Foto: Niko Guido
Não é por acaso que nos cruzamos durante a nossa vida com outras pessoas.
Cada pessoa que passa pela nossa vida é única.
Deixa sempre um pouco de si, e leva um pouco de nós.
Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada!!!
Bom fim-de-semana!!!
"Um grande amor só pode existir à sombra de um grande sonho..." Mas quantos desses sonhos ficam perdidos no tempo...
31/08/07
30/08/07
29/08/07
Foto: Alex Krivtsovr
PERFECT DAY
Just a perfect day
drink sangria in the park
And then later when it gets dark
we go home.
Just a perfect day
feed animals in the zoo
Then later a movie too
and then home.
Oh, it's such a perfect day
I'm glad I spent it with you
Oh, such a perfect day
You just keep me hanging on
You just keep me hanging on
Just a perfect day
problems all left alone
Weekenders on our own
it's such fun.
Just a perfect day
you made me forget myself
I thought I was someone else
someone good.
Oh, it's such a perfect day
I'm glad I spent it with you
Oh, such a perfect day
You just keep me hanging on
You just keep me hanging on.
You're going to reap just what you sow
You're going to reap just what you sow.
- Lou Reed -
Pela noite perfeita que me proporcionaram ontem. Pelo jantar. Pela conversa desfiada. Pelo carinho. Pela promessa no olhar. Pela atenção. Pela paciência. Pela compreensão.
PERFECT DAY
Just a perfect day
drink sangria in the park
And then later when it gets dark
we go home.
Just a perfect day
feed animals in the zoo
Then later a movie too
and then home.
Oh, it's such a perfect day
I'm glad I spent it with you
Oh, such a perfect day
You just keep me hanging on
You just keep me hanging on
Just a perfect day
problems all left alone
Weekenders on our own
it's such fun.
Just a perfect day
you made me forget myself
I thought I was someone else
someone good.
Oh, it's such a perfect day
I'm glad I spent it with you
Oh, such a perfect day
You just keep me hanging on
You just keep me hanging on.
You're going to reap just what you sow
You're going to reap just what you sow.
- Lou Reed -
Pela noite perfeita que me proporcionaram ontem. Pelo jantar. Pela conversa desfiada. Pelo carinho. Pela promessa no olhar. Pela atenção. Pela paciência. Pela compreensão.
28/08/07
Foto: Boschen
O mais terrível é sentirmos a irreversibilidade do tempo.
Que mesmo quando tudo se repete, já nada se repete, pela primeira vez. E que nós gastamos como borrachas na demorada corrosão das coisas.
Um dia acordamos e já não é a primeira vez. A não ser quando a paixão nos diz que, nupcial e navegante, cada gesto de amor é sempre o primeiro.
- Eduardo Prado Coelho -
O mais terrível é sentirmos a irreversibilidade do tempo.
Que mesmo quando tudo se repete, já nada se repete, pela primeira vez. E que nós gastamos como borrachas na demorada corrosão das coisas.
Um dia acordamos e já não é a primeira vez. A não ser quando a paixão nos diz que, nupcial e navegante, cada gesto de amor é sempre o primeiro.
- Eduardo Prado Coelho -
27/08/07
«A saudade não é uma palavra...»
- Helena Sacadura Cabral / Bocados de Nós -
«A saudade não é uma palavra, é uma categoria do espírito, e só os portugueses são capazes de a sentir.»
Foi este um tema que me enviaram, e que vai proporcionara matéria deste artigo.
Foi este um tema que me enviaram, e que vai proporcionara matéria deste artigo.
A saudade não é, a meu ver, e desculpar-me-á a autora da frase, uma categoria do espírito. É, sim, um estado de espírito, mas que não respeita apenas aos portugueses. Respeita, também, a outros povos latinos, nomeadamente aos espanhóis (ah! a célebre soledad)...
Digamos, isso sim, que os portugueses têm uma maneira muito própria de darem a entender esse seu estado. E se a expressão for utilizada como plural do nosso homem, então estar-se-á, de facto, perante uma situação especial. Quem é que não terá, ao menos uma vez, sentido saudade do homem português?!...
Tem-se, habitualmente, saudade daquilo que já passou. Não tanto do que realmente se passou, mas daquilo que resolvemos imaginar ter-se passado.
Senão, vejamos alguns exemplos. Temos saudade dos tempos em que éramos meninos, mas então só desejávamos ser grandes; temos saudade de quando os nossos pais eram vivos, mas nessa altura não os sabíamos entender e andávamos às «turras» com eles; temos saudade do tempo em que os nossos filhos eram pequenos, mas nessa época andávamos estafados e preocupados por causa deles; temos saudade, enfim, do noivo, do marido, do namorado de ocasião, mas os dois primeiros acabam, algumas vezes, por nos cansar e dos terceiros a saudade é mirífica, porque os não conhecemos bem... Há, porém, nesta frase que me foi sugerida, um sentido, talvez, mas estrito. Vê-se que quem a escreve experimentou, já, este sentimento. Mas à semelhança do que disse atrás, também a sua autora lhe fortalece a imagem e lhe chama «categoria de espírito».
A «sua categoria de espírito» está muito radicada entre as mulheres latinas e é, terá de desculpar-me, causa de muito do seu atraso.
Quem vive de saudade ou vira poeta, ou não vai longe! Ora num país como o nosso, não aconselho ninguém que viva neste estado de espírito e muito menos que o considere uma categoria do dito. A meu ver, a saudade serve, apenas, para cada um se iludir, mitigar a realidade, e viver virado para o passado. Eu não sou passadista. Já o disse. Prefiro quem olha para a frente e dá o passado como encerrado. É a única forma de sobreviver com saúde. Porque o nosso mundo, sendo constituído de realidades, por vezes bem duras de suportar, é bem pouco compatível com a saudade.
Eu sei que há um tipo de mulheres que gosta de viver da saudade. Que gosta, sobretudo, de fantasiar a saudade. A essas só posso dizer que a vida lhes vai, possivelmente, pregar algumas partidas. De que elas, mais tarde, irão ter saudade, quando, por essa via, ficarem com a sua cabeça branca. Às outras que, como eu, da saudade não entendem mais do que o estado de espírito passageiro. como passageiros são, também, outros nossos sentimentos, eu direi que continuem sem se deixar invadir pela morbidez da saudade.
À leitora que me escreve, não posso, porém, deixar de dizer que se acautele. De facto, não só me sugere que escreva sobre este tema como o postal que me envia é, nem mais nem menos, uma cópia do célebre quadro de Picasso La Espera.
Minha amiga, parece-me muito para uma pessoa só! A saudade é já, por si, peso que baste. A saudade e a espera juntas arrasam qualquer um!
Só fiquei na dúvida se não terá lido demasiado Camilo ou Feliciano de Castilho. Dou-lhe um conselho: leia Camões!
- Helena Sacadura Cabral / Bocados de Nós -
24/08/07
23/08/07
Foto: Pedro C. Pereira
- António Mega Ferreira in Amor -
"Algum dia eu haveria de entrar na normalidade dos que te amam. Amo-te. E dói escrevê-lo (que é pior, meu amor, do que dizê-lo). Amo-te, absoluta, impossível e fatalmente. E ouço, adolescente, uma música adolescente, para me lembrar de ti, porque lembrar-me de ti é lembrar-me que não consigo esquecer-te. E ouço música porque ouvimos música quando amamos, e tudo, no amor, é música, acústica da alma que se quer ser devorada, e, neste caso, dor (tão deliciosamente insuportável) de amar sem sequência nem expectativa de contrapartida, amar unicamente o puro objecto que desgraçadamente amamos. Isto é uma carta de amor, e é possivelmente ridícula (prova maior de que é, realmente uma carta de amor), ou porque perdi o hábito de as escrever, ou porque nunca tive coragem de as enviar."
"Esta cartas de amor é um excesso (e isso prova superiormente que é uma carta de amor): eu amo não a ideia de amar-te (durante muito tempo, eu julguei que era apenas isso), mas a ideia de perder-me no meu amor por ti. E mesmo amar-te é um excesso, porque tudo aconselharia que eu me limitasse a mitificar-te, que é a melhor forma de evitarmos enfrentar a realidade."
"Porque a realidade, aqui, é como uma dor difusa, tu sabes como é, um incómodo ainda não localizado, que progressivamente se vai definindo e acertando, até que, insuportavelmente nítida, a sua imagem se nos impõe como uma evidência. A minha dor é que eu comecei a amar-te, sem o saber, durante aquele breve período de tempo em que sair de casa era a promessa reconfortante de ver-te e falar contigo. Eu não sabia, repito, mas o tempo ajudou-me a definir essa pequena dor, tão secretamente pavorosa: cada vez que estou contigo (cada vez mais, meu amor, cada vez mais) é como se a minha vida se virasse do avesso. E é verdade, é cada vez mais verdade, que, quando penso nas coisas que ainda me falta fazer na vida, é em ti que penso. E tenho medo, como um animal que instintivamente foge do que sabe não poder atingir."
"Mas, repito: esta carta é um acto de puro egoísmo, é como se não tivesse destinatário. E, no entanto, é preciso enviá-la, para que seja uma carta de amor, para que faça sentido como carta. Para que seja amor. Mas podemos imaginar uma saída elegante: para que possas conservá-la como pura carta de amor, quero eu dizer, sem o embaraço de saberes que ela te foi escrita por alguém que não amas, não a assino. Dou-te tudo: até a hipótese de esta carta não ter sido escrita por mim.
(E não, esta carta não pode ter sido escrita por mim. És tu - em mim - que me faz escrever o que eu não escrevo. E isso é - de novo - o melhor de mim.)"
- António Mega Ferreira in Amor -
22/08/07
Foto: Torsten Brandt
Eis-me
Tendo-me despido de todos os meus mantos
Tendo-me separado de adivinhos mágicos e deuses
Para ficar sozinha ante o silêncio
Ante o silêncio e o esplendor da tua face
Mas tu és de todos os ausentes o ausente
Nem o teu ombro me apoia nem a tua mão me toca
O meu coração desce as escadas do tempo em que não moras
E o teu encontro
São planícies e planícies de silêncio
Escura é a noite
Escura e transparente
Mas o teu rosto está para além do tempo opaco
E eu não habito os jardins do teu silêncio
Porque tu és de todos os ausentes o ausente.
- Sophia de Mello Breyner Andresen -
Eis-me
Tendo-me despido de todos os meus mantos
Tendo-me separado de adivinhos mágicos e deuses
Para ficar sozinha ante o silêncio
Ante o silêncio e o esplendor da tua face
Mas tu és de todos os ausentes o ausente
Nem o teu ombro me apoia nem a tua mão me toca
O meu coração desce as escadas do tempo em que não moras
E o teu encontro
São planícies e planícies de silêncio
Escura é a noite
Escura e transparente
Mas o teu rosto está para além do tempo opaco
E eu não habito os jardins do teu silêncio
Porque tu és de todos os ausentes o ausente.
- Sophia de Mello Breyner Andresen -
21/08/07
Foto: desconhecido
Para o Rogério, que lhe chama a "nossa" música de verão!!
Encosta-te a Mim
Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos.
Encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar.
Encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.
Chegado da guerra,
fiz tudo p´ra sobreviver em nome da terra,
no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói,
não quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-da inventar contigo
sei que não sei às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem,
encosta-te a mim.
Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes.
Vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal,
recebe esta bomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada, onde só quero ser feliz.
Enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada,
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo, o que não vivi,
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar,
mas quero-te bem.
Encosta-te a mim.
Quero-te bem.
Encosta-te a mim.
- Jorge Palma -
Para o Rogério, que lhe chama a "nossa" música de verão!!
Encosta-te a Mim
Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos.
Encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar.
Encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.
Chegado da guerra,
fiz tudo p´ra sobreviver em nome da terra,
no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói,
não quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-da inventar contigo
sei que não sei às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem,
encosta-te a mim.
Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes.
Vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal,
recebe esta bomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada, onde só quero ser feliz.
Enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada,
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo, o que não vivi,
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar,
mas quero-te bem.
Encosta-te a mim.
Quero-te bem.
Encosta-te a mim.
- Jorge Palma -
20/08/07
06/08/07
Estou a escrever este post da Turquia, mais propriamente de Antalya a cidade onde me encontro de ferias com a minha amiga. Estou a terminar, pois amanha regressamos a Lisboa.
Desculpem alguns erros ortograficos, mas como ja aqui disse estou na Turquia e o teclado do computador e lıgeiramente diferente do nosso no que diz respeito aos acentos.
Antalya e muıto bonito e aconcelho todos os que gostem de viajar a passar por aqui e se possivel fiquem neste hotel - o Marmara Hotel Antalya.
Depois vos direi mais quando regressar.
Ate la fiquem bem.
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