31/08/07

Foto: Niko Guido

Não é por acaso que nos cruzamos durante a nossa vida com outras pessoas.

Cada pessoa que passa pela nossa vida é única.

Deixa sempre um pouco de si, e leva um pouco de nós.

Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada!!!

Bom fim-de-semana!!!
Se...

eu fosse um momento, eu seria... um beijo quente!

30/08/07

Guns N' Roses - November Rain

Se....

eu fosse uma mensagem, eu seria.... uma carta de amor!

29/08/07

Lou Reed Perfect Day

Foto: Alex Krivtsovr


PERFECT DAY

Just a perfect day
drink sangria in the park
And then later when it gets dark
we go home.

Just a perfect day
feed animals in the zoo
Then later a movie too
and then home.

Oh, it's such a perfect day
I'm glad I spent it with you
Oh, such a perfect day
You just keep me hanging on

You just keep me hanging on
Just a perfect day
problems all left alone
Weekenders on our own
it's such fun.

Just a perfect day
you made me forget myself
I thought I was someone else
someone good.

Oh, it's such a perfect day
I'm glad I spent it with you
Oh, such a perfect day
You just keep me hanging on
You just keep me hanging on.

You're going to reap just what you sow
You're going to reap just what you sow.

- Lou Reed -


Pela noite perfeita que me proporcionaram ontem. Pelo jantar. Pela conversa desfiada. Pelo carinho. Pela promessa no olhar. Pela atenção. Pela paciência. Pela compreensão.

Se....

eu fosse uma comida, eu seria.... uma massa!

28/08/07

Foto: Boschen

O mais terrível é sentirmos a irreversibilidade do tempo.
Que mesmo quando tudo se repete, já nada se repete, pela primeira vez. E que nós gastamos como borrachas na demorada corrosão das coisas.
Um dia acordamos e já não é a primeira vez. A não ser quando a paixão nos diz que, nupcial e navegante, cada gesto de amor é sempre o primeiro.

- Eduardo Prado Coelho -
Se....

eu fosse um livro, eu seria.... um romance!

27/08/07

«A saudade não é uma palavra...»

«A saudade não é uma palavra, é uma categoria do espírito, e só os portugueses são capazes de a sentir.»
Foi este um tema que me enviaram, e que vai proporcionara matéria deste artigo.
A saudade não é, a meu ver, e desculpar-me-á a autora da frase, uma categoria do espírito. É, sim, um estado de espírito, mas que não respeita apenas aos portugueses. Respeita, também, a outros povos latinos, nomeadamente aos espanhóis (ah! a célebre soledad)...
Digamos, isso sim, que os portugueses têm uma maneira muito própria de darem a entender esse seu estado. E se a expressão for utilizada como plural do nosso homem, então estar-se-á, de facto, perante uma situação especial. Quem é que não terá, ao menos uma vez, sentido saudade do homem português?!...
Tem-se, habitualmente, saudade daquilo que já passou. Não tanto do que realmente se passou, mas daquilo que resolvemos imaginar ter-se passado.
Senão, vejamos alguns exemplos. Temos saudade dos tempos em que éramos meninos, mas então só desejávamos ser grandes; temos saudade de quando os nossos pais eram vivos, mas nessa altura não os sabíamos entender e andávamos às «turras» com eles; temos saudade do tempo em que os nossos filhos eram pequenos, mas nessa época andávamos estafados e preocupados por causa deles; temos saudade, enfim, do noivo, do marido, do namorado de ocasião, mas os dois primeiros acabam, algumas vezes, por nos cansar e dos terceiros a saudade é mirífica, porque os não conhecemos bem... Há, porém, nesta frase que me foi sugerida, um sentido, talvez, mas estrito. Vê-se que quem a escreve experimentou, já, este sentimento. Mas à semelhança do que disse atrás, também a sua autora lhe fortalece a imagem e lhe chama «categoria de espírito».
A «sua categoria de espírito» está muito radicada entre as mulheres latinas e é, terá de desculpar-me, causa de muito do seu atraso.
Quem vive de saudade ou vira poeta, ou não vai longe! Ora num país como o nosso, não aconselho ninguém que viva neste estado de espírito e muito menos que o considere uma categoria do dito. A meu ver, a saudade serve, apenas, para cada um se iludir, mitigar a realidade, e viver virado para o passado. Eu não sou passadista. Já o disse. Prefiro quem olha para a frente e dá o passado como encerrado. É a única forma de sobreviver com saúde. Porque o nosso mundo, sendo constituído de realidades, por vezes bem duras de suportar, é bem pouco compatível com a saudade.
Eu sei que há um tipo de mulheres que gosta de viver da saudade. Que gosta, sobretudo, de fantasiar a saudade. A essas só posso dizer que a vida lhes vai, possivelmente, pregar algumas partidas. De que elas, mais tarde, irão ter saudade, quando, por essa via, ficarem com a sua cabeça branca. Às outras que, como eu, da saudade não entendem mais do que o estado de espírito passageiro. como passageiros são, também, outros nossos sentimentos, eu direi que continuem sem se deixar invadir pela morbidez da saudade.
À leitora que me escreve, não posso, porém, deixar de dizer que se acautele. De facto, não só me sugere que escreva sobre este tema como o postal que me envia é, nem mais nem menos, uma cópia do célebre quadro de Picasso La Espera.
Minha amiga, parece-me muito para uma pessoa só! A saudade é já, por si, peso que baste. A saudade e a espera juntas arrasam qualquer um!
Só fiquei na dúvida se não terá lido demasiado Camilo ou Feliciano de Castilho. Dou-lhe um conselho: leia Camões!

- Helena Sacadura Cabral / Bocados de Nós -
Se....

eu fosse uma direcção, eu seria..... o centro!

24/08/07

... longe do prazer

vazia da dor
digo o teu nome, à beira da minha língua.

- Lourdes Espínola -

Com o calor que se faz sentir hoje, é só mesmo o que apetece... uma vodka com bastante gelo!
Fresquinha!!!
Se.....

eu fosse um móvel, eu seria.... uma chaise longue!

23/08/07

Foto: Pedro C. Pereira



"Algum dia eu haveria de entrar na normalidade dos que te amam. Amo-te. E dói escrevê-lo (que é pior, meu amor, do que dizê-lo). Amo-te, absoluta, impossível e fatalmente. E ouço, adolescente, uma música adolescente, para me lembrar de ti, porque lembrar-me de ti é lembrar-me que não consigo esquecer-te. E ouço música porque ouvimos música quando amamos, e tudo, no amor, é música, acústica da alma que se quer ser devorada, e, neste caso, dor (tão deliciosamente insuportável) de amar sem sequência nem expectativa de contrapartida, amar unicamente o puro objecto que desgraçadamente amamos. Isto é uma carta de amor, e é possivelmente ridícula (prova maior de que é, realmente uma carta de amor), ou porque perdi o hábito de as escrever, ou porque nunca tive coragem de as enviar."


"Esta cartas de amor é um excesso (e isso prova superiormente que é uma carta de amor): eu amo não a ideia de amar-te (durante muito tempo, eu julguei que era apenas isso), mas a ideia de perder-me no meu amor por ti. E mesmo amar-te é um excesso, porque tudo aconselharia que eu me limitasse a mitificar-te, que é a melhor forma de evitarmos enfrentar a realidade."


"Porque a realidade, aqui, é como uma dor difusa, tu sabes como é, um incómodo ainda não localizado, que progressivamente se vai definindo e acertando, até que, insuportavelmente nítida, a sua imagem se nos impõe como uma evidência. A minha dor é que eu comecei a amar-te, sem o saber, durante aquele breve período de tempo em que sair de casa era a promessa reconfortante de ver-te e falar contigo. Eu não sabia, repito, mas o tempo ajudou-me a definir essa pequena dor, tão secretamente pavorosa: cada vez que estou contigo (cada vez mais, meu amor, cada vez mais) é como se a minha vida se virasse do avesso. E é verdade, é cada vez mais verdade, que, quando penso nas coisas que ainda me falta fazer na vida, é em ti que penso. E tenho medo, como um animal que instintivamente foge do que sabe não poder atingir."


"Mas, repito: esta carta é um acto de puro egoísmo, é como se não tivesse destinatário. E, no entanto, é preciso enviá-la, para que seja uma carta de amor, para que faça sentido como carta. Para que seja amor. Mas podemos imaginar uma saída elegante: para que possas conservá-la como pura carta de amor, quero eu dizer, sem o embaraço de saberes que ela te foi escrita por alguém que não amas, não a assino. Dou-te tudo: até a hipótese de esta carta não ter sido escrita por mim.

(E não, esta carta não pode ter sido escrita por mim. És tu - em mim - que me faz escrever o que eu não escrevo. E isso é - de novo - o melhor de mim.)"


- António Mega Ferreira in Amor -
Se.....

eu fosse um filme, eu seria.... Africa Minha!

22/08/07

Foto: Torsten Brandt


Eis-me

Tendo-me despido de todos os meus mantos
Tendo-me separado de adivinhos mágicos e deuses
Para ficar sozinha ante o silêncio
Ante o silêncio e o esplendor da tua face

Mas tu és de todos os ausentes o ausente
Nem o teu ombro me apoia nem a tua mão me toca
O meu coração desce as escadas do tempo em que não moras
E o teu encontro
São planícies e planícies de silêncio

Escura é a noite
Escura e transparente
Mas o teu rosto está para além do tempo opaco
E eu não habito os jardins do teu silêncio
Porque tu és de todos os ausentes o ausente.


- Sophia de Mello Breyner Andresen -
Se....

eu fosse um poema, eu seria.... "Amor" de Luís de Camões!

21/08/07

Foto: desconhecido

Para o Rogério, que lhe chama a "nossa" música de verão!!

Encosta-te a Mim

Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos.
Encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar.
Encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.
Chegado da guerra,
fiz tudo p´ra sobreviver em nome da terra,
no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói,
não quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-da inventar contigo
sei que não sei às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem,
encosta-te a mim.
Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes.
Vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal,
recebe esta bomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada, onde só quero ser feliz.
Enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada,
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo, o que não vivi,
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar,
mas quero-te bem.
Encosta-te a mim.
Quero-te bem.
Encosta-te a mim.

- Jorge Palma -
Foto: X Maya



CHEIRO



ontem à noite

sonhei de corpo inteiro...



- acordei com o teu cheiro.



- Alonso Alvarez -
Se....

eu fosse uma flor, eu seria.... uma hortence!

20/08/07

Pois, cá estou eu de volta...
Mas ainda não tive muito tempo para passar por aqui calmamente e deixar umas palavrinhas.
Se não for hoje, talvez amanhã!!!
Até já.

06/08/07

Estou a escrever este post da Turquia, mais propriamente de Antalya a cidade onde me encontro de ferias com a minha amiga. Estou a terminar, pois amanha regressamos a Lisboa.
Desculpem alguns erros ortograficos, mas como ja aqui disse estou na Turquia e o teclado do computador e lıgeiramente diferente do nosso no que diz respeito aos acentos.
Antalya e muıto bonito e aconcelho todos os que gostem de viajar a passar por aqui e se possivel fiquem neste hotel - o Marmara Hotel Antalya.
Depois vos direi mais quando regressar.
Ate la fiquem bem.