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O mais terrível é sentirmos a irreversibilidade do tempo.
Que mesmo quando tudo se repete, já nada se repete, pela primeira vez. E que nós gastamos como borrachas na demorada corrosão das coisas.
Um dia acordamos e já não é a primeira vez. A não ser quando a paixão nos diz que, nupcial e navegante, cada gesto de amor é sempre o primeiro.
- Eduardo Prado Coelho -