Para quem tem mais de 30 anos...faz pensar que até tivemos sorte!
Olhando para trás, é difícil acreditar que estejamos vivos.
Nós viajámos em carros sem cintos de segurança ou air bag. Não tivemos nenhuma tampa à prova de crianças em frascos de remédios, portas, ou armários e andávamos de bicicleta sem capacete, sem contar que até pediamos boleia.
Bebiamos água directamente da mangueira e não da garrafa. Gastámos horas a construir os nossos carrinhos de rolamentos para descer ladeira abaixo e só então descobríamos que nos tinhamos esquecido dos travões, depois de colidir com algumas árvores, aprendemos a resolver o problema.
Saíamos de casa de manhã, brincávamos o dia inteiro, e só voltavamos quando se acendiam as luzes da rua. Ninguém nos podia localizar, não havia telemóveis.
Nós partiamos dentes e ossos, e não havia nenhuma lei para punir os culpados. Eram acidentes. Ninguém para culpar, só a nós próprios.
Tivemos brigas, esmurrámo-nos uns aos outros e aprendemos a superar isso. Comemos doces e bebemos refrigerantes e não eramos gordos.
Estávamos sempre ao ar livre, a correr e a brincar. Compartilhamos garrafas de refrigerantes e ninguém morreu por causa disso.
Não tivemos Playstations, Nintendos e toda a parafrenália de jogos de vídeo, nem 99 canais de TV Cabo, som surround, telemóveis, computadores ou Internet. Nós tivemos amigos. Iamos ter com eles. Iamos de bicicleta ou a pé até sua casa e batiamos à porta. Imaginem tal coisa...sem pedir autorização aos pais nem a ninguém, por nós mesmos! Lá fora, no mundo cruel! Sem nenhum responsável! Como conseguimos fazer isto?
Fizemos jogos com bastões e bolas e comemos minhocas e, embora nos tenham dito que aconteceria, nunca nos caíram os olhos ou as minhocas ficaram vivas na nossa barriga para sempre.
Nos jogos da escola, nem toda a gente fazia parte da equipa. Os que não faziam, tiveram que aprender a lidar com a decepção...sem psicólogos! Alguns estudantes repetiam o ano! Não inventavam testes extra. Eramos responsáveis pelas nossas acções e arcávamos com as consequências. Não havia ninguém que pudesse resolver isso. A ideia de um pai a proteger-nos, se desrespeitássemos alguma lei, era inadmissível! Os pais protegiam as leis. Imaginem!
A nossa geração produziu alguns dos melhores compradores de risco, criadores de soluções e inventores. Os últimos 50 anos foram uma explosão de inovações e novas ideias. Tivemos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade, e aprendemos a lidar com isso...
Tu és um deles. Parabéns!!!
(Autor desconhecido)