12/12/03

Hoje
mais do que nunca senti a tua falta.
Acho que não existem palavras escritas ou ditas capazes de explicar o porquê.
Estou aqui sentada, com o coração angustiado, apenas porque não te vejo há algum tempo.
Digo a mim mesma que, afinal, eu não te vejo todos os dias. Só quando a saudade aperta e a tua ausência se torna demasiado dolorosa, eu te procuro, para te ver, mesmo de longe, apenas para te ver passar.
Então, respiro a tua imagem, como se de oxigénio se tratasse, encho de ti a minha memória, e é como se te tivesse, de facto, durante mais alguns dias. Fico repleta de ti, enganando-me a mim mesma! Mas isso basta-me!
Mesmo sem nunca os nossos olhares se terem cruzado, cativaste-me e gostei de ti, em silêncio, sem que eu mesma desse conta do que acontecia.
Só que não aguentei por muito tempo e a certa altura disse-to, lembras-te?
O que eu dava para ter a coragem de te repetir, todas aquelas palavras ao ouvido.
Não me é permitido. Tu sabes. Nós sabemos que não posso dizê-las, olhando nos teus olhos, falando ao teu ouvido!
Li algures, que não se consegue amar completamente senão na memória. Se assim é, então não tenho dúvidas do que sinto.
Hoje vou-me deitar contigo...na memória!
Boa noite meu "doce segredo".