31/01/06

PROMESSAS...
Conheço uma pessoa que faz imensas promessas...
Dei comigo a pensar que para além de me fazer treinar o espanhol (nem foi preciso dicionário) pelo menos isso serve para me estimular a imaginação!
Fico a imaginar como seria se ele as cumprisse - e já não digo todas - mas uma boa parte delas!!!
Quando apago a luz do meu quarto, fico tão perto de tudo isso...
E de ti!

Boa noite!
Almoço
Hoje o almoço foi melhor ainda. Para além das favas, que estavam muito saborosas, havia também pernil fumado, e divertimo-nos bastante os três.
É que havia "espiões" no restaurante! O que vale é que agora na sala há a zona de "não fumadores", logo à entrada, e como nós pertecemos aos que fumam, não nos sentamos junto dos senhores! Só mesmo porque fumamos e não queremos incomodar quem não tem este vício...
É claro que todos fomos da opinião de que, para o almoço ser completamente fantástico, faltaram lá dois senhores!
Foi uma pena não terem ido hoje, porque então a «coisa era à séria»!
Também é verdade, como dizia o nosso colega, que ficávamos completamente «queimados», mas como o nosso hobby é mesmo brincar com o fogo, iriamos certamente ficar estorricados mas também nos iamos divertir bastante!!!
Só de imaginarmos o tema da conversa na mesa lá do fundo....
Quem sabe haverá uma proxima oportunidade!!
Para reflectir, no inicio de mais um dia.

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo...
Qualquer um pode recomeçar agora e fazer um novo fim!"

"Ame profunda e apaixonadamente.
Você pode sair ferido, mas essa é a única maneira de viver a vida plenamente."

"Lembre-se de que não conseguir o que se quer é, às vezes, um golpe de sorte."

Então bom dia!
Está sol, o dia está lindo e azul, mas hoje a minha opção foi para o cor de rosa.

30/01/06

Ainda estou por aqui, mas já sózinha no gabinete, e de repente apercebo-me - ao olhar lá para fora- que os dias já estão maiores.
Há cerca de quinze dias, a esta hora, pouco passa das seis da tarde, já era noite!
Agora ainda se vê alguma claridade natural na rua.
Afinal já só falta mês e meio para a Primavera!
Não tarda nada e estamos a sair do serviço ainda com sol.
Vejam o post "Pura Maldade " com uma foto de «As Virgens Suicidas» que está no blog "O Acidental".
Já me ri bastante. Está divinal!!!
Noite fria...
É claro que não se fála em outra coisa, senão da neve que caiu em quase todo o país ontem!
E perguntam-me:
- Então, tiveste muito frio ontem?
Resposta:
- Nem por isso. Para mim a noite mais fria foi no sábado a partir das 19.45 H. Foi mesmo um «gelo»...!!!
Pela cara da pessoa que me fez a pergunta...acho que ela não entendeu!
Também não expliquei.

Sabem quem está a fazer-me companhia?
O Peter Cincotti. A cantar só para mim.
Deliciosamente!
A Febre de Sábado
No sábado passado, festejaram-se os vinte e cinco anos da "Febre de Sábado de Manhã".
Em directo do Pavilhão Atlântico e com transmissão na RTP 1, Júlio Isidro, levou-nos numa viagem pela música portuguesa, e não só, de há alguns anos.
Foi engraçado rever alguns nomes que se perderam ao longo dos anos e outros que ainda perduram. Músicas que deixámos de ouvir. Pessoas que deixaram de cantar não sabemos porquê, outros que já desapareceram! Os momentos mais altos da noite foram com os "Taxi" e quando em palco apareceram os Fizcher-Z, ou o que resta desse grupo!
Mas antes da "Febre de Sábado de Manhã" aconteceu em directo do Estádio da Luz o "Passeio dos Alegres.", de que alguns também já tinham saudades!!
Hoje estou terrível, verdade??
Mas, apesar de tudo, bem disposta acreditem!
E adorava saber, qual foi o indice de audiências da RTP1 na hora do programa.
Só mesmo por curiosidade... E não só!!!
Lá fomos almoçar - eu e o meu colega que por coincidência ou não, também é do Benfica - e fomos positivamente «bombardeados» pelos lagartos que por lá trabalham!
Enquanto saboreava uma vitela estufada, que estava óptima, lá fomos levando umas alfinetadas!
Já estavamos à espera e antes de irmos almoçar até lhe perguntei:
- Estás com coragem de ir a Chelas...?

Compreendo perfeitamente a alegria de um clube pequeno - de bairro - ganhar a um clube da dimensão do meu Benfica!!!
Senão vejamos, o Sporting últimamente fez os jogos que fez e jogou como jogou, todos temos visto, e cheguei a ouvir, por aqui, comentários muito desfavoraveis ao dito clube, depois com o Benfica, todos vimos como foi. Porque será? Sem dúvida que é diferente defrontar e ganhar a um grande clube.
Até o próprio presidente do Sporting o reconhece, segundo uma entrevista que deu e passo a citar as suas palavras:
"O Benfica é efectivamente maior que o Sporting. Os sportinguistas não podem negar as evidências."
Ainda estamos à frente! Para o Sporting o campeonato está ganho!
Então, boa tarde!
Formas de ser!
Ontem, por volta das dez da noite, estava eu a preparar-me para tomar um banho e de seguida ir ver "O Último Samurai" que a RTP 1 ia passar, quando toca o telefone. Pelo toque percebi de imediato de quem se tratava. Uma surpresa, por sinal sempre muito agradável, ouvir aquela voz lá do outro lado.
Depois de uma conversa banal e bem disposta, que começou sobre o derby na Luz, lá me meti debaixo da água quentinha do chuveiro e ali fiquei algum tempo, a pensar em mim e nesta minha forma de ser. A pontos de me esquecer de que o filme que tanto queria ver, já tinha começado. Naquele momento, pouco me importava, estava a saber-me bem estar ali.
Fiquei a pensar porque sou assim? Porque me mantenho fiél a sentimentos e a alguém para quem nada sou? Tive um "sonho", que sempre soube não tinha futuro! Vivi esse sonho e ainda hoje, depois desse alguém ter posto um ponto final, mantenho-me fiél ao meu sentimento! Ainda não consegui prestar atenção a quem passa ao meu lado, a quem por acaso está a jantar no mesmo restaurante que eu, mesmo quando me dizem "já reparaste que aquele senhor ali na mesa tal ainda não tirou os olhos daqui?" ou "olha que aquele meu amigo achou-te piada...", continuo a ser indiferente a tudo isso!
E ontem perguntava-me a mim mesma, até quando vou continuar a ser assim? E para quê?
Lembrei-me de algumas palavras de um amigo. Um amigo muito querido e que entre muitas outras palavras, disse-me coisas do género:

"Tu já ssabes o que tens. Tu já sabes lucidamente o que vais ter. Podes ir ficando por aí. Mas mais cedo ou mais tarde - depende da resistência de cada um - o que não tem pernas, deixa mesmo de andar. E embora existam experiências valiosas, mas inconsequentes, que se guardam com muito carinho, deixa-las perpetuarem-se é martirizar e estragar uma boa recordação.
Todos trazemos amores gigantes e espantosos que não se concretizaram e amores felizes que fomos capazes de construir. Ambos são importantes no global da vida. Mas os segundos é que contam."

"Uma relação funcional é uma relação funcional. Daqui não se parte para nada. É um ponto de chegada. Chegados aqui, sem qualquer relevância afectiva, já não é depois que ela se revela. Ponto final."

"Mas não se pode viver durante muito tempo nisso. O nosso objectivo natural é o da realização afectiva. É isso que deves procurar. Não te podes acomodar no caldo morno da irrealização. E já agora a dimensão física é importante, mas não é disso que a nossa alma se alimenta no quotidiano e acima de tudo se a vida agora acabasse não era isso que te enchia o coração. Mas do que eu fui vendo nesta vida é que há situações anormais que se tendem a institucionalizar e que não são boas para ninguém. A felicidade ou infelicidade não são uma questão de sorte ou azar, são uma questão de coragem...para amar e para dizer basta!"

Lembrei-me de todas estas palavras - já com algum tempo - ontem, enquanto a água quente escorria pelo corpo. Eu sei que tudo isto é verdade. É mesmo assim!
E sei que está na hora de começar a reparar em quem passa ao meu lado, em quem está no mesmo restaurante que eu...
Não tenho pressa, e na verdade sinto-me bem como estou, mas quem sabe, se eu der alguma atenção ao que me rodeia, um dia descubro alguém para quem eu tenha alguma importância!!!
Afinal a vida por vezes prega-nos umas «partidas», certo? Umas boas, outras nem por isso!
Agora vou tratar de ir almoçar. E vou - para variar - ao sítio do costume que ainda por cima é um "ninho de lagartos". Mas pronto...!!!

28/01/06

Benfica - 1 / Sporting - 3

Pois é, isto hoje não correu nada bem!
Para já o jogo foi uma injustiça. Eram vinte e dois jogadores do sporting contra os onze craques do Benfica!
Assim não vale!!!
Um colega acabou de me dizer que afinal o Benfica perdeu por falta de comparência...
Há que repetir o jogo!
Mas para o ano há mais...

27/01/06

Acabadinho de chegar ao meu mail, e tem como titulo:

PENSAMENTOS IMPORTANTES
*Mais vale um péssimo dia de praia, que um bom dia de trabalho...*

*Alguns homens amam tanto as suas mulheres, que, para não as gastarem, preferem usar as dos outros...*

*Se te derem um pontapé no cu, não te preocupes, é sinal que vais à frente...*

*Os homens mentiriam bem menos se as mulheres não perguntassem tanto!*

*Nasci careca, nu e sem dentes. O que vier é lucro!*

*Ser bissexual dobra as suas chances para um encontro no fim de semana.*

*Viva cada dia como se fosse o último. Um dia você acerta.*

*Se o amor é cego, o negócio é apalpar.*

*Os homens não simulam o orgasmo. Nenhum homem pode fazer uma cara daquelas de propósito.*
- Allan Pease, psicólogo -

*Não digam mal da masturbação: é sexo com alguém que realmente se ama.*
- Woody Allen -


*Praticar sexo em excesso provoca amnésia e outras merdas de que agora não me lembro...*

*Se mexer, pertence à biologia; se feder, pertence à Química; se não funcionar, pertence à Física; se ninguém entende, é Matemática; se não faz sentido, é Economia ou Psicologia; se não mexe, não fede, não funciona, ninguém entende e não faz sentido, é Informática...*

*Os homens têm horror às críticas. É por isso que adoram casar com virgens.*
- Allan Pease, psicólogo -

*Quando lhe atirarem uma pedra, faça dela um degrau e suba...
Só depois, quando tiver uma visão plena de toda a área, pegue outra pedra, mire bem e acerte na cabeça do filho da....... que lhe atirou a primeira.*

*Deus, dai-me sabedoria pra entender o meu chefe, porque se eu pedir força, eu vou bater nele!!!*

*Uma das fantasias dos homens é fazer sexo com duas mulheres. As mulheres têm a mesma fantasia. Assim, já têm com quem falar quando ele adormece.*
-Allan Pease, psicólogo -

Espero que se tenham divertido tanto como nós aqui no gabinete, que já nos rimos hoje - e muito - a ler estes "Pensamentos importantes". De tal maneira que vieram de outros gabinetes saber o que se passava por aqui de tão divertido!
Boa noite.
Para final de dia, ontem, quando me meti no carro, tinha um furo. Fantástico!
Convém dizer que nunca tinha mudado um pneu. Jamais!!
Pensei cá para os meus botões: Calma que isto resolve-se. Vou conseguir!
Primeira coisa a fazer, e fiz à primeira. Tirar o tampão pequeno que dá acesso às «porcas» para tirar então o pneu. Lá encontrei a chave pequenina, muito esquisita, e...lá estavam elas, as ditas «porcas«! Fui então buscar o outro pneu, o macaco e a chave para desapertar as porquinhas.
O pior de tudo, foi meter o outro pneu. Não foi nada fácil.
Estava eu nesta ardua tarefa, de tentar acertar com o pneu no lugar e apareceu então um colega, que me ajudou a terminar o trabalho.
Quando cheguei a casa a minha filhota, pergunta:
- Então, Bi, conseguiste mudar o pneu?
Ao que eu lhe respondi:
- Não te esqueças nunca do que a mãe te vai dizer neste momento. Uma mulher consegue fazer tudo o que um homem faz... e de saltos altos!!!
- Boa Bi, não me vou esquecer!

Agora vou então mandar arranjar o outro pneu! Não vá o diabo tece-las...

26/01/06

E quando as saudades já são tantas, que se tornam tacteis,
o rio amigo, mostra-me o reflexo de um rosto!!!

Boa noite.
Desmentido

Se te disserem que parti, não acredites.
Quem? Sei lá! A senhora da mercearia entregando o troco, algum puto reguila que espere a teu lado o verde para atacar a passadeira, a locutora de seios fartos e neurónios raquíticos do programa da manhã, uma daquelas "amigas" que se esquecem de assinar as cartas ou pousam o auscultador antes de dizerem o nome. Sei lá...
Não acredites.
É verdade que o silêncio invadiu a nossa vida, já não me lembro de conversarmos. Pior!, já não me lembro se algum dia o fizemos. Hoje falamos. Pouco. Esgrimimos as palavras indispensáveis ao bom andamento das refeições, à partilha equitativa da televisão - quando não te refugias no quarto com a portátil - ao ingresso matinal sem atropelos no quarto de banho. Extra-muros restam as de circunstância nas visitas às respectivas famílias e no almoço de curso, durante o qual sempre nos dedicam um brinde por sermos o casal perfeito da nossa geração. É pouco. Mas chega. Aposto que pensas o mesmo, há anos que te não ouço protesto ou remoque. Ultimamente, creio mesmo termos descido mais um degrau nesta ascese comunicativa, ambos utilizamos com frequência o grunhido como resposta, apenas a entoação dá a entender o seu significado. E funciona! (Vantagens de uma longa convivência...) Mas poderão insinuar que parti em busca de companhia que me desate a língua e ressuscite os ouvidos que para ti entraram em greve sine die.
Não acredites.
É verdade que os corpos seguiram as palavras. Primeiro refugiados num sexo mecânico e estereotipado em noites de dias certos. Não digo ineficaz, essa história sobre a necessidade do amor e da comunicação é balela de filmes românticos e especialistas gananciosos; uma vez aprendidos movimentos e ritmos, o prazer físico salta como o joelho no reflexo rotuliano, esteja a cabeça vazia ou cheia de outra pessoa. Sim, outra pessoa, nunca tu disse. A princípio escondia-o, depois nunca estive tão furioso que desejasse lançar-to à cara. Nada de importante, uma colega do escritório. Colega? Que exagero! Umas pernas elegantes cruzadas na secretária junto à minha, a saia trepava apenas o suficiente para exasperar a carne, o mesmo acontecendo às profundezas do decote, o cabelo à Veronica Lake escondia-lhe a cara. Melhor, nunca desejei a intimidade de uma troca de olhares, muito menos "bons dias" sugestivamente alegres ou despedidas de prometedora melancolia ao fim da tarde. Tinha dela o que precisava. O resto só poderia ser uma desilusão ou o princípio de uma carga de trabalhos, passado o entusiasmo inicial essas histórias clandestinas são de um ridículo atroz. Colava a sua imagem à tua face, quando ainda era necessário obrigar o corpo a fingir de quando em vez. Felizmente, hoje o sexo também se esconde por trás de grunhidos e monossílabos, tu vais para a cama cedo ou sofres de enxaqueca, eu refugio-me na net ou no clube de bridge. Manobras de esquiva inúteis, nenhum de nós já espera nada, um dia destes passo para o quarto dos rapazes. (Quanto à importância do sexo, considero-a sobreavaliada, a masturbação chega-me perfeitamente para relaxar e adormecer.) Mas admito que sussurrem ter partido a reboque de alguma paixão outonal.
Não acredites.
É verdade que ao pôr a hipótese de invadir o quatro dos rapazes me assalta uma tristeza enorme, a casa parece - e está! - vazia sem eles.
Acho que foram uma no man's land entre nós, encontrávamo-nos os quatro algures entre as trincheiras desta mútua indiferença. E o armistício era de boa fé, dos seus risos sobravam alguns estilhaços que recolhíamos sem esperança ou rancor. As preocupações da moda com os adolescentes não nos punham ombro a ombro, mas pelo menos cruzando os dedos no mesmo exorcismo às drogas, acidentes de viação e fracassos escolares. Se um dia aparecerem, não acredito que tal aconteça com os netos, não voltaremos a estender os braços um para o outro, nem mesmo para segurar um bebé. Dito isto, é possível que digam ter eu esperado a sua partida para também fazer as malas.
Não acredites.
Vou simplesmente passar o dia à quinta, gosto de a saborear sem o peso da minha solidão reflectida na tua. Estarei em casa - como e para sempre... - à hora de jantar.

- Júlio Machado Vaz -

25/01/06

Há dias que são infinitamente grandes!
Infelizmente nem todos...
No passado dia seis de Janeiro o suplemento do Diario de Noticias - DNa - foi extinto. De inicio era publicado aos sábados e depois passou a sair às sextas-feiras, e existiu durante nove anos.
Não sei bem porquê, mas o DNa acabou! Mesmo tendo sido premediado diversas vezes, acabou!
A tendência é sempre essa, acabar com o que é bom.
A última das suas 474 edições, foi quase totalmente preenchida por ideias e frases seleccionadas e retiradas das muitas entrevistas com que aquele suplemento nos presenteou.
O texto de introdução, diz que são frases, palavras e ideias que fizeram pensar, comoveram, e surpreenderam. A mim também!
Vou aqui citar apenas algumas, que já fazem parte da história do DNa.

"Amor é uma coisa relativamente simples e não acredito que as pessoas se estraguem por serem amadas demais."
Eduardo Sá, Outubro 2002

"O mundo é uma circunstância bastante absurda em que a única coisa que conta são os encontros que existem entre as pessoas. Se lhe quiser chamar Amor...é a única coisa que tem algum sentido."
Jorge Molder, Agosto 2000

"O meu mais belo sonho é tornar-me marioneta do Amor."
Hanna Schygulla, Novembro 2004

"O Amor trespassa-se."
José Miguel Sardo, Maio 1999

"O Amor sublime é o falhado."
Cruzeiro Seixas, Novembro 1997

"Enquanto houver um único ser humano que mude toda a sua vida por Amor, vale a pena ter esperança."
Pedro Rolo Duarte, Outubro 2005

"Quem ama aceita."
Gabriela Moita, Outubro 2003

"Só a Arte e o Amor podem dar beleza ao mundo, um mundo que tantas vezes não tem beleza alguma. Tanta falta de flores no mundo é demasiado chocante."
Rui de Carvalho, Janeiro 1998

"O grande desafio de uma relação amorosa é não prescindir daquilo que se sente, a outra pessoa não prescindir daquilo que sente e os dois não prescindirem um do outro."
Eduardo Sá, Outubro 2002

"Quando se ama profundamente, queremos dissolver-nos no outro, é a tentação do absoluto, do uno."
António Mega Ferreira, Maio 1998

"O Amor é a palavra mais inesgotável que existe."
António Ramos Rosa, Julho 1998

"Dizer Amor é irreversível, não pode ser anulado e tem sempre um eco desconhecido, para aquele que o disse. O problema do Amor é aquilo que não se diz."
Camila Coelho, Agosto 2000

"Acho que sou um optimista céptico. Ou um céptico optimista. Ao mesmo tempo que espero o melhor da Humanidade, acho que a conheço suficientemente bem para não ter grandes ilusões."
Luís Fernando Veríssimo, num texto de Dezembro 2001

24/01/06

Amar De Verdade
Quando publiquei o post anterior, principalmente a última frase que diz "só se ama uma pessoa de cada vez", andei para trás no tempo e lembrei-me de alguém.
Sou e sempre fui dessa opinião.
Aqui há tempos, mais precisamente quando iniciei este blog, troquei algumas impressões com um «amigo desconhecido», do mundo dos blogs, alguém que nunca cheguei a conhecer na verdade, e a certa altura abordámos esse assunto.
Ainda hoje guardo os mails que troquei com ele acerca do tema, e quando lhe fiz a pergunta se achava possível amar duas pessoas ao mesmo tempo, ele responde e passo a citar:

"Não com a mesma intensidade, mas consegue-se amar mais que uma pessoa ao mesmo tempo, ás vezes até de forma diferente - eu acho pelo menos."

Na altura, e na verdade ainda hoje, fiquei a pensar muito nesta possibilidade, tão remota para mim. Porque na verdade, eu nunca consegui esse feito. Não tenho a capacidade de amar dois homens ao mesmo tempo. Porque naturalmente estamos a falar de "amor" entre homem e mulher! Não me senti inferior por causa disso. Senti talvez uma ponta de inveja na altura, por haver quem tenha essa capacidade!
Mas depois, pensei cá para mim:
- Não, nada disso! Eu não tenho que sentir inveja de ninguém. Porque continuo com a convicção de que, quem ama mais que uma mulher ou um homem ao mesmo tempo, não ama de verdade nenhum deles.
O meu amor pertence a uma só pessoa. Não o reparto com mais ninguém.
Hoje, passado todo este tempo, tenho a certeza absoluta, que essa pessoa pensa e sente, exactamente como eu!
Só se ama de verdade, uma pessoa de cada vez!!!
Já o disse em Hiroshima Mon Amour: o que conta não é a manifestação do desejo, da tentativa amorosa. O que conta é o inferno da história única. Nada a substítui, nem uma segunda história. Nem a mentira. Nada. Quanto mais a provocamos, mais ela foge. Amar é amar alguém. Não há um múltiplo da vida que possa ser vivido. Todas as primeiras histórias de amor se quebram e depois é essa história que transportamos para as outras histórias. Quando se viveu um amor com alguém, fica-se marcado para sempre e depois transporta-se essa história de pessoa a pessoa. Nunca nos separamos dele.
Não podemos evitar a unicidade, a fidelidade, como se fossemos, só nós, o nosso próprio cosmo.
Amar toda a gente, como proclamam algumas pessoas e os cristãos, é embuste. Essas coisas não passam de mentiras. Só se ama uma pessoa de cada vez. Nunca duas ao mesmo tempo.

- Marguerite Duras, in "Mundo Exterior" -
Esta vem mesmo a calhar...

"Em momentos de crise, a imaginação é mais importante que o conhecimento."

- Albert Einstein -
E olhos postos em ti, vivo de rastros
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!"

- Florbela Espanca -

23/01/06

O meu fim-de-semana

Sábado
Acordei às 10.00 horas, liguei o telefone e fiquei na preguiça na cama até ao meio dia.
A seguir ao almoço vim para Lisboa trabalhar. Até às sete da tarde.
Entretanto ligam-me a convidar para jantar.
Regressei a casa por volta da meia noite. Cedo portanto.

Domingo
A seguir ao almoço, fui votar. Em Cavaco Silva claro.
De seguida, meti-me no carro e fui dar aquela voltinha que eu adoro. Subi a Serra da Arrábida, tomei um café no Portinho da Arrábida, dei a volta por Azeitão e regressei a casa. Aquela paz, a paisagem e o ar puro daquela Serra fazem milagres.
A partir das sete da tarde sentei-me a aguardar os resultados das eleições presidenciais.
Ás 19.10 um amigo envia-me por sms as sondagens RTP/Universidade Catolica e que serão apresentadas às oito da noite após fecharem as urnas nos Açores.
Anibal Cavaco Silva ganha as eleições como estava previsto.

Hoje
Antes de chegar à garagem, vou ao café que fica no piso acima, e está o jornal da região "O Setubalense" em cima do balcão. E diz assim:
"Avalanche Cavaco Silva em Setúbal. Anibal Cavaco Silva ganha em seis das oito freguesias de Setúbal." Já sabia que em Setúbal, Cavaco tinha ganho, mas é sempre bom saber que para aqueles lados os setubalenses começam a abrir os olhos.

Quando vinha a caminho do serviço, oiço na rádio, que após um estudo um professor da Universidade de Cardiff, chegou à conclusão que hoje é o dia mais deprimente do ano.

Se o senhor diz, quem sou eu para me atrever a desmentir? Mas hoje estou bem disposta e nem foi difícil saltar do quentinho da cama.
Mas há outra coisa que o mesmo professor disse e que essa - ele que me desculpe - mas eu já sabia.
Diz então que conforme hoje é o dia mais deprimente do ano, há também o "melhor" dia do ano, e que é (só mesmo por coincidência) o dia 23 de Junho!
Tudo o que se faz, ou nasce, ou acontece nesse dia é bom!
Meu caro professor, essa eu já sabia...!!!

Bom dia.

20/01/06

MEMÓRIAS DE UM BEIJO

Lembras-me uma marcha de Lisboa
Num desfile singular
Quem disse
Que há horas e momentos p'ra se amar

Lembras-me uma enchente de maré
Com uma calma matinal
Quem foi
Quem disse
Que o mar dos olhos também sabe a sal

As memórias são
Como livros escondidos no pó
As lembranças são
Os sorrisos que queremos rever, devagar.

Queria viver tudo numa noite
Sem perder a procurar
O tempo, ou o espaço
Que é indiferente p'ra poder sonhar

As memórias são
Como livros escondidos no pó
As lembranças são
Os sorrisos que queremos rever, devagar.

Quem foi que provocou vontades
E atiçou as tempestades
E amarou o barco ao cais
Quem foi, que matou o desejo
E arrancou o lábio ao beijo
E amainou os vendavais.

As memórias são
Como livros escondidos no pó
As lembranças são
Os sorrisos que queremos rever, devagar

Devagar...

- Luis Represas -
Quando aqui cheguei tinha mais um mail da Patricia que diz assim:

"Pelo que acabei de ler, já vi que voltou aos posts com "tanto de charme". Gostei desse regresso."

Nada disso Patricia. O que leu é pura ficção. Não aconteceu!
Olhe, foi apenas um sonho bonito! Um sonho de verão, que já lá vai!
Um sonho que se perdeu - como todos os outros - ao nascer de mais um dia.

Bom dia!!

19/01/06

Por hoje já chega.
Dou por terminado o meu dia de trabalho.
E em sinal de protesto...
Vou-me embora!

Até amanhã!!!
Noites de verão
Já sinto falta do verão. Claro que o inverno também tem a sua beleza, mas só quem vive na zona da Serra da Estrela é que tem realmente a noção do Inverno em pleno. Neve. Frio. O que é o inverno em Lisboa? Algum frio e chuva?
A minha estação preferida é, sem dúvida, o verão. O calor. Os dias longos. As roupas frescas. Os sapatos abertos. A praia.
Recordo algumas tardes do último verão. Parecem-me já tão longe.
Lembro o entardecer, quando o céu se tingia de cores que iam do amarelo ocre, passavam pelo rosa e atingiam o laranja fogo. E anoitecia, lentamente!
Recordo uma casa, onde passei algumas dessas tardes ao sol, lá ao fundo adivinhava-se Lisboa.
As horas passavam, perdiam-se no prazer do esquecimento, do que ia para lá daquela casa. Os minutos eram como uma nevoa vaga, eram ruínas antigas de uma história já arquivada.
E havia o calor na pele, apetecia um mergulho nas águas transparentes que convidavam a refrescar-me, havia uma taça de champagne gelada, havia uma música sempre bem escolhida, uma conversa qualquer, um sorriso que, por vezes se tornava numa gargalhada, e havia os momentos de silêncio.
E quando falavas, podias dizer qualquer coisa banal. Até podia ser sem importância. Uma lembrança antiga, ou episodio de serviço, ou outra coisa qualquer. Não importava o tema. A importância estava naquela voz. Naquele timbre que me deixava arrepiada. Que me deixava sem palavras para trocar. Só queria ouvir a voz que era música em equilíbrio perfeito. Independentemente do que dissesses, a tua voz é que contava. A tua voz não a posso tocar. Mas essa voz tem um corpo, e esse sim, eu podia tocar. Um corpo que eu procurava com o olhar do desejo, que de mim tomava já conta.
As palavras perdiam-se. Eram sem nexo. Falavam então as mãos que percorriam os corpos.
Lá fora, o sol, as cores fortes do entardecer davam lugar à noite.
Saia em suspenso do teu corpo. Só com um sorriso, para não quebrar o ainda silêncio.
Vou precisar ainda de algum tempo, para procurar um lugar onde arquivar esse verão. Uma caixa? Uma gaveta? Ou ficam no coração?
Entretanto, vou deixando aqui mesmo, esse verão quente.
Passado numa casa, com uma vista que deixava adivinhar Lisboa, para além do Tejo a espreitar o Sado.
Aqui e agora, estou só eu e uma lua prateada.
Aquela a que as cores fortes do verão davam lugar, quando o entardecer se tornava noite quente.
Noites de um prazer quase felino.
Frase do dia

O trabalho fascina-me tanto, que chego a ficar parada, a olhar para ele, sem conseguir fazer nada...



18/01/06

E depois de três horas e meia de espera....

Fui!

Boa noite.
Faz hoje exactamente um mês que este blog mudou de rumo.
Era escrito a "cores", embora essas não estivessem completamente visíveis.
Mas havia muita cor nos meus posts.
Escrevia com o mesmo optismismo de uma criança que recebeu uma caixa de lápis de cor nova.
Havia um sorriso cor-de-rosa, um azul no olhar, o vermelho paixão em cada letra, o amarelo pertencia a cada dia de saudade, e o prado verde da esperança em cada dia que passava. O laranja era o entardecer onde se perdia o olhar a tentar adivinhar se amanhã iria ver aquela pessoa.
Era a vida - a minha vida - recriada de beleza, de sonhos coloridos, e enquanto escrevia as palavras brilhavam, os pontos de interrogação cheios de curiosidade, de exclamação e até as reticências continham segredos que apetecia contar ao mundo.
Há um mês atrás, as palavras, as letras, as interrogações, exclamações, tudo se tornou de uma só cor. Sobrou o cinza e foi nessa cor - quase sem cor - que passei a pintar este meu cantinho.
Não sei o que restou das cores, com que coloria e alegrava os meus posts!
No entanto, essas cores acompanham-me no meu quotidiano.
Debaixo da pele!
Como se esperassem - tranquilamente - uma oportunidade para pintarem o que ainda me falta escrever.
Estás ali, debaixo da pele, como se fosses o conforto para tudo quanto aqui deixei de escrever.
Por vezes é necessário aprender a sentir e a viver
a falta que alguém nos faz...!

Bom dia.

17/01/06

Conversa ao Almoço
Hoje almocei com um amigo que não via há já algum tempo. É alguém muito ocupado e solicitado, como tal aparece pouco. Mas como é um querido - justiça lhe seja feita - sempre que tem um tempinho aparece aos amigos. Hoje a sorte tocou-me a mim e lá fomos almoçar.
Conversa puxa conversa, até porque como se diz, as conversas são como as cerejas..., a certa altura falamos nas relações entre homem e mulher.
Enquanto me brindava com aquele seu sorriso encantador, disse-me para ir ver um tal de endereço à internet, que como devem calcular não vou colocar aqui porque não me pagam para fazer publicidade a coisa nenhuma.
Quando cheguei aqui ao serviço, e depois de o meu colega do lado se ter ausentado por breves minutos, lá fui eu ver a tal página.
Pois muito bem, não me admira que os homens, cada vez menos se prendam a uma única mulher e que lhe sejam fieis - e não quero com isto dizer que não há homens fieis, porque sei que sim, que ainda os há - mas deixem-me dizer que a esses faço um brinde, pois hoje em dia, a oferta é tão vasta e tentadora que o dificil é mesmo dizer não. Para se escolher uma mulher não é necessário fazer muito esforço. Basta "clicar" numa tecla e abrir um vasto catálogo e depois é só escolher.
Há loiras, morenas e ruivas. Umas mais «bem dotadas» que outras. Algumas com lingerie onde naturalmente predomina o preto e o vermelho - serão todas adeptas do AC Milan? - e outras que pelos vistos não têm lingerie para mostrar, portanto mostram só o que têm.
Outra coisa em que reparei é que, para que os homens que procuram essa página não percam muito do seu precioso tempo com a escolha, podem procurar por cidade. Se estão em Lisboa, basta clicar e aparece toda a disponibilidade nesta bela cidade, a acompanhar a respectiva foto vem também o nome da menina. Para que não haja enganos nem troca de nomes.
Não reparei o que diz acerca de preços. Penso que não deve ser coisa barata, mas afinal isto também não é para quem quer... é para quem pode!!!

Hoje em dia tudo tem um preço!
Tudo se compra.
Menos duas coisas: a saúde e o amor verdadeiro.
Ainda acredito nisto. Que o verdadeiro amor não se compra.
Só pelo simples facto de que não tem preço.
Porque é cada vez mais raro!!!
Respiro
a noite
o dia
o espaço claro-escuro
algures escondido entre os dois
respiro
o gume
o labirinto
o corte limpo e perfeito
entre o meu corpo e o teu
respiro
o sangue
o fogo
a tua boca ardente
incendiada contra a minha
respiro
o teu corpo todo
nos meus dedos aceso

- alexandre monteiro -
Hoje o blog "Berra-Boi" faz um aninho!
Parabéns miúdo, continua que vais no bom caminho!!!

16/01/06

O carro que esteve ao serviço de Pedro Santana Lopes, enquanto foi Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, foi hoje a leilão.
Um Audi A8 V8 4.2 Tipronic Quattro - que nome esquisito ou será chique? - que custou quase 100.000 €, foi a leilão com um valor de 62.500 € como base de licitação.
Pelos vistos, e embora a referida viatura esteja impecável - até porque Santana Lopes quase não «aqueceu» os estofos - não apareceu ninguém interessado!
Convém não esquecer que o euromilhões não saiu esta semana... só mesmo por isso!!

Segundo consta, Carmona Rodrigues não optou por ficar com o dito, porque não condiz com o seu "estilo" mais simples... ou será porque Carmona acha que o Audi é «mal empregue» para circular nas ruas da cidade de Lisboa?
Tenho cá a impressão que quando as eleições presidenciais acabarem, José Socrates fez uma «limpeza» no partido.
Senão vejamos:
Sócrates apoiou José M. Carrilho, para a presidência da Câmara Municipal de Lisboa, e viu-se como acabou! Carrilho entretanto desapareceu de "cena".
Sócrates apoiou, Francisco Assis para a Câmara Municipal do Porto, que perdeu para Rui Rio! O que é feito do senhor? Não sei. Não o tenho visto!!
Para a Câmara Municipal de Sintra, apoiou João Soares...Que perdeu e desapareceu!
Agora, José Sócrates, apoia para a Presidência da República, Mário Soares como é do conhecimento geral! E pelas últimas sondagens, o senhor candidato, está neste momento atrás de Manuel Alegre!
Das duas uma: ou - como eu penso - José Sócrates está a aproveitar para fazer uma «limpeza» no PS e quer ver-se livre de algumas figurinhas incomodas, ou então... tem azar nas escolhas que faz!!!
Voto na primeira hipótese.
Hoje acordei com esta certeza:

Há coisas na vida que não são como esperamos...
São melhores!!!

Bom dia! Boa semana!

13/01/06

Aproxima-se mais um fim-de-semana.
E de novo vou estar sózinha.
Espero que, pelo menos, o tempo esteja bom - embora já tenha ouvido dizer que nem por isso - pois apetece-me dar uma voltinha ali pela Arrábida, ver as alterações que aconteceram na vegetação, desde o verão até agora.
Apetece-me o toque da areia da praia nos pés.
Apetece-me estar tranquilamente sentada ao sol a ler um livro.
Apetece-me uma imperial na praia.
Apetece-me...não pensar!
- Olá Chefa, bom dia! Já leste o Jornal "O Independente" de hoje?
- Não porquê?
- Pois...então vamos ali tomar um cafézinho para eu te contar...!
- .........
- A sério??? Deus não dorme! Ás vezes «conchila», mas não dorme!!!

12/01/06

O estar só não é o mesmo que estar sózinho. Já aqui fiz esta afirmação uma ou outra vez.
Podemos estar sózinhos, sem estarmos sós.
Podemos estar sós, sem estarmos sózinhos.

Mas, no meio de uma solidão
Há sempre uma espera...
De um sonho. De uma ilusão. De um olhar. De uma palavra. De uma esperança.
De alguém...!!!

Boa noite.
Não interessa agora o teu nome ou o que fazes, agora, neste momento. Tudo o que interessa é que contigo tudo permanece igual, o mesmo silêncio, a mesma urgência, o mesmo bater descompassado do coração, o mesmo gemido breve a marcar o alvorecer dos dias que caem, assustados, como se fossem gaivotas que vêm morrer ao areal.

- alexandre monteiro -
Hoje quando aqui cheguei tinha dois mails a que passo a responder.
Achei engraçado um deles em particular. O da Patricia e que diz assim:

" O seu blog, que eu gostava de ler diariamente, de um dia para o outro, passou do Amor para a Politica, quase na totalidade. Continuo a votar no tema "Amor". Tenho pena que tivesse mudado tão radicalmente, e ainda mais quando a troca é de pouco ou nenhum interesse. Não gostei. Não gosto.
O que é feito das palavras bonitas e cheias de sentimento verdadeiro e com tanto de «charme»?"

Pois é assim, Patricia! A vida dá muitas voltas, e por vezes temos que mudar, mesmo contra a nossa vontade. Há palavras que deixam de fazer sentido. Há momentos que deixam de existir. Há tanta coisa que acaba, porque o tempo que lhe era destinado, simplesmente chegou ao fim.
Na verdade tenho muitos posts escritos, simplesmente não estão publicados. Estão guardados!
Já cheguei a pensar criar um outro "Blog" - até já tenho um nome - e transferir esses posts, mas ainda não me dediquei por completo ao assunto.
Se ler o meu post do dia 18 de Dezembro passado, compreenderá o porquê das alterações do meu blog.
Gostei de ler as suas palavras.

11/01/06

Há já uns dias que recebi através de e-mail - aliás eu e mais alguns colegas por aqui - alguns textos publicados na "Grande Reportagem", pelo seu Director de então Joaquim Vieira.
Na altura em que recebi o dito e-mail, não tive muito tempo para me dedicar a ler atentamente os cinco artigos que continha, e que foram publicados entre 3 de Setembro e 1 de Outubro 2005 respectivamente. Mas como tenho aquela "eterna mania" de guardar papeis para ler mais tarde, resolvi agora voltar ao «assunto»! O titulo do e-mail é interessante: Polvo á Portuguesa!
Vou aqui transcrever hoje, o primeiro texto que dá como titulo:

O POLVO (1)
Além da brigada do reumático que é agora a sua comissão, outra faceta distingue esta candidatura de Mário Soares a Belém das anteriores: surge após a edição de Contos Proibidos - Memórias de um PS Desconhecido, do seu ex-companheiro de partido Rui Mateus.
O livro, que noutra democracia europeia daria escândalo e inquérito judicial, veio a público nos últimos meses do segundo mandato presidencial de Soares e foi ignorado pelos poderes da República. Em síntese, que diz Mateus? Que após ganhar as primeiras presidenciais, em 1986, Soares fundou com alguns amigos políticos um grupo empresarial destinado a usar os fundos financeiros remanescentes da campanha. Que a esse grupo competia canalizar apoios monetários antes dirigidos ao PS, tanto mais que Soares detestava quem lhe sucedeu no partido, Vitor Constâncio (um anti-soarista), e procurava uma dócil alternativa a essa liderança.
Que um dos objectivos da recolha de dinheiros era financiar a reeleição de Soares. Que, não podendo presidir ao grupo por razões óbvias, Soares colocou os amigos como testas-de-ferro, embora reunisse amiúde com eles para orientar a estratégia das empresas, tanto em Belém como nas suas residências particulares. Que no exercício do seu «magistério de influência» (palavras suas, noutro contexto), convocou alguns magnatas internacionais - Rupert Murdoch, Silvio Berlusconi, Robert Maxwell e Stanley Ho - para o visitarem na Presidência da República e se associarem ao grupo, a troco de avultadas quantias que pagariam para facilitação dos seus investimentos em Portugal. Note-se que o «Presidente de todos os portugueses» não convidou os empresários a investir na economia nacional, mas apenas no seu grupo, apesar de os contribuintes suportarem despesas da estada. Que moral tem um país para criticar Avelino Ferreira Torres, Isaltino Morais, Valentim Loureiro ou Fátima Felqueiras se acha normal uma candidatura presidencial manchada por estas revelações? E que foi feito dos negócios do Presidente Soares? Pela relevância do tema, ficará para próximo desenvolvimento.

- Joaquim Vieira in G.R. 3 Setembro 2005 -
"Certas criaturas têm a mania de dar bons conselhos, precisando tanto deles para si...
É o que chamo de cúmulo da generosidade!"

- Oscar Wilde -
É assim que gosto dos dias de inverno. Está frio mas um sol radioso.
Faz-me sorrir logo pela manhã.
Faz-me deitar ao vento, qualquer angustia, que me ensombre o coração.
Para aquecer, nestes dias de frio, nada como uma saborosa e aromática chávena de café, que só não tem o poder de aquecer algum coração gelado.

Bom dia!!

10/01/06

"Nenhum Presidente da República pode assegurar a mudança, mas um Presidente mal escolhido pode impedi-la.
Um Presidente não tem poderes para fazer tudo, mas tem poderes para estragar quase tudo."

- Medina Carreira /Mandatário por Lisboa do Prof. Cavaco e Silva -
Lusa 8 de Janeiro 2006

09/01/06

Só agora, a esta hora já um tanto adiantada, me foi possível passar por aqui.
Não foi fácil - nada fácil - o dia de hoje por estas bandas.
Depois de um fim-de-semana que também não foi propriamente de descanso.
Sábado a seguir ao almoço vim para Lisboa toda a tarde.
Regressei a casa, só com tempo de tomar uma banhoca, mudar de roupa e tive um jantar na Pousada de S. Filipe, em Setúbal naturalmente. Estava uma noite fria mas limpa e a vista lá de cima, sobre Setúbal é realmente de tirar a respiração.
Domingo, deu-me uma vontade repentina e antes que me passasse comecei uma daquelas limpezas «à séria» lá em casa. Aproveitei o facto de estar sózinha para não ouvir aquelas reclamações "isto não é para deitar fora", "aquilo ainda me serve", etc., e fiz então uma limpeza de cima a baixo não poupando os armários e as gavetas. Quando às 19 horas dei a missão por terminada, estava realmente cansada. Mesmo assim não me deitei muito cedo.
Por aqui, hoje, foi trabalhinho até agora. Fechar o ano 2005. Pois é, vamos virar a página e dar então lugar ao 2006.

Mas hoje, hoje apeteceia-me escrever aqui alguma coisinha.
Não sei bem o quê!
Não! Não é verdade, sei o que me apetecia escrever. Sei o que tinha para dizer!
Mas porque ás vezes é preciso saber calar e superar as nossas vontades...!
Vou mesmo ficar por aqui.
É bem melhor...
Boa noite!

04/01/06

O ano está agora a começar e ontem durante o nosso almoço, falamos no pessimismo natural dos portugueses. Na verdade, acho que ao terminar mais um ano, os portugueses não têm muitos motivos para estar optimistas. Mas daí a sermos sempre pessimistas, é que não!
Sou optimista por natureza. Faço questão de ser.
Normalmente ando bem disposta, a rir e sempre a brincar. Ainda ontem quando aqui cheguei e entrei no nosso gabinete, dei um "bom dia e bom ano" aos colegas, disseram de imediato: "chegou o furacão"!
E nem de propósito hoje li este artigo que aqui partilho com vocês.

A noite e o dia
Há a noite e o dia.
E também há inúmeras horas de lusco-fusco, horas sem sol nem luz que de facto ilumine, em que as sombras e os objectos deformados, por isso mesmo, nos dizem, a nós que vivemos aqui neste Inverno, que a diferença entre a noite e o dia às vezes é pequena demais.
A noite e o dia costumam ser uma das metáforas fáceis para exprimir a dualidade constitutiva da realidade. Serve, por um lado, para ilustrar a polaridade de muitos fenómenos com que nos confrontamos e, por outro, para destacar, se a isso estivermos dispostos, a complementaridade das coisas que, num movimento perpétuo e incontrolável, apresentam configurações diferentes.
Alguns de nós, por razões que a organização perceptiva, o temperamento e a educação talvez chegassem para explicar, tendem a ver e a reter apenas um dos aspectos. Para muitos, talvez mesmo a maioria, a metáfora do dia a dia e da noite está sempre próxima da invernia, dos dias curtos, das noites longas, da luminosidade baça e só serve como imagem de acentuação de diferenças inconciliáveis e quase tristes.
O dia é a claridade ofuscante e tudo o resto que não chega lá, nem pode chegar, cabe na categoria da noite, essa sim, com os cambiantes todos que medeiam entre o breu e o chumbo.
Depois, há a visão dinâmica da mesma coisa. A compreensão, não só da sequência das horas e dos dias, mas também do ritmo das estações, das mudanças que acontecem porque sim, sem intervenção nossa, sem paragens nem descanso. Os dias limpos, as noites gloriosas, os pores-do-sol para guardar como recordação, o sol do meio-dia a quase ferir a terra e a pele e tudo o resto que é imenso, colorido, belo e tão conhecido como mágico.
Parece rematadamente injusto que as pessoas, tantas pessoas, de uma realidade complexa, mesmo que expressa numa metáfora simples, escolham a perspectiva mais imóvel, mais derrotista e que, ainda por cima, menos lhes convém.
Sabemos todos que a seguir à noite vem o dia, que o Inverno acaba e um Verão esplendoroso há-de chegar, um qualquer dia. Desse conhecimento incontornável, aproveitamos pouco quando se trata de o aplicar a nós, à nossa vida, aos nossos insucessos e infelicidades. Somos capazes de jurar, cheios de convicção, que depois do último desastre pessoal a vida será definitivamente trágica ou insignificante, que o sol não poderá jamais nascer e brilhar para nós, que estamos destinados a caminhar nas trevas porque elas existem, nós também e há um plano universal montado para que assim seja.
Para lá do absurdo da coisa, para lá da dor virulenta e depressiva em que, de facto, tantas vezes se mergulha, tem de estar a certeza que, mesmo sem nenhum mérito da nossa parte, o sol nasce todas as manhãs. Apenas porque assim é.

- Isabel Leal in Caras Psicologia -

03/01/06

Bem amiguinho, se hoje sentiste as orelhas bem quentes não te admires.
Depois do que eu ouvi por aqui...mesmo na minha frente!
Irra! Que invejosos!!
Não interessa agora o teu nome ou o que fazes, agora, neste momento.
Tudo que interessa é que contigo tudo permanece igual, o mesmo silêncio, a mesma urgência, o mesmo bater descompassado do coração, o mesmo gemido breve a marcar o alvorecer dos dias que caem, assustados, como se fossem gaivotas que vêm morrer ao areal.

- alexandre monteiro -