Há recordações bonitas que ficaram.
Há saudades do que foi bom.
Há uma grande paz em mim, no final deste ano 2005.
Uma grande esperança.
E a certeza no amanhã... no Novo Ano 2006.
BOM ANO PARA TODOS.
Acabei de ouvir na SIC Noticias que o nosso Primeiro Ministro, cancelou as suas férias na Suiça e antecipou o regresso a Portugal, devido ao facto de ter sofrido uma queda na neve. Isto é o que acontece quando as pessoas se põem a fazer aquilo que não sabem. E depois acontecem uns grandes "trambolhões".
Vamos desejar que as «quedas» do senhor PM se resumam às que ele teve na Suiça. Para não termos que «pagar» mais facturas.
Aliás, se ele fizesse como eu e ficasse em casa a passar o Fim de Ano, nada disto lhe teria acontecido.
Isto de se ter dinheiro para gastar na Suiça, é muito aborrecido e tem alguns inconvenientes!!!

28/12/05

Na verdade, tenho saudades de escrever...
Tudo o que sentia.
Só porque é verdade!!!

Agora vou mesmo embora.
Boa noite.
Penso que todos nós guardamos e conservamos algum objecto da nossa infância.
O que me tem acompanhado ao longo dos anos é uma almofada.
Isso mesmo. A minha almofada de criança, e estou a falar dos meus dois ou três anos de idade. Não é a almofada onde deito a cabeça, mas sim aquela em que durmo agarrada. Não por falta seja do que fôr, mas sim por vício, chamemos-lhe assim!
Ela tem sido a minha inseparável companheira ao longo de já alguns (?) aninhos.
Comigo partilhou os inocentes sonhos de criança, os medos, as doenças próprias da idade - a varicela, o sarampo, a papeira, uma hepatite - as revoltas quando pensamos que somos incompreendidos. Também foi a minha cumplice do primeiro amor na adolescência, em que acreditamos que estamos perdidamente apaixonadas e ficamos, no escuro a olhar o "nada" e adormecemos a sorrir. Partilhei com a minha almofada as lágrimas da partida para um País desconhecido, de que tinha medo e ao mesmo tempo uma grande curiosidade, e lhe prometi que fosse para onde fosse a levaria sempre comigo - cumpri a promessa. Mais tarde acompanhou-me nas lágrimas silenciosas das saudades grandes dos meus pais e da minha terra.
A expectativa do primeiro emprego, e o quanto me custou a adormecer na noite que antecedeu esse dia tinha eu apenas vinte anos.
Ela foi comigo quando me casei! E foi ela a primeira a saber quando descobri que ia nascer, dali a algum tempo, a minha «pequenissima» e certamente sentiu os seus primeiros movimentos, que mais tarde se tornaram mesmo uns pontapés deliciosos. Na minha segunda gravidez lá estava a macia almofadinha a partilhar comigo mais uma esperança de vida. O meu pequenino!
Mas também partilhou, muitas lágrimas, desgostos, desilusões, a perda dos meus avós!
Ela esteve sempre ali comigo, quando nos últimos tempos, lhe falei de alguém. E também, uma vez mais, me enxugou as lágrimas. Foi a companheira dos meus pensamentos. Sempre sem me interromper. Bastava-lhe estar comigo!
E não posso deixar de aqui registar, que das duas vezes que esse alguém esteve lá em casa, ali no meu quarto...ela lá estava também!
Penso que aprovou a minha escolha, e até amparou uma cabeça, que não era a minha!

Apenas nessas duas ocasiões, a partilhei com alguém!
E quando vou mais tarde para casa, a certa altura, lá está ela...a chamar por mim.
Até amanhã.
Calo a custo
as palavras que me falam de ti:
agarro-as uma a uma,
com todo o cuidado,
antes que se amontoem,
e reduzo-as a silêncio,
uma e outra vez.

- Luís Ene -
Ontem, por volta das cinco e meia da tarde, ligam-me a convidar para jantar. Por momentos e numa fracção de segundos, estive para agradecer e recusar. Mas pensei: porque não? E resolvi aceitar. Foi-me sugerido o "Solar dos Nunes".
Optei por lombinhos de porco preto com açorda d'alho, acompanhado por um fantástico tinto Quinta doVale Meão - se não me engano - nunca dou muita atenção aos vinhos pois confio sempre na escolha de quem me acompanha. Mas que era bom, lá isso era. Para terminar a refeição um leite creme que estava fabuloso.
Ás quatro da manhã, disse ao meu amigo:
- Como não sou Directora Geral de coisa nenhuma e amanhã tenho que ir trabalhar cedo, se não te importas vou até casa.
Ao que ele concordou desde que hoje fossemos jantar de novo, para conversarmos mais um pouquinho.
Respondi com um "nim"!! A ver vamos...!
Quando ia a caminho de casa, dei comigo a pensar, na noite agradável que na verdade passei. E que daria um ano da minha vida, para que a companhia que tive, fosse outra pessoa. Não porque o senhor não fosse uma óptima companhia, na verdade. Porque é!
Trocava o restaurante, o jantar, e tudo o resto. Bastava-me a companhia e um café.
E lembrei-me do telefonema que alguém me fez ontem ao final da tarde, onde a certa altura da conversa, me disse "só pensas nisso!".
Não, não é bem assim!
Aprecio uma boa conversa, e sou capaz de te dizer, exactamente o disse ontem a quem me acompanhava:
- Adorei este bocadinho e a companhia. Então até amanhã!
Só isso!!
Mas para que isto seja possível, alguém tem que apreciar também a nossa companhia. E isso nem sempre é fácil de acontecer.
É isso mesmo que vocês tão a pensar... "a vida nem sempre é como desejamos".
Então, bom dia!

23/12/05

Acendam as luzes do Natal...

porque uma grande imagem não fica apenas na mente,

mas no coração da Humanidade!!!

FELIZ NATAL
Mais uma noite em que a insónia foi minha companheira. O sono, de novo, escapa-me das mãos!
Sentada, em frente à minha janela - aquela que dá para o rio - reparo na imagem que se reflete nas vidraças da janela, e é como se aquele vidro me olhasse com ironia!
A noite está fria, o ruído do silêncio nesta sala ampla, mantém-me acordada. O silêncio é tão pesado, como a ausência do sono em mim.
Sento-me no cadeirão preferido - hoje mais do que nunca é o meu cadeirão - e deito a mão a um cigarro, que neste momento é o velho companheiro que me faz companhia e me trás alguma paz. Faço um esforço para que o pensamento não voe veloz para o «lugar» de sempre.
Á minha frente a Árvore de Natal pisca nas suas luzes multicolores, incansável! Nesta época do ano, há mais tendência em recordar de uma forma mais sentida, aqueles que amamos e que tanta falta nos fazem. E o pensamento, atravessa oceanos, até chegar ao Índico.
Somos uma familia numerosa e recordo o Natal com a casa cheia. Eramos cerca de vinte e quatro, entre avós, pais, filhos, tios, netos e sobrinhos. Alguns já "partiram" e não voltaremos a tê-los no nosso Natal, outros regressaram à terra que os viu nascer vinte anos após terem de lá saido. Não os vejo há dez anos! Dez longos anos, que não conseguirei recuperar nunca mais. E nesta época sinto a sua falta mais do que nunca. Crescemos juntos, vivemos sempre por perto até regressarem a Moçambique. Dei comigo a pensar que o meu filho não os conhece. Sabe quem são apenas por fotografia. Como o tempo passa...
Enquanto perdemos tempo com coisas tão pequenas e sem importância, esse tempo vai andando, sem que seja possível parar o relógio. Perde-se tempo com pensamentos absurdos, diálogos que não acontecem, monólogos sem respostas, alimentados por ideias idiotas, e continuamos a lutar contra o senso comum daquilo que pensamos que tem que fazer sentido. Deixamo-nos embrulhar em teorias de conflitos, feitos de vontades alheias, mesmo sabendo que vão contra os nossos príncipios, os nossos desejos.
Hoje sou uma pessoa diferente, penso por vezes que sou uma desconhecida que do passado, da criança e adolescente que fui, apenas mantem o nome.
Por todas estas conclusões a que chego, apetece-me recordar o que foi bom, o que valeu a pena, e aqueles que me dão o prazer da sua companhia. Recordar é como reler o príncipio. É como voltar ao começo. Á gargalhada sincera e espontânea. Ás brincadeiras. Á cumplicidade dos segredos. Ao primeiro amor que pensamos será eterno, e que com o passar do tempo vemos que afinal não é bem assim. Aos sonhos em que acreditámos, as ilusões que nos deslumbravam.
Tudo ficou para trás. Tudo passou!
Já à espreita está o sorriso da madrugada.
Antes que o sono chegue, digo adeus ao que ficou nas lembranças.
E já aconchegada no calor dos lençois, desejo um Feliz Natal aos meus que estão tão longe.
E que por momentos estiveram ali, tão perto de mim.
Estarão sempre!!!

22/12/05

Hoje ao almoço tivemos um encontro inesperado!
Lisboa é uma cidade muito pequenina...
Quem diria!!!
As dúvidas nascem dos silêncios...

Há silêncios tão «pesados» que não deixam dúvidas!!!
Há situações demasiado evidentes.
Acho que as mulheres têm um sexto sentido para perceber «coisas» que os outros pensam que nos escondem...
Principalmente quando já vimos o "filme", onde só os protagonistas mudam. Neste caso, só a actriz mudou!
O resto é tudo igual...!
O problema do silêncio é que amplia tudo.
Mas se precisares que te minta
dir-te-ei a mentira maior:
sei ser inteiro sem ti!

- pedro -

21/12/05

" O bem é relembrado;
o mal...sentido!"

- Textos Judaicos -
Ontem fui para a cama bastante cedo.
Devido aos medicamentos que ando a tomar, que me dão imenso sono.
Estava a ver o debate entre Cavaco Silva e Mario Soares e quase não conseguia abrir os olhos. Nem os nervos que me faz ouvir Mario Soares, conseguiram despertar-me.
Hoje acordei com uma tranquilidades e uma paz enormes.
Sinto-me bem.
Acabei de tomar um café, comi um «sonho» que a minha mãe fez ontem à noite e que estão uma delicia, segundo a opinião dos meus colegas que já esvaziaram a caixa que trouxe para eles provarem, e agora vamos voltar ao trabalho, porque isto por aqui não pára!!
Bom dia, mesmo com um sol envergonhado!

20/12/05

A ZAMBÉZIA

Vou aqui falar um pouco da Província da Zambézia, onde sempre vivi. Nasci em Lourenço Marques - por acidente. Os meus pais tinham vindo de férias a Portugal e quando chegaram a Lourenço Marques a minha mãe teve que lá ficar pois eu já não lhe dava tempo de continuar a viagem. E assim nasci naquela linda capital de Moçambique. Quem lá nascia dizia-se que era "coca-cola" - que já por lá havia exactamente como a que hoje há cá - ou também "LM".
Vamos então caminhar para norte até à província da Zambézia, cuja capital é Quelimane, e está dividida em dezasseis distritos e a sua área é maior que Portugal Continental três vezes.
A Zambézia está localizada no Centro/Norte do País e tem como limites a Norte as Províncias de Nampula e Niassa, a Sul Sofala, a Oeste o Malawi e a Província de Tete, e a Leste o Oceano Índico (aquele de águas quentinhas...). Está disposta em anfiteatro voltada para o Índico e a vegetação vai mudando à medida que a altitude aumenta.
Destes dezasseis distritos, os que conheci melhor foram: Gurué, onde vivi quase sempre, Mocuba e Quelimane, onde estive nos últimos anos da minha adolescência naquelas terras. O Gurué situa-se nas zonas mais elevadas e é conhecida pelas rasteiras e verdejantes plantações de chá. Quem não se lembra, por exemplo, do Chá Licungo? Pelo meio das plantações a perder de vista, serpenteavam lindas acácias vermelhas ou os jancarandás de flôr lilás, a marcar a paisagem de diferentes colorações.
Em Mocuba predominavam o imensos algodoais e o sisal, era uma cidadezinha plana, a contrastar com o Gurué, rodeado de montanhas e serras, sendo a mais conhecida a Serra do Namúli, que se erguia altaneira nos seus 2419 metros, acima do mar, sendo o segundo ponto mais alto do País.
O nome de Gurué vem de um Chefe de tribo, os «Lomwé», que é também o idioma falado pela população.
O meu próximo post será dedicado a Quelimane, onde passei parte da minha adolescência, e foi desta linda cidade que me despedi de Moçambique.
O Natal na minha terra é em pleno verão.
Muito calor, muita praia!
É época de grande variedade de frutas como, manga, papaia, goiaba, cajú, abacate. Frutas doces, sumarentas, cujas árvores, nascem espontaneamente à beida da estrada, sem tratamentos especiais, sem adubos. Basta-lhes o sol, e a chuva que cai na altura própria.
Recordo-me de subir a estas árvores, em miúda, para apanhar a fruta. À excepção da papaeira, são todas árvores de médio e grande porte, a mangueira será dentro deste grupo a maior, pois é uma árvore frondosa e que se torna muito grande. Algumas vezes, lá vinhamos parar cá a baixo, agarradas a um ramo mais frágil e que não aguentava com o nosso peso, mas isso não nos tirava a vontade de voltarmos a subir de seguida. Sentávamo-nos num ramo, lá no alto, e comiamos a fruta ali, tranquilamente. Não era necessário lavar! Nunca ficamos doentes por esse motivo! Uma vez por outra lá tinhamos um encontro com uma abelha, ou uma vespa que também queriam provar a deliciosa fruta, ou até com uma cobra, disfarçada no arvoredo. Nessa altura desciamos mais depressa do que tinhamos subido...!
Quando iamos para a praia do Zalala, em Quelimane, nas férias do Natal, que duravam cerca de um mês, parávamos no caminho para comer «côco-lanho». Dá-se este nome ao côco que ainda não está completamente formado. Depois de se abrir comemos com uma colher. É tipo creme, a polpa ainda não está dura como é conhecido. E digo-vos que é uma delicia.
Este côco, tem mais leite do que o já completamente formado. O leite é fresco, saboroso! Em Quelimane, o povo dizia: "Quem prova o leite de côco, numa mais deixa a Zambézia". Era como um feitiço.
E é verdade! Deixei aquela terra fisícamente! Mas o meu coração nunca de lá saiu!!!
Fomos almoçar só as duas.
Estivemos a conversar sobre a nossa vida, que de há dois meses para cá não tem sido fácil. Nem para mim, nem para ela. Mas...vai-se vivendo há espera de melhores dias, que temos a esperança virão com o novo ano.
Toda a conversa decorreu, enquanto comiamos uma deliciosa dobrada, acompanhada de vinho tinto. Estava deliciosa, de verdade!
Eu comi "até tocar com o dedo", como se costuma dizer!
A minha amiga a certa altura até fez o reparo.
- O que te deu hoje?
- Amiga, eu tenho que comer. Preciso de engordar uns quilinhos urgentemente! A balança lá de casa já não pode andar mais "para trás". Comecei ontem a tomar uns comprimidos, para me recompor. Só há um contra... é que o medicamento me dá um sono terrível!!!
Foi óptimo o nosso almoço!

19/12/05

O dia de trabalho hoje começou, para mim, às 08.30H.
Bem cedinho como podem ver.
Terminou mesmo agora.
Vou até casa, pois preciso urgentemente de dormir.
Nas duas últimas noites não foi fácil.

Boa noite!!
De partilha

escrever, é contar um segredo
ler, é partilhar o segredo
pedir para escrever
é querer pertencer a esse segredo.

- f.dinis -

Quando criei este blog, foi para, através dele falar dos meus sentimentos. Aquilo que não podia dizer através de palavras faladas a alguém. Era o meu cantinho dos desabafos.
Um dia, a pessoa a quem ele se destinava teve conhecimento do "Sonhos Perdidos" e que tudo quanto aqui escrevia era para ele. Penso que durante algum tempo gostou do que leu e aqui lhe foi dedicado. Algumas vezes - poucas - quando havia por aqui ausências mais prolongadas, ligava-me e dizia: "Então, não há nada para se escrever?" Eu, tenho que dizer a verdade, gostava daquelas «reclamações».
Hoje, já não é assim. Se a certa altura o que aqui foi escrito agradava a essa pessoa, agora deixou de ter qualquer interesse. O que é natural.
Quando aqui cheguei, vinha com o firme propósito de simplesmente apagar o blog, porque não fazia sentido manter estas páginas, que desde o primeiro dia lhe eram dedicadas.
Comecei por ler alguns posts, já bastante antigos. Um aqui, outro além, e senti exactamente as mesmas emoções com que os escrevi na altura.
Senti uma saudade imensa daquele tempo! E tive muita pena de me desfazer destas lembranças.
De que adianta simplesmente «apagar» o blog quando as recordações estão todas cá dentro e a essas não me é possível simplesmente fazer «delete»?
Não. Nada disso. Vou manter o blog exactamente como está. Por agora será assim.
Não sei o que vou escrever daqui em diante. Logo se verá.
No entanto, o que aqui deixar , não será para ninguém em especial. Será sim para quem me lê.
Hoje, quando leio o que aqui está registado, faço-o com uma dor imensa. Tão grande que não me deixa sentir mais nada. E com lágrimas nos olhos.
Mas um dia, quando por aqui passar e olhar para trás, sei que o farei com um sorriso e pensarei cá para mim:
- Por onde andará este Miúdo...??
Era tarde para te dizer

Ficou o silêncio erguido como uma estátua exótica
a separar o nosso campo de visão das inúmeras
invenções que baptizámos de paixão.

Ficou incómodo o aviso de que o futuro nutria
esperança nos dias de outros e que a nossa sintonia
corria numa frequência inexacta
nenhum de nós levantou a cabeça
beijou na despedida um afecto por recordar
uma tentativa consistente que nos prendesse
à terra onde nos inventámos.

Era tarde para te dizer que sim
ou que não
ou que talvez um dia.

- f.dinis -
Recebi em mail que faço questão de partilhar com todos vocês.
Porque é quase Natal, e um Novo Ano se aproxima.

Porque és Especial

Podes ter defeitos, viver ansiosa e ficar irritada algumas vezes, mas não te esqueças de que a tua vida é a maior empresa do mundo.
Só tu podes evitar que ela vá à falência. Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por ti.
É importante que te lembres sempre de que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas reflectir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas, ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e periodos de crise.
Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tronar-se autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus, a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injústa. É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos de alegria com os amigos, mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de nós.
É ter maturidade para dizer "errei".
É ter ousadia para dizer "perdoa-me".
É ter sensibilidade para confessar "eu preciso de ti".
Ser feliz é ter capacidade de dizer "eu te amo".

Desejo que a vida seja um canteiro de oportunidade para ti.
Que nas tuas primaveras sejas amante da alegria.
Que nos invernos sejas amiga da sabedoria.
E, quando errares o caminho, recomeça de novo.
Pois assim descobrirás que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Aproveitar as perdas para refinar a paciência, as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para lapidar o prazer e os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desistas de ti mesma.
Jamais desistas das pessoas que amas.
Jamais desistas de ser feliz, pois a vida é um espectáculo imperdível.

E as pessoas especiais sabem dividir o seu tempo com os outros.
São honestas nas atitudes, são sinceras e sabem que o amor faz parte de tudo.
Pessoas especiais, têm coragem de se doar aos outros, sem nenhum interesse oculto.
Não têm medo de ser vulneráveis, acreditam que são únicas e gostam de ser quem são.
Pessoas especiais importam-se com a felicidade dos outros e ajudam a conquistá-la.
Pessoas especiais são aquelas que realmente tornam a vida mais bela e mais feliz.
E tu és muito especial!!!

- autor desconhecido -

A quem me enviou estas palavras um beijo grande.

18/12/05

Tenho a sensação de que me arrancaram um pedaço!
E doeu! Dói de uma forma terrível. Imensa!
Tenho uma sensação de vazio. Como se tivesses levado contigo tudo o que tinha!
Não, não foi surpresa! Já estava à espera que acontecesse há algum tempo. Já havia indícios de que o fim se aproximava.
A última vez que estive contigo, levei umas garrafas de vinho que me tinhas pedido para arranjar. Além dessas levei uma outra para tu provares. Disseste-me "Então um dia destes temos que provar esta." Não sei se te lembras da minha resposta: "Não vale a pena deixares estragar o vinho...bebe tu!". Eu sabia que nunca iriamos provar os dois aquele vinho. Não me enganei!
Sabes, Charme, na verdade não é feliz quem ama! É feliz quem pode soltar esse sentimento, transmiti-lo, dá-lo, a quem o fez nascer mesmo sem querer!
Não te acuso! Sempre me falaste com certezas, com verdades, que me deixaram sem argumentos para te "apontar" o dedo, fosse no que fosse! Durante todo este tempo - foram quase três anos - a minha vida contigo pertencia à categoria do «logo se vê», e tudo era resolvido em cima da hora. Mesmo assim, vivi sempre dependente de ti, da tua vontade, do teu desejo. Mesmo depois de ter aprendido a jogar esse jogo de incertezas, sempre na expectativa do dia em que te ia ver. Até o não saber o que ia acontecer, quando te ia ver com antecedência, chegou a ser bom para mim. Eu sabia que um dia, o telefone ia dar sinal de entrada de sms. Lá estava o convite para ir até junto de ti.
Tudo foi bom, todos os poucos dias que passei contigo - a mim pareceram-me poucos - todas as sensações que tive, todos os momentos repletos de cores e imagens, até todos os nadas, já tenho saudades de tudo!Não consigo pensar, que não volto a estar contigo. Só contigo.
Na vida propomo-nos sempre a continuar, a descobrir novas emoções, uma nova luz que nos desperte para o que é bom, para um novo olhar, para a magia de mais um dia de sol, num lugar que trás recordações boas, sujeitamo-nos a qualquer desafio, na tentativa de mais um dia sempre diferente ou até igual. Lembranças de histórias e momentos bons, no paradoxo de tempos com os quais nos sustentamos.
Eras o refúgio que sempre procurava, como se fosses a luz que me guiava, para os meus momentos de tranquilidade e de paz. Tu, o teu corpo, eram como o meu secreto lugar, onde eu existia de verdade. Só tu podes ser esse meu lugar. E eu já não o encontro. Eras um pedaço de mim e no instante inicial em que li as tuas palavras, senti como se te tivesses arrancado de mim. Levaste contigo a melhor parte do que tinha. E a dor de sentir a perda do real foi demasiado grande.
Penso que nunca fui ao encontro do que realmente esperavas de mim. Não soube ir ao teu encontro. Mas acredita que tentei! Com todas as minhas forças tentei não te decepcionar, e fazer parte de momentos bonitos na tua vida. Mais uma vez fracassei! Mais uma vez não consegui atingir o que me propus. E já é tarde para corrigir o erro. Porque o tempo não volta para trás, e nem sempre nos dá uma segunda oportunidade!
Quando as minhas mãos tocavam o teu corpo, era como se tentasse tocar-te também a alma.
Queria fecha-las e nunca mais largar as tuas. Como se com esse gesto segurasse tudo o que me deste. Aqueles momentos eram toda a felicidade que uma vida comporta. Mas quando estava contigo, o tempo voava para fora do meu alcance, e eu nunca consegui segurar o que me deste.
De repente tentei agarrar esse tempo nas minhas mãos, cerrei-as com força na tentativa de ainda segurar algo que me restasse de ti...mas quando as abri, as minhas mãos estavam cheias de nada e de um grande vazio.
Na minha vida foste renovação, sonho, prazer, paixão, sol e alegria, foste sorriso sincero, foste vitoria, imortalizaste momentos, foste lágrimas, foste felicidade que eu não sabia existir, foste o arrepiar da pele... és sentimento.
E foste utopia!!
Abdiquei de mim, por ti! Sem culpas! Sem remorsos! Com a certeza de tudo repetir.
Porquê?
Porque gosto de ti.
Por tudo
E por nada...!!!

Boa noite...Charme!

16/12/05

A um ausente

"Tenho razão para sentir saudade, tenho razão de te acusar. Houve um pacto implícito que rompeste e sem te despedires foste embora. Detonaste o pacto. Detonaste a vida geral, a comum aquiescência de viver e explorar os rumos de obscuridade sem prazo, sem consulta, sem provocação até o limite das folhas caídas na hora de cair. Antecipaste a hora. Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas. Que poderias ter feito de mais grave do que o acto sem continuação, o acto em si, o acto que não ousamos nem sabemos ousar porque depois dele não há nada? Tenho razão para sentir saudades de ti, da nossa convivência em falas camaradas, simples apertar de mãos, nem isso, voz modulando sílabas conhecidas e banais que eram sempre certeza e segurança. Sim, tenho saudades. Sim, acuso-te porque fizeste o não previsto nas leis da amizade e da natureza, nem me deixaste sequer o direito de indagar porque o fizeste, porque te foste."

- Carlos Drumond de Andrade -

Sempre se descobre alguém que escreve o que nós gostariamos de dizer em determinada altura. Porque na verdade, há atitudes que não se entendem, que temos dificuldade em aceitar porque não há motivos para que assim seja.
Se me queres magoar, não o faças com silêncios, com ausências, ou indiferença.
Magoa-me simplesmente com palavras. Com a verdade! Ou com um sorriso!
Nada me magoa mais do que a lembrança de um sorriso teu...!
O teu nome

apetece ficar
debruçado no teu corpo
levantando voo pela noite
e exclamar

profundamente

o teu nome

- f.dinis -
O almoço foi óptimo e deu para descontrair. No sítio do costume.
Almoçamos as duas com o amigo que anda por terras de Angola.
A conversa decorreu entre as Presidenciais e África.
As aventuras por aquelas terras lindas!!!
Taj Mahal - O Monumento ao Amor

Na história da Humanidade existem grandes provas de amor. O monumento Tal Mahal, encerra uma das mais fascinantes.
Foi mandado construir em 1632, pelo imperador mongol Shah Jahan, em Agra na Índia, em homenagem à sua esposa Muntaz Mahal, que morreu ao dar à luz um dos seus filhos.
Este monumento é uma verdadeira escultura em mármore e pedras semi preciosas, levou vinte e dois anos a ser construido, e trabalharam nele mais de vinte mil homens, trazidos de diversas partes do mundo Árabe.
O Imperador ordenou que se construísse um túmulo que não fosse fúnebre, pois deveria celebrar a curta vida de um amor. A sua beleza e graça hão-de recordar eternamente a mulher, sem envelhecer. Será um sonho de mármore edificado na fronteira delicada entre o real e o irreal como a própria paixão.

É de mármore branco, imaculado, e desenhos de flores, construídos com pedras semi-preciosas incrustadas no mármore, decoram o interior, onde está o sarcófago. Citações do Alcorão adornam as paredes exteriores. Dizem que ao amanhecer adquire tons rosa, ainda envolto numa nublina e ao pôr-do-sol adorna-se de tons dourados.
Sobre este Monumento ao Amor, o grande poeta Tagore disse:
"O Taj Mahal é uma lágrima de amor na face do Universo."

Haverá maior prova de um grande e eterno amor, do que o Taj Mahal?

15/12/05

Aqui há uns anos atrás - em 1999 se não me engano - fui a uma exposição de cães e gatos pela primeira vez. Já aqui disse diversas vezes, que tenho paixão por felinos. Neste caso por gatos. Numa das voltas que dei na dita exposição, em que havia gatos de todas as raças e cores, lindissimos, deparei-me com um persa preto, enorme, um pêlo lindo, brilhante. Todo preto, com uns olhos doces amarelos. Estava deitado, dentro de uma gaiola, e os seus lindos olhos, olharam-me com uma doçura que me impressionou! Parecia que me pedia para o tirar dali!
Perguntei ao dono se lhe podia pegar um pouquinho, ao que o senhor concordou.
Quando lhe peguei ao cólo, ele encostou a cabeça no meu ombro e ali ficou a ronronar!
Perguntei se o gato estava à venda. Disse-me que sim e até fiquei muda quando me disse quanto custava o simpático bichinho.
A certa altura disse-lhe:
- Vou levá-lo! Ele escolheu-me...!!
Cresceu, tronou-se num respeitável bichinho de oito quilos, mas sempre com uns olhos doces, muito meigo.
O meu gato desapareceu ontem de casa.
Ás três e meia da manhã ainda eu andava na rua à sua procura.
Sem sucesso!!!
Ontem quando saímos daqui, fomos as duas jantar e conversar um pouquinho, o que já não acontecia há algum tempo, por incrível que pareça.
Enquanto comiamos um óptimo caril, acompanhado por um vinho verde fresquinho, íamos conversando sobre diversos temas, alguns bastante interessantes por sinal.
A certa altura recebemos um telefonema, de um amigo, a convidar para irmos lá a casa tomar um café.
Assim fizemos e só nessa altura conseguimos ver, na SIC Noticias, um resumo do debate entre Mário Soares e Manuel Alegre. Foi um momento hilariante, sem dúvida!
O que vale é que vamos tendo estes momentos para nos divertirmos um pouquinho! Para não chorarmos...!
Tenho que concordar com um amigo, que diz: Miguel Sousa Tavares esteve muito bem durante o debate!!

Bom dia. Embora hoje esteja bastante frio... já repararam neste sol esplendoroso?

14/12/05

Por estas bandas a «coisa» começa a aquecer...
Muito se fala! Muito se segreda!
O ambiente é péssimo. Mesmo!
O que irá acontecer???

Entretanto, também se tenta - afincadamente - fazer "a cama" a alguém...!!!

Boa noite!
Pena de Morte
Há dias, foi executado na California, Stanley Williams - "Tookie" como era conhecido. Estava preso há vinte anos, acusado pela morte de quatro pessoas. Desconheço os pormenores dos motivos que levaram este homem a matar quatro pessoas. Sejam quais forem, ninguém tem o direito de tirar a vida a outro.
Arrependeu-se e ao longo dos anos tornou-se numa pessoa diferente, para melhor.
Fizeram vários pedidos para que a "pena de morte" a que foi condenado, fosse alterada para "prisão perpetua". Sem sucesso. Foi executado por injecção letal.
Sou contra a pena de morte. Neste caso!
...

Hoje, logo de manhã, a caminho de Lisboa, oiço nas noticias as atrocidades que fizeram a uma bebé com menos de dois meses, e que se encontra internada no hospital de Coimbra, em estado muito grave. Os responsaveis são os pais!
Acrescento que não é a primeira vez que isto aconteceu a esta bebé!
Em conversa com um colega, perguntei-lhe o que se pode chamar a esses pais. Compara-los com o quê? Os animais não fazem mal às crias. Protegem-nos até à morte se fôr necessário. Como tal não me atrevo a ofender os animais e chamar a esses "pais" de animais.
Não compreendo! Não aceito! Abomino!
Na minha opinião este tipo de gente - não são pessoas - não merece viver!
Estou a falar do que fizeram a um filho. A uma criança com 50 dias de vida. Inocente. Sem possibilidades de se defender. Completamente indefesa nas mãos daqueles monstros.
Sou a favor da pena de morte para estes casos!!!
Uma morte bem lenta se possível.

09/12/05

"Podemos às vezes ofender com palavras, mas também podemos ofender muito mais com o silêncio. Nenhum insulto pronunciado jamais feriu tão profundamente como a ternura que esperamos e não recebemos e ninguém jamais se arrependeu tão amargamente de uma indiscrição pronunciada, como das coisas que deixou de dizer."

- Jan Struther -

08/12/05

Normalmente lido bem com o que me rodeia, e com o mundo de uma forma geral.
O egoísmo que, cada vez mais, se nota nas pessoas - que fecham apressadas a janela do carro a fazer de conta que não reparam em quem lhes pede uma moeda ou tenta vender a revista "Cais" ou o "Borda D'Agua" - as farsas, os sorrisos falsos, a má educação e falta de princípios com que nos deparamos a toda a hora, a falta de coerência, o perceber que muitas coisas se perdem nas palavras do dinheiro, a mentira, a hipócrisia e a inveja, ainda me fazem uma vez por outra respirar fundo e contar até dez. Parar e fazer de conta que não se ouviu, não se percebeu, não me atingiu...
Mas há coisas com que na verdade eu não sei lidar, nem viver! Incomodam-me e deixam-me desconfortável!
Os silêncios, quando sabemos que há algo a dizer. O deixar o tempo "falar" porque é mais fácil. A incerteza. As angustias. O não poder fazer absolutamente nada para alterar situações que estão erradas, e com as quais não concordamos.
Ainda bem que nem tudo transparece em nós. Na expressão! No olhar! No que vai cá «por dentro»!
Ainda bem, que só nós vemos e sentimos, o rubor das faces, a dôr e a falta que sentimos, as lágrimas que conseguimos segurar e disfarçar com o melhor dos sorrisos.
Penso - tenho mesmo a certeza - que sou "mestre" nesses disfarces. Ainda hoje, uma colega me dizia quando aqui cheguei: estás com um ar tão calmo e sereno!
Ao que eu respondi: Claro que estou feliz. Já reparaste no sol lindo que está lá fora?
Na verdade, se ela conseguisse «ver» tudo o que vai aqui dentro, ficava deveras admirada da capacidade que tenho em disfarçar...
Sempre tive para mim que o meu trabalho e as pessoas que aqui estão comigo, não têm nada a ver com a minha vida particular!
Nada como chegar aqui com um sorriso, e dizer: Olá pessoal, cheguei!! Está tudo bem? Vamos então pôr «isto» a mexer??

04/12/05

Julgo que todos nós, após uma desilusão amorosa, um casamento fracassado, ou uma relação que não deu certo, nos protegemos, e nos tornamos quase inacessíveis, pelo menos durante algum tempo. Enquanto as «feridas» não saram.
Comigo aconteceu assim. Furtava-me a qualquer simples jantar. Escapava a encontros, até aqueles que tinha a certeza, nunca chegariam a acontecer.
Enchi-me de defesas, tipo "à prova de bala", para que nada nem ninguém tivesse capacidade de me alcançar e magoar de novo. Tranquei-me no meu mundo onde só alguns tinham acesso, e cheia de convicções fechei as outras portas.
Tinha a certeza de que aquele era o meu mundo. Era assim que o queria, mesmo sabendo que era vazio e onde só existiam lugares perdidos de tudo, sem sol ou um céu azul.
Até que um dia tu apareceste e deitaste por terra todas as minhas convicções e certezas. Esse meu mundo que achei intransponivel.
Bastou um sorriso teu, para passares todas as barreiras, e abrires todas as portas que tinha fechado! Caminhaste sobre esses destroços, e tive a certeza que só eu iria sair magoada, eu que me pensava impune à dor. Encheste de ti as minhas fragilidades. Bastou a tua presença. Um sorriso! Até nos teus silêncios e escassas palavras me deixei inebriar. Tornei-me personagem desse teu mundo de longas ausências e presenças fugazes.
Com esse sorriso de criança - o tal que o sol te deu - caminhaste até mim, sobre os destroços da minha «prisão» que destruiste como se fosse um castelo de nuvens!
E o céu voltou a ser azul, contigo.
Hoje fazes parte de mim, estás em todos os lugares da minha vida. E em lado nenhum!
O céu continua azul.
Só de ti, não há sinais...!!!

01/12/05

Quando te lembro, vejo o teu sorriso, que me garante a existência de um Deus, que esteve atento aos teus mais belos e simples pormenores.
Aparece-me o teu nome desenhado com letras cuidadosamente impressas. Como se fossem um código - ou um sinal - que dão lugar a uma tempestade de sentimentos...
Sentimentos fortes, puros e grandes. Adquiridos não sei se só para ti, ou da maturidade que se alcança na vida, das experiências do passado.
Sentimentos que nunca pensei merecer sentir por alguém!!

30/11/05

Almoço
Penso que todos gostamos de um bom almoço e principalmente com uma boa companhia!
Eu também! Até porque não gosto de almoçar sózinha!
Pouco passava do meio dia quando alguém me telefonou a convidar para almoçar. De imediato respondi que já tinha companhia, o que não era verdade, mas pronto, como diz o velho ditado - mais vale só...
Achei mesmo que hoje iria comer sózinha!
Até que resolvi enviar um sms - a um miúdo cheio de charme - para o desafiar a almoçar, mas sem esperança nenhuma, a sério!
Surpresa!! Ele que andava por aqui perto disse que estava disponivel! Bem quase que comecei aos saltos em frente ao caixa do Banco onde me encontrava no momento.
Quando cheguei junto de ti...! Meu Deus!!!
Não estás só mais lindo que nunca! Estás com um «ar» leve, fresco, irradias uma aura de quem está bem com a vida! Cheguei a dizer-to! Acho mesmo que foram poucas as vezes que te vi assim, embora sejas por norma uma pessoa bem disposta e com muito sentido de humor. O teu sorriso estava ainda mais bonito do que o habitual. A tua voz - embora um pouco mais rouca - ainda me pareceu mais bonita. Charme? Às «paletes»!! Toneladas de charme! A tua roupa informal - que te fica tão bem - que um cachecol completava e dava um toque fino, estava o máximo.
E agora Charme, diz-me só uma coisinha:
- Achas que eu mereço, ver tudo isso, ali juntinho de mim...e não poder mexer, agarrar, apertar?
Não, eu não mereço!

Espero por melhores dias...
Mas adorei ver-te, conversar e rir.
Adorei almoçar contigo!!!

29/11/05

Até amanhã!!!

28/11/05

O sono tardava. O pensamento não tinha descanso. A angustia da incerteza, fez-me levantar e procurar um cigarro que fui fumar na varanda. Levo-o aos lábios e deixo-me envolver pela fumo, que saboreio lentamente. A certa altura percebo que a cada trago naquele cigarro é como se procurasse uma resposta, uma certeza, a uma única pergunta.
Enquanto o cigarro se consome, como se fosse a cinza das horas, continuo sem resposta.
O vento que corre dispersa o fumo, mas não consegue o mesmo efeito na memória nem na angustia que me consome.
Dou um nome e um corpo a tudo isto.
Ao longo dos tempos, na troca de um olhar e no toque de duas mãos, construi momentos e palavras. Modos de sentir que se foram modificando ao longo do tempo. Maneiras de te sentir, diferentes que se foram tornando imensas.
Para as ausências procurei desculpas, como se quisesse amordaçar a tua falta. As desculpas, já as não encontro. Já não se disfarça a verdade! A única verdade é o aumento da distância, e a incapacidade de fingir o desejo que não se sente. Porque o desejo que se sente, não se finge. Basta um olhar para o percebermos. Eu senti esse olhar, que agora nada me transmite. Tenho medo de olhar fundo nos teus olhos. Tenho medo dessa verdade que os olhos não escondem.
Sabia que esse dia iria chegar. Chegaria mesmo que eu não o esperasse.Como se fosse o encontro de um tempo já marcado, como se fosse o final das tuas ausências numa ausência sem fim.
Dou comigo dispersa entre pensamentos e memórias já tão vastas.
Quando regresso ao meu quarto, ainda sinto o teu cheiro e oiço os teus passos, como das vezes que ali estiveste. Fecho os olhos e sinto o teu toque, naqueles momentos de crueza, na expressão carnal da nossa forma de sentir os corpos.
Aqui, nestas páginas, pintei cada encontro nosso. De cores e de cheiros. Hoje as cores não existem e só o cheiro da tua ausência está comigo. Ali, naquele quarto já não existe um "nós" apenas eu, sem surpresas!!
Sempre houve, em mim, um silêncio de palavras faladas - não escritas - que deixei perdidas no tempo, mas encontraste-me sempre numa disponibilidade sincera, sempre limitada pela tua vontade. Penso que nunca soube ir ao teu encontro, nunca consegui derrubar as fronteiras que existiram entre nós, como nunca soube demonstrar-te o meu gostar. Nunca ousei pedir a tua mão num afago que me fez falta. Perdi-me em palavras escritas que nunca fizeram eco em ti! Para mim, elas bastavam-me! Havia sempre a máscara de um sorriso, que escondia as lágrimas de que nunca te falei. Eu bastava-me! Hoje a tua falta, e a distância - que é uma certeza - dói-me!
A diferença do que foste e do que és hoje é táctil. Já não se disfarça. Sinto, que já não sentes!
Um dia deste-me a perceber o teu desejo, como hoje me mostras o teu não desejo.
Em mim tudo ficou da mesma forma, por ti.
Apenas alguém mudou...
Tu!!!

Boa noite!
Ontem,

estive contigo

e...

ontem,

tive saudades de ti!!!
Ontem apetecia caricias
O sentir dos dedos
O roçar dos lábios
O envolver da tua pele
Num abraço reconfortante

Em ansiedade
toda eu chamava pelo teu corpo.

Tudo terminou numa angustiante espera
De ti...!

25/11/05

O teu olhar em mim
enquanto as mãos percorrem o corpo
que em chasmas deixaste.

Inventas loucuras.

Suspensa no teu desejo
Ao som da tua voz.

O teu corpo, onde passeiam os devaneios das minhas mãos
E há desejos e prazeres por cumprir.
Saboreio cada pedaço de ti
Entranhaste em mim. Na pele. Na alma
Enquanto embalas o meu corpo num ritmo suave
Até ao fundo...

Até ao fim...
"Nunca se justifique.
Os amigos não precisam
E os inimigos não acreditam."

- Ditado Arabe -
Sempre

que te beijo

há rumores

surdos, pálidos

aromas de verão,

raizes perenes,

crescentes,

no desejo do teu

corpo molhado

sempre que

o beijo

- Alexandre Monteiro -
Ontem à noite, estava ainda no escritório e recebi um sms, de alguém a dizer que não lhe era possivel almoçar comigo hoje. Não posso dizer que fiquei indiferente. Naquele momento, não! Passei a semana toda na esperança desse almoço, que seria hoje. Não fiquei zangada - nada disso - fiquei sim com mais saudades tuas e doeu-me muito saber que vão ser mais uns dias sem te ver. Já me basta só isso, ver-te!
Não consegui sequer responder alguma coisa! Só mais tarde o fiz.
Já tinha percebido que não andavas bem e este sms diz tudo:
"Só se passa um enorme fastio pela vida que levo."
Apenas estas palavras! Fiquei a pensar se estarei incluida nesse «fastio»! É possível que sim! Ou não! Tive até algum receio de enviar a resposta às tuas palavras. Mas fiz o que a minha consciência achou que devia ser feito.
Uma vez por outra gostaria de "espreitar" o que vai aí dentro de ti. Quando estou muito tempo sem ter ver e saber de ti, gostava de ter essa possibilidade. Como é a tua vida, o que vêem os teus olhos, as tuas alegrias, os teus "fastios".
Por vezes parece-me que te mudas para longe - mais longe de mim - e então, apenas me resta esse corpo, que tão bem conheço com as minhas mãos!
Esse corpo que já me deu momentos de prazer e loucura, e que pode matar estas saudades de ti.
Já tenho um passado contigo, uma história!
Tenho um presente em que me fazes falta, tenho saudades, e um gostar de ti sem tamanho!
Tenho dias preenchidos pela tua ausência, pela falta de palavras!
Só não sei o que fazer com esta vida que me sobra quando não te tenho!

Charme, se a tua vida é um «fastio» tenta imaginar a minha!
Quando estiveres em frente de um espelho, lembra-te de mim, e repara bem na imagem reflectida nesse espelho... Tudo o que nele encontrares é o que a mim me falta!!!
Talvez nessa altura me compreendas!

Um óptimo dia para ti!
Já reparaste que está sol lá fora, tu és lindo... e está aqui uma tonta que gosta muito de ti??

24/11/05

Vivo cada dia do nada que me deste!
Embalada no teu sorriso - em noites demasiado longas - desperto na ternura do teu olhar para mais um dia infinito de ausência!
Procuro-te numa foto. Encontro-te num sms. No tropeçar de um mail com data amarelecida pelo tempo!
Agarro-me à saudade de tudo quanto escreveste e absorvo cada palavra tua ali deixada.
Enquanto enxugo uma lágrima teimosa, a saudade dá-me forças para saber dos teus passos.
Sobre ti, haverá sempre uma página em branco, que nunca escreverei! Talvez seja a mais original.

Um dia vou sair pela mesma porta em que ousei entrar na tua vida.
E saberás a verdade do quanto te gosto!

23/11/05

Hoje acordei ainda era noite, despertei de um sonho e o sono não voltou a querer nada comigo. Voltas e mais voltas na cama, nada! Dei comigo a lembrar o sonho que tinha tido! Não queria mesmo nada pensar no assunto. Nada feito!
Há coisas que não temos a capacidade de controlar na nossa vida!
Os sonhos são uma delas! Impossível dizer ao deitar: hoje vou sonhar com «isto» e não vou sonhar com «aquilo»! E como é assim, por vezes temos sonhos que são pesadelos! Mas há outros, de que gostariamos não despertar nunca!
O meu sonho foi assim. Tão bom que só podia mesmo ser um sonho. Tudo era demasiado perfeito, quando vivemos num mundo de tanta imperfeição. E não me refiro à natureza! Nunca alcançaremos a perfeição. Penso até que isso não existe, é apenas pura invenção em que acreditamos, que nos ajuda a evoluir, na esperança de a alcançarmos.
No meu sonho, toda a perfeição se resumia a ti. Tu que chegavas, no silêncio da noite que estava marcada para nós. E contigo trazias tudo o que mais quero. Um sorriso iluminado pela lua, que encheu de cor aquele quarto. A beleza que não me atrevo a descrever, com palavras que só deturpariam como és. No toque de veludo das tuas mãos, contavas histórias guardadas na memória de tantos segredos nossos, que aqui não ouso revelar. Os teus pequenos defeitos iam contigo, mas até esses me agradam, porque são teus.
No abraço que te dei, num segundo, era como se procurasse uma recompensa para uma vida inteira de espera por ti. De tão longa ausência! E quando os nossos olhos se cruzaram, havia magia naquele momento.
A tua boca tinha o sabor aveludado da afirmação, de quem vem para ficar!
Quando despertei, por momentos que me pareceram longos demais, - naqueles breves momentos em que não sabemos se é sonho ou realidade - apenas abracei a minha própria solidão. O sonho levou-te! A culpa é do sonho, que enquanto acontece se torna realidade!
Do meu sonho, apenas ficou a verdade do meu gostar de ti. Demasiado!
Mas quem ama por amor, nunca ama demais, mesmo quando fico acordada a tentar não te amar tanto!

22/11/05

Tudo o que aqui escrevi hoje, foi sobre sentimentos bonitos, verdadeiros e muito grandes.
Os meus!
E como a vida é feita de outras realidades, e porque nunca sabemos o dia de amanhã, termino de uma forma menos bonita, mas também muito verdadeira.
Lido algures por aí:

A vida nem sempre é como queremos!
A morte, por vezes é...!!!

Boa noite.
Cada pedacinho da tua pele.

Cada poro teu.

É um momento de prazer...

Em miniatura!!!
Por vezes pergunto-me se gostas da forma como te gosto.
Se essa verdade te incomoda!
Gostarei eu demasiado de ti, a pontos de não te deixar «confortável»?
Não sei!
Ainda não consegui ler nos teus olhos, porque sei que da tua boca nunca nada se ouvirá!
Quando te contemplo, acho sempre que nunca gostarei demasiado de ti. O suficiente! Para mim mereces sempre mais. Quero sempre dar-te mais! Mas quero o teu conforto, para além de tudo.
Estou sempre carente de ti, não posso negar, e quero sempre mais de ti. Será esse o motivo porque te quero dar sempre mais e mais?
O gostar não se esgota! O meu não! E o que tu sentes, terá limites? Esse afecto, amizade, ou desejo - eu não sei o que sentes, se sentes, ou que nome tem - terá limites?
Nada sei! Nada peço! Nada exigo! Nada pergunto!
Conheço bem a solidão de ti... Não me assusta! Aprendi a lidar com ela! Estás sempre ausente em outras pessoas, ou em datas obrigatorias na tua vida.
Talvez o amar de verdade seja isto mesmo.
Nada exigir para tudo ter!!
Ou sera, nada exigir e tudo dar?
E neste meu silêncio de perguntas, continuarei a gostar-te. Sempre!
Sabes onde estou!
Sabes onde mora o desejo de ti!!
Vem quando quiseres! Se quiseres...!

21/11/05

Existias de noite, como a letra de todo o movimento,
e das estrelas o céu pintado ao fundo,
e distraído às vezes confessava amar a tua pele
como quem quer dizer-te: não morras nunca mais.
Esta noite, outra noite,
esta manhã que nasce pelas frinchas
da janela pequena entreaberta,
por planaltos e vales caprichosos,
lagos azuis, ravinas e pinhais,
irei de vez em quando perguntando

onde existes? Onde estás?

- António Franco Alexandre -

E porque nem tudo na nossa vida tem uma resposta...
Hoje fico por aqui!
Boa noite.
Fim de semana de chuva.
Fim de semana sózinha.
Fim de semana quase na totalidade a ver a série "24" na 2:
Aliás não é uma série, é um vício!! Ontem esperei pelo intervalo, enquanto dava as noticias, para ir comer qualquer coisa a correr e voltar de seguida para a frente do televisor até ao final.
Foi mesmo a minha companhia nestes dois dias. E claro está, os meus gatos também!
Há dias assim...!
Nas noites de quarta e quinta feira passadas, cheguei a casa pouco passava da meia noite. Ainda cedo portanto. No primeiro dia, assim que entrei na garagem para estacionar no lugar do costume - não sei porquê ninguém estaciona naquele sítio, talvez porque é um tanto apertado, está sempre livre e ainda bem - reparei num senhor que estava tranquilamente sentado numa carrinha Mercedes, e dava para ouvir a música. Achei estranho alguém estar áquela hora dentro do carro, mas cada um com as suas manias!
Na segunda noite...lá estava o senhor dentro do carro novamente! A ouvir música! Só que desta vez, enquanto eu estacionava, o senhor saiu do carrito e qual não foi o meu espanto, quando chego ao elevador e... lá estava ele de porta aberta à minha espera!!!
Dei boa noite e agradeci a simpatia! Sai no quinto andar e pelo botão que estava marcado no elevador, o simpático senhor seguiu para o nono!
Não sei porquê, mas tenho cá a impressão que descobri o «fantasma» da minha garagem, que volta e meia me deixa bilhetinhos no pára-brisas...!!
Pelo que hoje encontrei no carro, o senhor está com imensa vontade de se apresentar brevemente. A ver vamos, se estou enganada!!!
Ser Poeta

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens!
Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

- Florbela Espanca -
Os Village People e os Boney M, duas bandas de referência da Disco Sound, passaram pelo Pavilhão Atlântico na sexta feira passada.
Imensa gente numa sala engraçada, com as idades predominantes entre os 35 e os 50 anos. Também se via bastante gente "novinha" e até pais com filhos pequenos. Do tipo "bora lá ver" o que os pais daçavam há trinta anos atrás!
Ouviu-se, cantou-se, e dançou-se: Sunny, Rivers of Babylon, Daddy Cool, Y.M.C.A., Macho Man, In The Navy. O pessoal ia mesmo naquela de "curtir" o espectáculo.
Depois da actuação das duas bandas - que já não são os "originais" a maior parte deles - a festa continuou e a sala do Atlântico, virou uma discoteca gigante, com gente muito animada a dançar e a recordar a música dos anos setenta, como "I Will Survive" de Gloria Gaynor, entre outros, até à uma e meia da manhã.
Foi bom recordar os "velhos tempos", que afinal já não voltam!
É claro que nada disto é do meu tempo...! Nada de confusões!
E o público, alguns, vestidos e calçados a rigor...! Anos setenta, lembram-se?
Só visto!!!

19/11/05

Outras Marcas

No teu rosto as marcas da vida.
Nos teus olhos os vestígios de uma lágrima
Que só eu vejo, que só eu sei.
Na tua boca marcas de beijos
Que apago
Para que os teus lábios não tenham
De outros lábios marcas
E beijos senão os meus.

- encandescente -

18/11/05

"Noites à Direita - Projecto Liberal"
Já certamente muitos ouviram falar nas "Noites À Direita - Projecto Liberal".
Se até aqui não sabiam do que se trata, certamente que hoje sabem ou pelo menos ouviram falar.
A não ser que não leiam jornais ou não oiçam rádio, porque hoje muito se falou e escreveu sobre as "Noite à Direita".
Dêem uma vista de olhos nos seguintes jornais:
- Independente
- Público
- Diário de Noticias
- Jornal de Noticias
- Jornal de Negócios Online

Também a Rádio Renascença e a TSF falaram sobre o evento.
Na blogosfera muito se escreveu sobre o assunto.

Na última "Noites à Direita" os convidados foram Daniel Bessa e António Borges. O tema era "A Direita e a Economia" e, pelo que sei, a Sala da Sociedade de Geografia quase esgotou.
Vale a pena ler o que dizem os jornais, sobre a referida «noite» e as intrevensões dos dois convidados, e aqui destaco as palavras de António Borges, que apreciei em particular.
Parece que a próxima será no Porto - a esta ideia não achei piada pois não se pode dar um "saltinho" ao Porto e voltar de seguida - mas será concerteza também um sucesso, até porque o tema "Regionalização" é cativante.
Os meus parabéns aos promotores do evento, que pelos vistos tem sido um sucesso e cada vez mais pessoas aderem e aparecem para ouvir.
Por este andar, um dia destes, ainda veremos as "Noites à Direita" com sala esgotada no Pavilhão Atlântico.
Nunca se sabe....!!
Depois do que li e reli, quero só dizer uma coisinha:
- Achei linda aquela parte que diz:
"...e para que não haja inquietações..."

Nem consigo imaginar para quem será o «recado»!
Boa!!!
Recebi há pouco em mail que diz assim:

Comunicado
A Associação das Agências de Viagem Portuguesas (AAVP) quer aqui anunciar, que apoia o candidato Mário Soares à Presidência da República pelas razões aqui mencionadas:

1986
11 a 13 de Maio - Grã-Bretanha
06 a 09 de Julho - França
12 a 14 de Setembro - Espanha
17 a 25 de Outubro - Grã-Bretanha e França
28 de Outubro - Moçambique
05 a 08 de Dezembro - S. Tomé e Príncipe
08 a 11 de Dezembro - Cabo Verde

Seguem-se os anos de:
1987 - 1988 - 1989 - 1990 até terminar no ano de

1996
08 a 11 de Janeiro - Angola

Durante os anos que ocupou o Palácio de Belém, Soares visitou 57 países - alguns várias vezes como por exemplo Espanha que visitou 24 vezes e França 21 vezes - percorrendo no total 992.809 kms o que corresponde a 22 vezes a volta ao Mundo.

A lista dos países visitados, corresponde a quatro folhas (A4) que não pretendo transcrever para
este espaço. Mas vale a pena ver!
É claro e segundo alguém que está aqui mesmo ao meu lado, disse de imediato, «eles» são todos iguais. Mas temos que admitir que Mário Soares é mais igual que os outros. Nenhum outro se lhe igualou no que diz respeito a «passear».
Já contribui bastante - sem querer, porque nunca votei no senhor - para esses passeios!
Já chega!!
No que depender de mim, e farei a minha parte até porque tenho a liberdade de escolher, o proximo Presidente da República será Anibal Cavaco e Silva!
Frase do dia

Os políticos e as fraldas precisam se ser mudados frequentemente...

... pelas mesmas razões...
Cada vez mais sinto a tua falta.
Cada vez mais sinto que te afastas.
Cada vez estás mais longe....

Gostaria de dizer que não sei o porquê!
Mas não consigo mentir-me...sei o motivo!!

17/11/05

Não sei se já vos aconteceu, por vezes apetece muito dizer algo a alguém que é importante para nós. A mim acontece-me muitas vezes, estar por aqui, o pensamento desse lado, aí mesmo ao pé de ti, e de repente apetece-me dizer-te aquilo em que estou a pensar ou a sentir.
Torna-se mesmo uma necessidade, algo que não consigo controlar.
Pelo facto de não ter a possibilidade de pegar no telefone e dizer-te: "olha, liguei só porque me apeteceu muito dizer que gosto de ti."
E pronto, desligava e ficava feliz - aliviada - porque deitei cá para fora o que precisava e me apetecia dizer-te. Poderia também mandar uma sms, mas penso que por vezes não te apetece ler e receber essas coisas.
Então, o que fazer?
Aqui está a solução! Pego numa «folha» do meu blogue e escrevo o que gostaria de te dizer. Como neste preciso momento!

Mas sabes uma coisa Charme?

Depois de ler o que escrevi - não o que disse - naquele momento de extrema necessidade, disse tudo o que sentia e queria que soubesses, e só quando coloco o ponto final, reparo que tudo ficou por dizer!!!

16/11/05

A primeira imagem que tenho tua:

Fato azul escuro, camisa branca, gravata às riscas (na verdade não lembro a cor, os meus olhos tinham tanto para onde olhar porque perder tempo numa gravata?), sapatos pretos, uma pasta pequena com varios papeis que saiam da dita pasta, cabelo impecavelmente penteado, um rosto demasiado sério. Uma figura que «marcava» e esbanjava charme!
Ia a sair do meu gabinete e parei para te deixar passar. Nem um olhar da tua parte...! Nada!
Continuaste, corredor abaixo, com ar de quem ia para uma reunião, claro!
Depois de passares, pensei cá para mim:
- Bem, de onde é que «isto» saiu, que eu nunca o tinha visto por estas bandas? Sim senhor...!
E fiquei então a apreciar «as vistas» enquando caminhavas de costas para mim, sem sequer sonhares que estavas a ser alvo de tanta curiosidade e atenção! Deliciei-me!!
E sabes uma coisa?
Gostei muito do que vi! Tanto, que ainda hoje perdura...

O resto da história, penso que te lembrarás. Uma coisa ou outra, digo eu!
Não tenho dúvidas de que me marcou muito.
Só a mim!!!
Acabadinho de me «cair» nas mãos e diz assim:

" 16-11-2005
Lisboa recebe galardão da MTV para melhor anfitriã.

A MTV Networks atribuiu à cidade de Lisboa o prémio de «Best Host City Award», destacando-a como anfitriã dos MTV Europe Music Awards 2005 pelo desempenho na organização do evento. Esta foi apenas a terceira vez que a MTV atribuiu o Best Host City Award à cidade que recebeu os MTV Europe Music Awards, já que em 11 anos de existência do evento apenas Dublin e Edimburgo receberam esta galardão, em 1999 e 2003, respectivamente."

É sempre muito agradável ler estas noticias.
Parabéns a todos os que colaboraram no referido evento e contribuiram para que hoje fosse possível ler esta noticia.
Principalmente para os "anónimos", aqueles que não apareceram a ser entrevistados nas televisões, aqueles que durante meses, semanas, horas e horas a fio, mais contribuiram e trabalharam para que fosse possível esse espectáculo acontecer, e ninguém sabe quem são.

15/11/05

Nunca irei esquecer a primeira imagem que tenho de ti.
Penso que essa é a que perdura para sempre.
Quando o meu olhar «bateu» em ti, julgo ter sido de uma forma "primitiva", de desejo imediato!
Senti-me incapaz de parar de percorrer com os olhos essa figura, numa descoberta de novas sensações do corpo. No meu! Não seria necessário mais nada! Ficaste gravado no meu pensamento! Apeteceu-me ver-te uma e outra vez!
Quando te ias, nunca partias de verdade, ficavas em mim.

Hoje, levas contigo o descanso que me roubaste, nesse sorriso que o sol te emprestou e te torna ainda mais inesquecivel.
É pouco o que me basta, e chego a confundir um sorriso teu com a paixão que nunca será minha.
Por vezes isso basta-me.
Hoje...não!!!
Cada vez mais, sinto que és uma utopia na minha vida!!!
Sempre que escrevo sobre ti, ou para ti, invariavelmente aguardo uma palavra, uma opinião, um comentário, até uma piada. Qualquer coisa!
Sempre que escrevo sobre ou para ti, invariavelmente sei que esse comentario, essa palavra, essa piada, ou uma opinião, jamais chegarão até mim.
Tenho sempre a certeza absoluta disso.
Assim como tenho a certeza de que as próximas palavras que escrever aqui, sobre ou para ti, vou esperar um qualquer retorno da tua parte.
Que sei nunca virá!!!

Não me perguntes porque é sempre assim! Não saberia responder!!!

14/11/05

Sábado foi noite de chuva.
Sózinha em casa, apeteceu-me aquele tempo. Eu que nem gosto de chuva. Soube-me bem ver e ouvir a chuva bater na janela. Estava a ler, fechei o livro e entreguei-me por completo aquele espectáculo. Acendi umas velas - gosto do ambiente das velas - dois candeeiros de luz fraca, um cigarro, uma Antiqua e aconcheguei-me no cadeirão com um edredon nas pernas. Abstrai-me dos problemas que me rodeiam e «andei para trás» no tempo, quase três anos. Naquele momento, precisava mais do que nunca, lembrar algo de bom na minha vida! E quando isso acontece vou à tua procura.
Vivi cada momento contigo, cada ausência tua - algumas demasiado longas - cada saudade, o que foi importante, o que me fez rir, até o que chorei. Foi por ti, como tal também foram momentos importantes. Não houve desilusões, talvez porque não houve surpresas naquilo que poderia esperar de ti. Nem boas, nem más!
As surpresas que existiram foram de mim para mim.
Surpreendi-me com a minha capacidade e forma de amar alguém. Surpreendi-me com tudo o que dei! Porque dei tudo, não me sobrou mais nada!
Mas a grande surpresa que tive, foi ao chegar à conclusão, que o homem a quem me dei sem restrições, completamente, foi o único que nunca me quis verdadeiramente e aqui estou a referir-me a sentimentos grandes e verdadeiros, como os que sinto!
Foi o único de quem nunca tive um abraço apertado, daqueles em que sentimos que somos um pouquinho importantes para aquela pessoa.
Foi o único de quem nunca tive um beijo, apenas retribuiu os meus. Porque há que distinguir um beijo que se dá, de um que se recebe.
Quando regressei ao meu presente, as velas já quase se tinham apagado e apercebi-me de que Peter Cincotti tinha terminado a sua agradavel actuação. Apaguei as luzes, desliguei os telefones que estiveram mudos, talvez para não imterromperem a minha «viagem» até ti, ou para me lembrarem que há dias assim...
Quero que saibas, que tudo o que acabei de escrever não é um "apontar de dedo". Nada disso!
É apenas e só o relatar de uns momentos muito agradaveis que tive, quando me refugiei nas tuas lembranças, e o tomar consciência da realidade.
A realidade é esta e tudo até agora tem sido como disseste no primeiro dia em que jantei contigo: "Não há sentimentos à mistura". Cumpriste o que disseste! Nunca me magoaste, não houve mentiras da tua parte, assim como nunca me surpreendeste, com algo que poderia ter surgido mesmo contra a tua vontade! Porque não mandamos nos nossos sentimentos!
E porque a vida não é feita só de sonhos, mas principalmente de realidades, tenho que me lembrar dessas realidades...só uma vez por outra!!!
Mesmo que elas me magoem um pouquinho!
E quando te vejo, tudo o resto...é resto. Fica esquecido.

Boa noite!

11/11/05

Por vezes passas por mim durante a noite...
Em sonhos lindos, repletos daqueles beijos e abraços que tantas vezes me fazem falta! Teus!
Será possível sentir falta, do que não se conhece? Do que nunca se teve?
É possível sim!!!

Porque nos sonhos a esperança não morre!
Almocei sózinha.
Para finalizar o repasto, que estava óptimo, e antes do café o Sr. Carlos trouxe um prato de castanhas assadas e água-pé, porque afinal hoje é dia de S. Martinho, e convém não deixar passar a data «em branco».
Eu que nem gosto de almoçar sózinha, hoje não me importei absolutamente nada.
Po vezes, temos reacções, que nos surpreendem a nós mesmos.

Mas antes de almoçar...tive que passar no Banco, aquela tal agência aqui perto!
Exactamente, esse mesmo!! É sempre um prazer passar por lá!

10/11/05

Há uns dias atrás, durante uma conversa, a certa altura dizem-me assim:
- No que diz respeito a sentimentos, admiro-te porque és fiel aos teus.
Quando gostas de alguém, gostas de uma forma única, completa, e intensa.
Devido à forma intensa com que amas só consegues amar uma pessoa. Não fica espaço para mais ninguém, mas mesmo gostando muito não o demonstras na totalidade!
Agora vem aquela parte menos boa - na minha opinião - quando dizes «acabou», é definitivo e irreversivel e quando não gostas - ou deixas de gostar - não és capaz de disfarçar.
És realmente muito fiel aos teus sentimentos.

Depois de ouvir isto, apenas perguntei à pessoa que mo disse:
- Como é possível amar mais que uma pessoa ao mesmo tempo? Porque estamos a falar de amor entre homem e mulher certo?
Possivelmente sou eu que não tenho essa capacidade e a minha forma de amar seja pequena, e se fosse dividida não sobrava nada para ninguém. E concordo com aquela máxima que diz «quantidade nunca foi qualidade».
Há quem diga que é possível amar assim, várias pessoas - homens ou mulheres - ao mesmo tempo, mas eu não invejo quem tem essa capacidade, porque para mim isso não é amar de verdade.
Há certos tipos de amor que não se dividem!
Dão-se sem restrições...

09/11/05

Já aqui disse que não há nada como começar um dia em beleza, como hoje.
Também quero deixar aqui registado - não a sensação, porque não consigo descreve-la - que nada melhor para terminar um dia de trabalho, do que ouvir a tua voz, já que não te posso ver, para terminar ainda mais, este dia em beleza!
Sabes, gostava muito de te transmitir tudo o que sinto quando te oiço, explicar-te como é, para perceberes qual o «sabor» dessa enorme sensação de prazer. Ias gostar, mas não é possível!
Até o tempo hoje esteve fantástico, embora um pouquinho frio. Fruta da época!!

Só estas saudades tuas - imensas - ensombraram este meu dia.
Assim será amanhã. E depois! E depois....
Há dias em que me fazes tanta falta.
Hoje fizeste!!!
Hoje, antes de vir para o serviço, tive que passar por um banco onde, nos últimos tempos, vou regularmente. É uma agência pequena que tem três ou quatro funcionarios, dois dos quais estão na caixa e normalmente atendem ao público.
Pois hoje assim que entrei reparei que havia uma cara nova a atender na caixa. O senhor estava meio inclinado mas dava para perceber que era desconhecido.
E quando ele levantou o rosto para me atender... bem, até fiquei meio "bloqueada" ao deparar com aqueles olhos azuis lindos, num rosto moreno e cabelos pretos. Resumindo, digamos que o senhor é todo muito interessante...!! E não tinha «defeito» no dedo anelar, o que é sempre bom sinal!
Já disse à minha amiga que se for preciso vou lá amanhã de novo.
Nada como começar um dia em beleza...
A seguir ao almoço - que foi óptimo - ligo o computador e uma página da internet que "piscava" dizia "veja o seu horoscopo de hoje". Muito bem, resolvi dar uma vista de olhos, e diz assim:
- Um encontro ocasional pode abrir novas perspectivas e levar a uma aproximação muito rápida!
Coincidências...!!!
Lembro-me do seu nome
De alguns pormenores do seu corpo
Lembro-me que era primavera
Que a luz entrava pela janela à minha direita
E era devolvida pela superficie espelhada do armário.

Lembro-me de tudo isso
Mas tudo isso eu poderia ter esquecido
Tudo isso eu poderia ter inventado
Menos o brilho dos seus olhos
No mais profundo dos seus olhos
Como se não lhes petencesse
Como se fosse apenas o reflexo
Da minha própria felicidade.

- Luis Ene -

08/11/05

Hoje estou naqueles dias de «não presta», absolutamente!
Não gosto de magoar ninguém, e normalmente antes de tomar qualquer atitude faço questão de conversar. O pior é que nem sempre os outros nos levam a sério e pensam que estamos a "brincar" e não temos coragem de tomar certas atitudes.
Mas acontece que afinal nós temos ou arranjamos essa coragem...
E agora? Passamos uma borracha e está tudo esquecido? Fazemos de conta que nada aconteceu e fica tudo bem?
Nem sempre é possível esquecer que nos magoaram!
Ainda estou a sofrer consequências de certas atitudes. E eu avisei, muitas vezes por sinal!
Isto hoje não está nada fácil!!
O «fantasma» da garagem reapareceu:

"Porque tem sempre os olhos fixos na chavena do café?
Já experimentou olhar à sua volta?
Foi assim que um dia os meus olhos a descobriram.
Fica aqui o desafio."

Portanto quando estiver a tomar o meu café, vou olhar em volta, correndo sempre o risco de apanhar um susto e entornar a preciosa bebida!
Ou não (apanhar o susto) ...!!!
Olá, bom dia.

07/11/05

Uma conversa que decorre aqui mesmo à minha frente, neste preciso momento.
Diz assim o «grande chefe» para um colega que está ao meu lado:
- O nivel de audiência do espectaculo da MTV em Portugal, foi o mesmo que da 2:, que é aquele canal que ninguém vê!
Em Portugal, o espectáculo que estava a ser transmitido em directo do Pavilhão Atlântico, foi visto por quatrocentas mil pessoas, no máximo!

As coisas que este senhor sabe...!!!
Fantástico! O ar de quem não admite discussão acerca do que está a dizer é que me deixa completamente irritada.

Isto de ganhar um lugar no céu não é fácil... A nós tocou-nos aturar «isto»! Acho mesmo que já temos um lugar à direita e outro à esquerda de Deus. Irra!

Oração da Mulher

Senhor,
Até agora o meu dia correu bem!
Não fiz «fofocas», não perdi a paciência, não fui gananciosa, sarcástica, rabugenta, chata, nem irónica.
Não reclamei, não gritei, nem tive ataques de ciúmes...
Não comi chocolates.
Também não utilizei o cartão de crédito, não fui ao "shopping", não comprei sapatos, vestidos, ou casaquinhos.
Mas estou quase a levantar-me da cama...
E aí sim...vou precisar realmente da Sua ajuda!
Amén!!!
Esta acabou de chegar via email, enviada por um homem é claro!!
Acerca de uma conversa hoje durante o nosso almoço, verifiquem um dos meus posts do passado dia 28 de Junho 2005, que tem como titulo:

"Agora já existe mais uma explicação!"

Só não é acompanhado por fotos, o resto está lá tudo.
Não quis ser indelicada e dizer «essa já tem cinco meses»!!!
Fim-de-semana lindo com muito sol!
Deu para descansar, arrumar e apanhar um pouquinho desse sol fantástico.

Hoje cá estamos para mais uma semana de trabalhinho.
E o tempo continua como eu gosto.

Está sol!! Bom dia!

04/11/05

Que me desculpem mas por hoje já está.
Vou fugir para casa e «lamber as minhas crias», pois tenho saudades deles.
Aproveitar hoje porque não sei se os tenho durante o fim-de-semana.

Adorei ouvir-te Charme. Nada melhor para «fechar» a minha semana, que ouvir essa voz!
E já agora não te esqueças: segunda feira é dia de caras de bacalhau. Já ficou combinado por todos no restaurante do costume.

Boa noite!
Ainda por aqui estou. Fui buscar um café - nem sei quantos já tomei hoje - sentei-me, tirei os sapatos, pois há muitas horas que ando em cima destes saltos e sabe-me bem o toque da alcatifa nos pés, e corri para «junto» de ti.
Já estás nos lençois macios, estás quentinho, é tão bom estar assim juntinho de ti...
Estou acordada sim, mas sei que estou a sonhar. Basta ver-te!
Ainda consigo sonhar, mesmo estando numa sala cheia de luz, à frente de um computador.
Prefiro sonhar-te no escuro. É engraçado que quando somos crianças o escuro, amedronta e fascina ao mesmo tempo. Conforme vamos «ficando grandes» esses medos passam, como se a luz do crescimento os afastasse. Mas também perdemos a capacidade de sonhar. A idade traz a falta de sonhos bonitos. Os de hoje, existem porque quase nos forçamos a tê-los, é uma necessidade, mesmo tendo a certeza que não serão uma realidade.
O meu quarto não tem muito espaço para sonhos. Outras realidades tomaram o seu lugar e os poucos que existem escondo-os, porque são sonhos de ti, que vou buscar todas as noite ao deitar!
Trago até mim os meus sonhos e tu! À noite sonho o que não tenho coragem de viver contigo!
A minha vida é na verdade, uma contenção por natureza!
Mas quando te sonho, toda essa contenção se solta - e aí sim - vivo intensamente os meus sonhos de sabor a ti!
Está na hora de ir ter contigo! Já te sinto à minha espera.
Estás quentinho. É tão bom estar aqui contigo...
Nos meus sonhos!!!
Missão comprida e acima de tudo cumprida!!
Isso é que importa.
O que gostei mais? Foi de te ver.
Acho engraçado estar a observar-te sem que tu percebas. Ora sentado, ora de pé, e eu ali no meu cantinho a ver-te, com uma vontade imensa de chegar junto de ti.
No final ias com cara de preocupado, já sabia porquê!
Vi-te passar de novo, quando saiste para a rua!
Mesmo sabendo que não me ouvias - é dificil escutar o pensamento dos outros - disse:
- Boa noite amor, dorme bem!

Mas sei que esta noite não vais dormir bem!!!

03/11/05

Bom dia!
Pois é, hoje estamos a «ferro e fogo», mas isso agora não interessa nada!
É para se fazer? Então vamos a isso!!

Ontem à meia noite ainda conseguiamos rir "à gargalhada", embora as forças fossem poucas, para o fazer. Saimos daqui e ainda fomos para o outro escritorio até às duas da manhã.
Mas tudo se consegue!
O nosso objectivo é sempre o mesmo, chegar ao fim e dizermos "Missão cumprida" e bem feita, como aliás nós todos sabemos fazer.
Modéstia à parte!!!

02/11/05

Com o avançar da noite, tudo vai ficando mais sereno! Neste momento, há mesmo um silêncio que apetece! Consegui ficar por instantes sozinha, por aqui apenas uma música calma "Oceano Pacifico" me faz companhia. A maior parte dos colegas estão a jantar.
E é nestes momentos, de alguma paz, que de imediato te procuro. É como se a noite estivesse pronta para me dedicar a ti.
Apetece escrever sobre ou para ti. Agora é para ti, porque não é fácil escrever sobre o "meu Charme". Bem me esforço, mas nunca consigo escrever o que és, o que representas para mim, como é esse homem de quem gosto tanto. Embora já o tenha feito, não quero dizer que te amo, porque considero uma palavra demasiado "forte", que me assusta um pouco. Talvez porque não sei bem se essa palavra tão pequena te transmite estes sentimentos!
Olho para estas folhas em branco, que são a minha paleta de sentimentos - não de cores - e vou mesclado umas letras que se transformam em palavras, e é como se tivesse a esperança que surgisses por entre estas linhas vazias.
Não! Não te encontro, por mais que despeje palavras, linhas, frases, páginas e páginas de ti.
Esfumas-te, como se fosses uma sombra que vai desaparecendo.
Tento reter-te, mesmo quando já não te encontro - mesmo quando sei que já não estás - neste lugar que não me permite nem uma sombra de ti, como se houvesse uma luz forte não me permitisse ver-te!
E aqui fico, a imaginar-te e com uma música calma, que é um eco de ti, na minha memória.
Porque apetece dar-te um abraço apertado.
Porque apetece olhar-te mais uma vez.
Porque apetece um último beijo sentido!

Porque não apetece mais uma noite sem ti.

Porque me apeteces!

Porque só posso desejar-te: bons sonhos!!
Bom dia!
Por aqui a «coisa tá que tá»!!
Muito stress, muita correria, nomes que não constam nas listas, acreditações de cores erradas, aqueles que querem passar e ficam barrados à porta, e que por acharem que são "Deus na terra" podem tudo...! É só rir!
Tenho que fugir daqui por uma ou duas horas.
Vamos então começar a pensar em almoçar.

01/11/05

Um abraço apertado a ti.

Boa noite!
Este não foi só mais um dia sem ti.
Não foi só mais um dia de saudades tuas!
Este, é mais um dia - que com o avançar das horas - se vai enchendo de esperanças em te ver. Amanhã. Ou no dia seguinte. Ou num outro, que virá!
Todos os dias são o «amanhã»!

Todos os meus dias, se assemelham a falsas partidas para a felicidade!!!
Que é ver-te...!
Já por aqui estou há horas e nem dei por isso.
Há dias que passam por nós e não os notamos.

Hoje... a falta de ti apanhou-me!!!
Neste momento já passa da meia noite e isto por aqui está bastante animado!
Parece mesmo que são três da tarde ou coisa parecida!
O que vale é que apesar de todo o stress que por aqui paira, o pessoal está bem disposto e ainda nos conseguimos rir uns com os outros.
Há colegas que foram agora jantar, outros que já não apetece, fazem-se mapas, listas, mails, faxes, mais isto e aquilo. É uma animação completa!
Eu? Olhem...FUI!!!


Ouvi dizer que amanhã era feriado...
A sério? Onde? Por aqui é dia de trabalho!!


Charme, antes de ir embora quero dizer-te que não há nada como ouvir a tua voz, receber sms e fotos tuas para tudo me parecer mais bonito e sentir-me cheia de energias!!
Até porque quero gastá-las contigo...
Boa noite Tentação!!

31/10/05

Deixaste-me com água na boca...

Desassossegas-me!!!
Tenho sempre saudades tuas.
Quando te oiço, fico a imaginar-te do outro lado. Como estarás?
A tua voz continua a mesma, marcante, com um sabor aveludado! Estou a ver o teu cabelo impecavelmente tratado - gosto de mergulhar as minhas mãos nele, deitada sobre ti, enquanto beijo o teu pescoço. O teu olhar continua profundo, desconcertante? Será que esses olhos ainda me lembram? E a tua boca bem desenhada, onde o meu olhar se perde, quando ela se abre num sorriso que quero seja só para mim! Quem estará a ser brindado por esse sorriso lindo?
Estou aqui sentada, impaciente mas a sorrir - ao meu lado só os sonhos de ti e todas as palavras que gostaria de te dizer - a imaginar esse momento supremo que será encontrar-te...
A tua presença toca-me a angústia de não seres meu
De não te ter quando me apeteces...
Sempre!!!
Preciso-te! Quero-te! Desejo-te!
Amo-te!
Muito!
Para completar o post anterior e para que não haja desculpas aqui fica a informação:

Na próxima 2ª feira há "caras de bacalhau" no sítio do costume.

Dito pelo Sr. Zé quando acabei de almoçar!
Estou a avisar com uma semana de antecedência, certo?
Escrever na agenda, a vermelho de preferência para se ver bem!!
Como ninguém se decidia acerca do almoço, meti-me no carro, e fui almoçar sózinha.
Ao sítio do costume. A sala estava praticamente vazia.
E quando lá cheguei tive a grata surpresa de haver para o almoço, algo que gosto muito e que a semana passada ficou "falado" para esta semana, mas sem dia marcado.
Isso mesmo, caras de bacalhau com grão!
Uma imperial para acompanhar.
Estava uma delicia!!
No sábado de manhã tive que vir a Lisboa.
Como se costuma dizer "vim num pé e voltei no outro".
O resto do fim-de-semana foi passado em casa com os meus gatos!
Tipo «na preguiça» completamente!
Ontem depois do jantar e de arrumar algumas roupas de verão, sentei-me tranquilamente em frente à televisão, com pouca luz na sala, uma vodka com muito gelo, um dos gatos ao meu lado, o outro deitado aos pés - este não é muito de andar colo - os telefones mudos, pousados no braço do cadeirão, e ali fiquei a ver o dvd de George Michael.
A certa altura, olhei à minha volta e pensei cá para mim:
- Aqui está o meu mundo! A minha realidade é esta! O resto que por vezes acontece, são acrescentos passageiros que a vida me dá, uma vez por outra!
A solidão, nem sempre é uma opção. Por vezes é uma realidade!
Na verdade não me assuta nem me preocupa, por enquanto.
Hoje acordei bem disposta.
Levantei-me cedo, fui ao cabeleireiro e disse:
- Faz lá um milagre! Põe-me linda que hoje preciso de me sentir assim!


Bom dia.

29/10/05

O dia de trabalho foi longo. Muito longo!
Começou ontem às 09.30H e acabou hoje - porque já é outro dia - neste momento!
Vou até casa, dormir depressa para dormir muito!
Quando o sol nascer de novo, porque ele nasce todos os dias, embora por vezes não se veja, veremos como vai ser mais um dia.
Hoje pensei que quando me fosse deitar, iria feliz!
Mas não é bem assim...
A noite está bonita, serena, sem chuva nem vento. Aquelas noites em que apetece meter-me no carro e ir sem destino. Só a ouvir música, e a pensar, em tanta coisa!
A pensar que talvez um dia, apareça alguém que ao ouvir uma música se lembre de mim...!

Boa noite!!!

28/10/05

Fez ontem, um ano que recebi um email que dizia:

"Obrigado pelo prazer da leitura"

Alguém que me escreveu sobre o meu blog. A partir daí trocamos alguns emails. Ficamos amigos. Hoje diz que sou a culpada pelo facto de ele proprio ter criado um blog, que por sinal em menos de um ano já teve mais de quarenta e quatro mil visitas. Fico contente por ser a responsavel pelo teu sucesso Miúdo!
Ele é do Sporting. Eu sou do Benfica.
Ontem fomos almoçar juntos. Um ano depois de já sermos amigos.
Foi um prazer conhecer aquele "Miúdo Giro", ao «vivo e a cores».

Hoje quando aqui cheguei tinha um email dele que diz assim:

"...
Fica sabendo que tu não és exactamente a pessoa que eu imaginava. Tu és muito mais interessante e muito mais cativante. Fiquei encantado. Só depois de termos almoçado é que dei conta do quão gratificante é a tua amizade. Senti-me como uma criança que faz uma amizade nova. Não sei se mostrei o grande prazer que foi escutar-te. Se não mostrei digo-te agora.
E fica sabendo que gosto muito de ti e que prezo muito o teu enorme carinho.
Hoje não precisas de pedir, eu digo de livre e espontânea vontade: tu és muito, muito querida.
Fica sabendo que ganhaste um amigo para sempre e para todas as horas.! "

Na verdade, e porque não dizê-lo, é tão bom sabermos que alguém nos aprecia, gosta de nós, e está ali para quando precisarmos.
Eu sabia que tu eras assim Miúdo!! Não me enganei a teu respeito.

27/10/05

Por hoje já chega.
Estou que nem posso!!!

Preciso urgentemente de descanço.
E de ti...!
Boa noite.
Acontece-me, quase sempre, quando acabo de ler um livro de que gostei muito, ficar com uma sensação de pena. De algo bonito que chegou ao fim.
Tu, és como um livro que leio, que me alimenta a alma, que desejo, e não quero termine nunca.
Cada «página» tua que folheio, é uma descoberta que me fascina.
És o "livro" que não posso ler todos os dias, e que devoro quando estou contigo, para compensar a falta desse corpo, da voz, do olhar, do teu toque! Essas páginas que só folheio quando queres!
E cada vez que te vais, levas contigo o meu livro!
O encanto, a paixão, o desejo, o deleite, o amor e a surpresa das descobertas, na leitura de cada linha, cada palavra, tudo fica como que suspenso, adormecido, com uma imensa sensação de perda! Que dói! Que deixa saudades!
É como se o sorriso que se desenha na presença e no virar de cada página, se transforma-se em contra-capa de conformação! A leitura desse "teu livro" que adoro, foi interrompida há dois dias!
Não deixei marca no último capitulo que li, teu! Não importa, começo de novo. Do princípio! E a cada dia - em que te releio - reparo que deixei algo por descobrir da última vez em que te vi!
Pacientemente aguardo que um dia me tragas de novo o «meu livro» que continuarei a ler, até chegar o dia em que o levarás de vez. Sem volta!
O que escreves em mim, nas minhas páginas, está gravado em letras de "fogo" e guardado no coração! São versos gravados na memória!
O "The End" será escrito por ti, numa página desse livro que nunca terminarei de ler...