Pensamento do dia
"O teu prazer é, definitivamente, o meu maior afrodisíaco."
Não sei de quem é, mas gostei, e concordo!
"Um grande amor só pode existir à sombra de um grande sonho..." Mas quantos desses sonhos ficam perdidos no tempo...
31/10/03
Gosto muito de música.
Ontem, antes de ir dormir, optei por música brasileira, melhor dizendo, Caetano Veloso e Simone. Fica aqui a letra de uma música da Simone, que gosto muito. Apenas posso partilhar com vocês a letra e não a melodia.Ela canta-a como ninguém.
QUEM É VOCÊ
Quem será que me chega
Na toca da noite
Vem nos braços de um sonho
Que eu não desvendei.
Eu conheço o teu beijo
Mas não vejo o teu rosto
Quem será que eu amo
E ainda não encontrei.
Que sorriso aberto
Ou olhar tão profundo
Que disfarce será que usas
Para o resto do mundo.
Onde será que você mora
Em que língua me chama
Em que cena da vida
Haverá de comigo cruzar.
Que saudade é essa
Do amor que eu não tive
Porque será que te sinto
Se nunca te vi
Será que são lembranças
De um tempo esquecido
Ou serão previsões
De te ver por aqui.
Então vem,
Me desvenda esse amor
Que me faz renascer
Faz do sonho algo lindo
Que me faça viver
E se fiz, com os céus
Algum trato, esclarece esse facto
E me faz compreender.
Esse beijo, esse abraço
Na imaginação
E descobre o que guardo para ti
No meu coração.
Mas deixa eu sonhar
Deixa eu te ver,
Vem e me diz
Quem é você!!
Dedico a TI....
Ontem, antes de ir dormir, optei por música brasileira, melhor dizendo, Caetano Veloso e Simone. Fica aqui a letra de uma música da Simone, que gosto muito. Apenas posso partilhar com vocês a letra e não a melodia.Ela canta-a como ninguém.
QUEM É VOCÊ
Quem será que me chega
Na toca da noite
Vem nos braços de um sonho
Que eu não desvendei.
Eu conheço o teu beijo
Mas não vejo o teu rosto
Quem será que eu amo
E ainda não encontrei.
Que sorriso aberto
Ou olhar tão profundo
Que disfarce será que usas
Para o resto do mundo.
Onde será que você mora
Em que língua me chama
Em que cena da vida
Haverá de comigo cruzar.
Que saudade é essa
Do amor que eu não tive
Porque será que te sinto
Se nunca te vi
Será que são lembranças
De um tempo esquecido
Ou serão previsões
De te ver por aqui.
Então vem,
Me desvenda esse amor
Que me faz renascer
Faz do sonho algo lindo
Que me faça viver
E se fiz, com os céus
Algum trato, esclarece esse facto
E me faz compreender.
Esse beijo, esse abraço
Na imaginação
E descobre o que guardo para ti
No meu coração.
Mas deixa eu sonhar
Deixa eu te ver,
Vem e me diz
Quem é você!!
Dedico a TI....
QUE NOITE
Noite horrivél de chuva e vento. Reconheço que tenho um certo medo do vento e não gosto nada de chuva. Espero que o fim-de-semana esteja melhor. Vou passear, com alguém que está com ciúmes do meu amigo desconhecido.
Valeu, amigo, à tua custa vou ter um fim-de-semana fantástico, espero eu!
Nem sei se vou ter tempo de passar por aqui nestes dias...
Noite horrivél de chuva e vento. Reconheço que tenho um certo medo do vento e não gosto nada de chuva. Espero que o fim-de-semana esteja melhor. Vou passear, com alguém que está com ciúmes do meu amigo desconhecido.
Valeu, amigo, à tua custa vou ter um fim-de-semana fantástico, espero eu!
Nem sei se vou ter tempo de passar por aqui nestes dias...
30/10/03
29/10/03
Acabei de puxar por mais um cigarro.
Como todos sabem, agora os maços de cigarros trazem "alertas" sobre o perigo de se fumar, em letras garrafais! Que na verdade me incomodam, porque não dizê-lo? Todos sabemos que fumar faz mal, mas o meu problema reside no facto de que fumo não por vicío, mas porque gosto, dá-me um imenso prazer! É um grande companheiro das horas menos boas e solitárias.
E agora?
Como todos sabem, agora os maços de cigarros trazem "alertas" sobre o perigo de se fumar, em letras garrafais! Que na verdade me incomodam, porque não dizê-lo? Todos sabemos que fumar faz mal, mas o meu problema reside no facto de que fumo não por vicío, mas porque gosto, dá-me um imenso prazer! É um grande companheiro das horas menos boas e solitárias.
E agora?
NÃO FALES...
Para quê fazer poesia, se ela existe já em nós?
Um beijo, o toque de duas mãos,
Um abraço, o contaco morno de dois corpos,
O amor enfim!
Tudo isto é poesia.
É inutil procurar, nas palavras de todos os dias
A magia encantadora, fascinante,
Dos nossos sentimentos..
Pobres frases ocas que nada dizem.
Os nossos silêncios, são mais poéticos
Que todas as palavras trocadas, entre beijos e carícias.
Há mais profundidade num gesto,
Num olhar silêncioso,
O calor do teu corpo nas minhas mãos,
O arrepiar da pele, o palpitar mais rápido do coração.
Não procures nas palavras, o teu amor.
Deixa-o sair, simplesmente, dos teus poros,
Das tuas entranhas, da tua alma,
Para se juntar ao meu.
Assim.................
Vês? Dissemos mais, do que te digo agora,
Com estas simples palavras, que te amo!!!
Para quê fazer poesia, se ela existe já em nós?
Um beijo, o toque de duas mãos,
Um abraço, o contaco morno de dois corpos,
O amor enfim!
Tudo isto é poesia.
É inutil procurar, nas palavras de todos os dias
A magia encantadora, fascinante,
Dos nossos sentimentos..
Pobres frases ocas que nada dizem.
Os nossos silêncios, são mais poéticos
Que todas as palavras trocadas, entre beijos e carícias.
Há mais profundidade num gesto,
Num olhar silêncioso,
O calor do teu corpo nas minhas mãos,
O arrepiar da pele, o palpitar mais rápido do coração.
Não procures nas palavras, o teu amor.
Deixa-o sair, simplesmente, dos teus poros,
Das tuas entranhas, da tua alma,
Para se juntar ao meu.
Assim.................
Vês? Dissemos mais, do que te digo agora,
Com estas simples palavras, que te amo!!!
28/10/03
Tenho um amigo na bloggsfera. Não nos conhecemos pessoalmente, mas tem sido o meu confidente, e até porque não dizê-lo, o meu conselheiro. Às vezes é mais fácil falarmos com um desconhecido, fazer perguntas, expor a nossa vida, os sentimentos, as tristezas e alegrias.
Ontem escrevi-lhe e fiz algumas perguntas acerca dos homens e da forma como reagem, ao que ele me respondeu:
"...andei a passear no teu blog e a chuva de ontem fez-te melancólica - mas é assim, quase sempre, a chuva.
Mostra como gostas àquele de quem gostas - se me permites meter-me nisto. Mas já que invocaste a minha natureza masculina para teres a sensação deste lado, aqui vai:
A diferença essêncial, na maior parte das vezes, creio eu, é na forma como se exprime o romantismo: no homem o romantismo tem muitas vezes uma componente física que é quase decisiva; nas mulheres, por outro lado, mesmo quando gostam muito de sexo, têm dificuldade em associar o sexo ao amor, quase os separam - organizam o terreno dos sentimentos e o físico em esferas diferentes. Eu acho - pelo menos é o que acontece comigo - que os homens têm sempre os dois ligados.
Indo mais à essência da tua nota acho que, salvo algumas excepções e situações, nenhum homem tem um relacionamento minimamente prolongado com uma mulher (ou seja, mais que uma vez se quiseres pôr as coisas desta forma) a menos que sinta alguma coisa por ela em conjunto com a atracção e prazer físico que exista também.
O dia seguinte é a pior coisa de gerir: diria que o homem quer revê-la porque quer voltar a associar o lado físico ao emocional e muitas vezes as mulheres querem toda a atenção quase exclusivamente para o lado emocional. Nisto, é claro, não há regras - mas separar o lado físico do mental (e emocional) é geralmente má opção. É certo que os homens são, digamos, menos exclusivistas e as mulheres mais exigentes em termos de afectos e atenções. O problema surge, acho eu, quando se começa a torcer só para um lado - o do sexo ou o dos sentimentos. Não há paixão - mesmo sexual - sem sentimentos. Ás vezes há sentimentos sem paixão nem sexo. Este lado da vida humana é a coisa mais complicada da existência. Mas às vezes pode-se escolher - melhor, pode-se localizar e tentar.
Experimenta tentar viver a vida como um homem - como a que tu descreves. Experimenta atrair, seduzir, usar e depois passar para outra. Serás capaz? Talvez assim percebas que o gozo da conquista e da concretização às vezes esgota tudo o resto - mas quando há critério na escolha há uma envolvente emocional para além do prazer da caça - e é certo que o prazer da caça (fazer o cerco e saber que se pode comer a presa) existe e não é de desprezar. Tenho um amigo que já nem vai com as mulheres que atrai para a cama. Rodeia-as, insinua-se, fá-las apaixonarem-se. Quando as mais resistentes - mesmo as casadas - se deixam ir num beijo nem as quer ver mais.
Conquistar é bem mais fácil que manter a sedução - emocional e física, concretizá-la, repeti-la. Os grandes amantes, que se devoram ao longo dos anos mantendo distãncias e vidas separadas, passam por provas maiores que todos os outros: tudo podia acabar de repente, mas existe sem obrigações porque há amor, físico e emocional. Os grandes amantes da História são as mais bonitas histórias de amor, já reparaste?"
Obrigada pelas tuas palavras e pelo tempo que me dispensaste, meu amigo desconhecido! Hoje está sol e fizeste-me sorrir. Valeu!!
Ah, e já agora, o CD que estava a ouvir ontem é da Diana Krall.
Ontem escrevi-lhe e fiz algumas perguntas acerca dos homens e da forma como reagem, ao que ele me respondeu:
"...andei a passear no teu blog e a chuva de ontem fez-te melancólica - mas é assim, quase sempre, a chuva.
Mostra como gostas àquele de quem gostas - se me permites meter-me nisto. Mas já que invocaste a minha natureza masculina para teres a sensação deste lado, aqui vai:
A diferença essêncial, na maior parte das vezes, creio eu, é na forma como se exprime o romantismo: no homem o romantismo tem muitas vezes uma componente física que é quase decisiva; nas mulheres, por outro lado, mesmo quando gostam muito de sexo, têm dificuldade em associar o sexo ao amor, quase os separam - organizam o terreno dos sentimentos e o físico em esferas diferentes. Eu acho - pelo menos é o que acontece comigo - que os homens têm sempre os dois ligados.
Indo mais à essência da tua nota acho que, salvo algumas excepções e situações, nenhum homem tem um relacionamento minimamente prolongado com uma mulher (ou seja, mais que uma vez se quiseres pôr as coisas desta forma) a menos que sinta alguma coisa por ela em conjunto com a atracção e prazer físico que exista também.
O dia seguinte é a pior coisa de gerir: diria que o homem quer revê-la porque quer voltar a associar o lado físico ao emocional e muitas vezes as mulheres querem toda a atenção quase exclusivamente para o lado emocional. Nisto, é claro, não há regras - mas separar o lado físico do mental (e emocional) é geralmente má opção. É certo que os homens são, digamos, menos exclusivistas e as mulheres mais exigentes em termos de afectos e atenções. O problema surge, acho eu, quando se começa a torcer só para um lado - o do sexo ou o dos sentimentos. Não há paixão - mesmo sexual - sem sentimentos. Ás vezes há sentimentos sem paixão nem sexo. Este lado da vida humana é a coisa mais complicada da existência. Mas às vezes pode-se escolher - melhor, pode-se localizar e tentar.
Experimenta tentar viver a vida como um homem - como a que tu descreves. Experimenta atrair, seduzir, usar e depois passar para outra. Serás capaz? Talvez assim percebas que o gozo da conquista e da concretização às vezes esgota tudo o resto - mas quando há critério na escolha há uma envolvente emocional para além do prazer da caça - e é certo que o prazer da caça (fazer o cerco e saber que se pode comer a presa) existe e não é de desprezar. Tenho um amigo que já nem vai com as mulheres que atrai para a cama. Rodeia-as, insinua-se, fá-las apaixonarem-se. Quando as mais resistentes - mesmo as casadas - se deixam ir num beijo nem as quer ver mais.
Conquistar é bem mais fácil que manter a sedução - emocional e física, concretizá-la, repeti-la. Os grandes amantes, que se devoram ao longo dos anos mantendo distãncias e vidas separadas, passam por provas maiores que todos os outros: tudo podia acabar de repente, mas existe sem obrigações porque há amor, físico e emocional. Os grandes amantes da História são as mais bonitas histórias de amor, já reparaste?"
Obrigada pelas tuas palavras e pelo tempo que me dispensaste, meu amigo desconhecido! Hoje está sol e fizeste-me sorrir. Valeu!!
Ah, e já agora, o CD que estava a ouvir ontem é da Diana Krall.
27/10/03
Chuva, chuva e mais chuva!
Fim-de-semana inteiro nisto, com algumas abertas no Domingo, como a querer dizer-nos que afinal o sol está lá, por detrás das nuvens e pode aparecer a qualquer momento. Estes dias dão vontade de estar em casa, aninhada no cadeirão, com o gato a fazer-nos companhia, e uma enorme melancolia. O olhar perdido lá fora, para além da chuva, o pensamento a vaguear por aí...a tentar imaginar onde estarás, o que fazes, como foi passado o teu dia!
Porque somos nós capazes de gostar de quem não gosta de nós? Porque somos capazes de resistir a tanta indiferença, a tanto esquecimento, a tanto "nada"! Afinal o gostar, o amar é isto mesmo, é o não saber porque se gosta, é o gostar e pronto!!!
O amor não depende do querer, sente-se; não se mendiga, merece-se; não é esmola, é prémio; não satisfaz quando concedido por compaixão, mas quando se oferece inteiro, mesmo quando não é retribuído, sem nada pedir em troca! Apenas a satisfação imensa de dar, mais e mais a quem tanto queremos!
É isto o amor! É tudo o que tenho para te dar!
A chuva bate agora, com mais intensidade nos vidros da janela, e neste tempo inconstante, procuro nos restos de um passado ainda recente, apagado e frio, os sonhos meigos, perdidos, de sabor a ti...
E mesmo que não te veja, sinto-te!!!
Fim-de-semana inteiro nisto, com algumas abertas no Domingo, como a querer dizer-nos que afinal o sol está lá, por detrás das nuvens e pode aparecer a qualquer momento. Estes dias dão vontade de estar em casa, aninhada no cadeirão, com o gato a fazer-nos companhia, e uma enorme melancolia. O olhar perdido lá fora, para além da chuva, o pensamento a vaguear por aí...a tentar imaginar onde estarás, o que fazes, como foi passado o teu dia!
Porque somos nós capazes de gostar de quem não gosta de nós? Porque somos capazes de resistir a tanta indiferença, a tanto esquecimento, a tanto "nada"! Afinal o gostar, o amar é isto mesmo, é o não saber porque se gosta, é o gostar e pronto!!!
O amor não depende do querer, sente-se; não se mendiga, merece-se; não é esmola, é prémio; não satisfaz quando concedido por compaixão, mas quando se oferece inteiro, mesmo quando não é retribuído, sem nada pedir em troca! Apenas a satisfação imensa de dar, mais e mais a quem tanto queremos!
É isto o amor! É tudo o que tenho para te dar!
A chuva bate agora, com mais intensidade nos vidros da janela, e neste tempo inconstante, procuro nos restos de um passado ainda recente, apagado e frio, os sonhos meigos, perdidos, de sabor a ti...
E mesmo que não te veja, sinto-te!!!
25/10/03
23/10/03
Hoje almocei sózinha - é coisa que não gosto de fazer - ao contrario de outras pessoas. Tive que fazer umas compras e como tal, não deu para almoçar com colegas, como acontece diariamente.
Resolvi o problema das compras mais depressa do que pensava, e dei por mim sentada, com o prato à frente a comer nas calmas. Soube-me bem, deixei correr o pensamento, esqueci as pessoas e o barulho que me rodeavam e...refugiei-me em ti. Se te pudesse falar neste momento e dizer-te o que corre veloz no meu pensamento, acredito que me olharias de outra forma. Sabes, na verdade se diz que a boca emite sons que saídos do raciocinio, não correspondem muitas vezes, ao que sente o coração.
Esta é aquela mensagem que te remeto todas as manhãs e deixo adormecida, a meu lado, todas as noites. Esta, é um apelo à tua recordação, um abano sincero de sentimentos, onde o recorte da tua imagem marca o espaço do meu pensamento.
Estarei eu tão repleta de ti?
Tenho sempre um mundo de coisas para te dizer e quase não te falo. Sinto-te nos perfumes que me cercam e quase não te vejo. Aperto-te nos meus braços, num misto de ternura e medo, sem que poucas vezes tenha coragem para o fazer. Bebo-te em cada taça das minhas noites perdidas e achadas. Na poesia que construo e coloco sobre o teu corpo. Na esperança com que envolvo a razão do meu futuro, onde só te vejo.
Diz-me, será que ainda sentes que circulo perto de ti? Será que à força de me queres ignorar, me lembras? Com raiva, com prazer, com ansiedade, com ternura, com indiferença?
Por dentro das minhas veias respira o amor, o doce ditador das horas loucas. E quem é suficientemente forte para o destruir?
Não terás, não, capacidade para acabares com o meu amor, pois estou fundida na tua essência, sou parte integrante da tua vida, dos teus sentidos - independente do teu querer!
Assim é...
Assim será...sempre.
Acabei de tomar o meu café, apaguei o cigarro!
O almoço acabou, são horas de voltar ao trabalho.
Resolvi o problema das compras mais depressa do que pensava, e dei por mim sentada, com o prato à frente a comer nas calmas. Soube-me bem, deixei correr o pensamento, esqueci as pessoas e o barulho que me rodeavam e...refugiei-me em ti. Se te pudesse falar neste momento e dizer-te o que corre veloz no meu pensamento, acredito que me olharias de outra forma. Sabes, na verdade se diz que a boca emite sons que saídos do raciocinio, não correspondem muitas vezes, ao que sente o coração.
Esta é aquela mensagem que te remeto todas as manhãs e deixo adormecida, a meu lado, todas as noites. Esta, é um apelo à tua recordação, um abano sincero de sentimentos, onde o recorte da tua imagem marca o espaço do meu pensamento.
Estarei eu tão repleta de ti?
Tenho sempre um mundo de coisas para te dizer e quase não te falo. Sinto-te nos perfumes que me cercam e quase não te vejo. Aperto-te nos meus braços, num misto de ternura e medo, sem que poucas vezes tenha coragem para o fazer. Bebo-te em cada taça das minhas noites perdidas e achadas. Na poesia que construo e coloco sobre o teu corpo. Na esperança com que envolvo a razão do meu futuro, onde só te vejo.
Diz-me, será que ainda sentes que circulo perto de ti? Será que à força de me queres ignorar, me lembras? Com raiva, com prazer, com ansiedade, com ternura, com indiferença?
Por dentro das minhas veias respira o amor, o doce ditador das horas loucas. E quem é suficientemente forte para o destruir?
Não terás, não, capacidade para acabares com o meu amor, pois estou fundida na tua essência, sou parte integrante da tua vida, dos teus sentidos - independente do teu querer!
Assim é...
Assim será...sempre.
Acabei de tomar o meu café, apaguei o cigarro!
O almoço acabou, são horas de voltar ao trabalho.
22/10/03
PROPINAS
Entre os muitos assuntos, menos bons digamos assim, com que já nos habituámos a lidar diáriamente neste nosso Portugal, e porque já estou cansada de ouvir falar de propinas, resolvi hoje escrever umas linhas, sobre o "protesto dos estudantes ao aumento das propinas".Não concordo em absoluto com a dita "luta" desse pessoal.
Acho muito bem que paguem as propinas se querem tirar um curso, mas se não estão satisfeitos têm a possibilidade de mudar para uma faculdade particular. É sempre uma opção e têm por onde escolher!
Andam anos a fio para terminar o curso, a passear pelas faculdades sem pressa, (tá-se bem), a tirar o lugar a outros mais interessados em estudar de verdade, do que pensar em greves.
Quanto é que gastam todos os meses em discotecas e concertos? Já fizeram as contas? Claro que não, isso nem interessa nada...
E a falta de respeito pelos outros alunos que não partilham das suas ideias, pelos professores e restantes funcionários a quem não permitem a entrada nos estabelecimentos de ensino fechados a cadeado. Quem quer faz greve, quem não quer é obrigado a fazer. Isto sim é democracia!
O que mais me preocupa, e por tudo o que tenho visto acontecer, é que esses meninos são os futuros dirigentes deste País. Como vai ser?
Espero que o Governo não ceda. Conto com a nossa Ministra!!
Entre os muitos assuntos, menos bons digamos assim, com que já nos habituámos a lidar diáriamente neste nosso Portugal, e porque já estou cansada de ouvir falar de propinas, resolvi hoje escrever umas linhas, sobre o "protesto dos estudantes ao aumento das propinas".Não concordo em absoluto com a dita "luta" desse pessoal.
Acho muito bem que paguem as propinas se querem tirar um curso, mas se não estão satisfeitos têm a possibilidade de mudar para uma faculdade particular. É sempre uma opção e têm por onde escolher!
Andam anos a fio para terminar o curso, a passear pelas faculdades sem pressa, (tá-se bem), a tirar o lugar a outros mais interessados em estudar de verdade, do que pensar em greves.
Quanto é que gastam todos os meses em discotecas e concertos? Já fizeram as contas? Claro que não, isso nem interessa nada...
E a falta de respeito pelos outros alunos que não partilham das suas ideias, pelos professores e restantes funcionários a quem não permitem a entrada nos estabelecimentos de ensino fechados a cadeado. Quem quer faz greve, quem não quer é obrigado a fazer. Isto sim é democracia!
O que mais me preocupa, e por tudo o que tenho visto acontecer, é que esses meninos são os futuros dirigentes deste País. Como vai ser?
Espero que o Governo não ceda. Conto com a nossa Ministra!!
ADAGIO
I don't know where to find you
I don't know how to reach you
I hear your voice in the wind
I feel you under my skin
Within my heart and my soul
I wait for you
Adagio
All of these nights without you
All of my dreams surround you
I see and I touch your face
I fall into your embrace
When the time is right know
You'll be in my arms
Adagio
I close my eyes and I find a way
No need for me to pray
I've walked so far
I've fought so hard
Nothing more to explain
I know all that remains
Is a piano that plays
If you know where to find me
If you know how to reach me
Before this light fades away
Before I run out of faith
Be the only man to say
That you'll hear my heart
That you'll give your life
Forever you'll stay
Don't let this light fade away
Don't let me run out of faith
Be the only man to say
That you believe, make me believe
You won't let go
Adagio.
(Lara Fabian)
I don't know where to find you
I don't know how to reach you
I hear your voice in the wind
I feel you under my skin
Within my heart and my soul
I wait for you
Adagio
All of these nights without you
All of my dreams surround you
I see and I touch your face
I fall into your embrace
When the time is right know
You'll be in my arms
Adagio
I close my eyes and I find a way
No need for me to pray
I've walked so far
I've fought so hard
Nothing more to explain
I know all that remains
Is a piano that plays
If you know where to find me
If you know how to reach me
Before this light fades away
Before I run out of faith
Be the only man to say
That you'll hear my heart
That you'll give your life
Forever you'll stay
Don't let this light fade away
Don't let me run out of faith
Be the only man to say
That you believe, make me believe
You won't let go
Adagio.
(Lara Fabian)
Pausa para reflexão...
"...E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu...para sempre."
(Miguel Sousa Tavares)
"...E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu...para sempre."
(Miguel Sousa Tavares)
21/10/03
19/10/03
TRAVESSIA
Não sei se alguma vez atravessaram a Ponte Vasco da Gama ao amanhecer, num dia de sol. Nada mais bonito que ver o Tejo tranquilo a servir de espelho a um sol avermelhado, que acorda Lisboa.
E uma mancha rosa, os flamingos que ainda por lá andam, e que a essa hora aparecem como para nos dar os bons dias, e brindar-nos com a sua graciosidade.
Vale mesmo a pena.
Espero voltar a deliciar-me com este espectáculo de cores em breve!
Não sei se alguma vez atravessaram a Ponte Vasco da Gama ao amanhecer, num dia de sol. Nada mais bonito que ver o Tejo tranquilo a servir de espelho a um sol avermelhado, que acorda Lisboa.
E uma mancha rosa, os flamingos que ainda por lá andam, e que a essa hora aparecem como para nos dar os bons dias, e brindar-nos com a sua graciosidade.
Vale mesmo a pena.
Espero voltar a deliciar-me com este espectáculo de cores em breve!
17/10/03
ESCREVI-TE...
Fecho os olhos, e revejo os lugares onde tu estavas.
Fecho os olhos, penso em ti, e é como se me paralisasse uma pergunta, fluindo docemente dos teus lábios.
Fecho os olhos, e já não sou eu, mas tu, quem sobrevem.
Fecho os olhos sobre ti.
Há então um voar de aves altivas, daquelas que anunciam estações e marcam a contagem do tempo, a lembrar que não estás aqui.
Como se fosse fácil.
Como se fosse fácil, Setembro, Outubro, meses pedalados com palavras diligentes, perdidas e omissas.
Como se fosse fácil engolir a ausência e andar mais depressa, enganar a própria incapacidade de enganar, como se no verão fosse mais fácil existir.
Fui longe, fui perto, e não basta agora dizer que tu estavas onde eu estava.
Na paisagem suave do fim de tarde sobre o mar. Na travessia do rio. Na estrada extenuante. Na cama onde me deitei!
Falei contigo sobre o desespero da tua ausência. E podia dar-te a mão e começar, sem medo, o caminho de regresso.
Foste a flor amarela que meti no bolso.
Mas foste também, o silêncio da noite que me apanhou de surpresa, ao abrir uma janela. É Outubro.
Os frutos maduros de ser quase inverno, de ser Outubro, aperto-os como se as tuas mãos tivessem viajado com eles até aqui.
Fecho os olhos e penso em ti.
Não basta confundir-te com a minha maneira de estar só, pois voaste comigo a intensidade que pus em cada gesto. Aí paraste, porque a manhã já vinha branca, a desenganar a tortuosa aventura de ser só.
Foste comigo onde eu não julgava poder-se ir.
Foste comigo sem perguntas, porque eu não sabia responder ao teu sorriso leve.
Troquei as voltas ao espaço e estiveste, de facto, onde eu estava!
Então, subtraindo o que tu és, porque a vontade não chega para fazer coincidir a realidade com a presença maligna da distância, voltei ao lugar de origem, fechei os olhos...e escrevi-te!
Fecho os olhos, e revejo os lugares onde tu estavas.
Fecho os olhos, penso em ti, e é como se me paralisasse uma pergunta, fluindo docemente dos teus lábios.
Fecho os olhos, e já não sou eu, mas tu, quem sobrevem.
Fecho os olhos sobre ti.
Há então um voar de aves altivas, daquelas que anunciam estações e marcam a contagem do tempo, a lembrar que não estás aqui.
Como se fosse fácil.
Como se fosse fácil, Setembro, Outubro, meses pedalados com palavras diligentes, perdidas e omissas.
Como se fosse fácil engolir a ausência e andar mais depressa, enganar a própria incapacidade de enganar, como se no verão fosse mais fácil existir.
Fui longe, fui perto, e não basta agora dizer que tu estavas onde eu estava.
Na paisagem suave do fim de tarde sobre o mar. Na travessia do rio. Na estrada extenuante. Na cama onde me deitei!
Falei contigo sobre o desespero da tua ausência. E podia dar-te a mão e começar, sem medo, o caminho de regresso.
Foste a flor amarela que meti no bolso.
Mas foste também, o silêncio da noite que me apanhou de surpresa, ao abrir uma janela. É Outubro.
Os frutos maduros de ser quase inverno, de ser Outubro, aperto-os como se as tuas mãos tivessem viajado com eles até aqui.
Fecho os olhos e penso em ti.
Não basta confundir-te com a minha maneira de estar só, pois voaste comigo a intensidade que pus em cada gesto. Aí paraste, porque a manhã já vinha branca, a desenganar a tortuosa aventura de ser só.
Foste comigo onde eu não julgava poder-se ir.
Foste comigo sem perguntas, porque eu não sabia responder ao teu sorriso leve.
Troquei as voltas ao espaço e estiveste, de facto, onde eu estava!
Então, subtraindo o que tu és, porque a vontade não chega para fazer coincidir a realidade com a presença maligna da distância, voltei ao lugar de origem, fechei os olhos...e escrevi-te!
16/10/03
15/10/03
14/10/03
Antes Que Elas Cresçam
"Há um período na vida que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos. É que as crianças crescem. Independente de nós, como árvores tagarelas, e pássaros estabanados elas crescem sem pedir licença. Crescem como a inflação, independente do governo e da vontade popular. Entre os estrupos dos preços, os disparos dos discursos e o assalto das estações, elas crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância.
Mas não crescem todos os dias, de igual maneira; crescem de repente. Um dia sentam-se perto de ti no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que sentes que não podes mais trocar as fraldas daquela criatura.
Onde é que andou crescendo aquela danadinha que tu não percebeste? Onde está aquele cheirinho de leite sobre a pele? Onde está a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro bibe do Infantário ou da Escola Primária?
Ela está a crescer num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E tu estás agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça mas apareça. Ali estão muitos pais ao volante, esperando que saiam esfuziantes sobre patins, cabelos soltos sobre as ancas. Essas são as nossas filhas, em pleno cio, lindas potrancas.
Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão elas, com o uniforme da sua geração: incomodas mochilas da moda nos ombros ou então com a t-shirt amarrada na cintura. Está quente, dizemos que vai estragar a t-shirt, mas sem resultado, é o emblema da geração.
Ali estamos, com os cabelos esbranquiçados, depois do primeiro ou segundo casamento, com essa barba de jovem executivo ou intelectual em ascenção, as mães, às vezes, já com a primeira plástica e o casamento recomposto. Essas são as filhas que conseguimos gerar e amar apesar dos golpes dos ventos, das colheitas das notícias, e da ditadura das horas. E elas crescem meio amestradas, observando e aprendendo com os nossos acertos e erros. Principalmente com os erros que esperamos não repitam.
Há um período em que os pais vão ficando orfãos dos próprios filhos.
Longe vai o momento em que a primeira menstruação foi recebida com o impacto de rosas vermelhas. Não voltaremos a apanhá-las nas portas das discotecas e das festas quando surgiam entre gírias e canções. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e da ginástica. Saíram do banco de trás e passaram para o volante das suas próprias vidas. Só nos resta dizer "bonne route, bonne route", como naquela canção francesa narrando a emoção do pai quando a filha lhe oferece o primeiro jantar na casa dela.
Deveríamos ter ido mais à cama delas ao anoitecer para ouvirmos sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância e os adolescentes cobertores naquele quarto cheio de adesivos, posters, agendas coloridas e discos ensurdecedores. Não, não as levamos suficiente vezes ao Playcenter, ao Shopping, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado. Elas cresceram sem que esgotássemos nelas todo o nosso afecto. No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, comidas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhas. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, pedidos de sorvetes e sanduíches, cantorias infantis. Depois chegou a idade em que subir para a casa de campo com os pais era um sofrimento, pois era impossível deixar os amigos e os primeiros namorados. Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas de repente, morriam de saudades daquelas "pestes".
Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora se tinhamos desaprendido, reaprendemos a rezar) para que elas acertem nas escolhas em busca da felicidade. E que a conquistem do modo mais completo possível.
O jeito é esperar. A qualquer hora podem dar-nos netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afecto. Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que elas cresçam."
P.S.: É isso. A gente só aprende a ser filho depois que somos pais, só aprendemos a ser pais depois que somos avós...Enfim...só aprendemos a viver depois que já não temos mais vida...
E afinal...Nós ainda somos jovens demais!
(Affonso Romano de Sant'Anna)
"Há um período na vida que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos. É que as crianças crescem. Independente de nós, como árvores tagarelas, e pássaros estabanados elas crescem sem pedir licença. Crescem como a inflação, independente do governo e da vontade popular. Entre os estrupos dos preços, os disparos dos discursos e o assalto das estações, elas crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância.
Mas não crescem todos os dias, de igual maneira; crescem de repente. Um dia sentam-se perto de ti no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que sentes que não podes mais trocar as fraldas daquela criatura.
Onde é que andou crescendo aquela danadinha que tu não percebeste? Onde está aquele cheirinho de leite sobre a pele? Onde está a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro bibe do Infantário ou da Escola Primária?
Ela está a crescer num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E tu estás agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça mas apareça. Ali estão muitos pais ao volante, esperando que saiam esfuziantes sobre patins, cabelos soltos sobre as ancas. Essas são as nossas filhas, em pleno cio, lindas potrancas.
Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão elas, com o uniforme da sua geração: incomodas mochilas da moda nos ombros ou então com a t-shirt amarrada na cintura. Está quente, dizemos que vai estragar a t-shirt, mas sem resultado, é o emblema da geração.
Ali estamos, com os cabelos esbranquiçados, depois do primeiro ou segundo casamento, com essa barba de jovem executivo ou intelectual em ascenção, as mães, às vezes, já com a primeira plástica e o casamento recomposto. Essas são as filhas que conseguimos gerar e amar apesar dos golpes dos ventos, das colheitas das notícias, e da ditadura das horas. E elas crescem meio amestradas, observando e aprendendo com os nossos acertos e erros. Principalmente com os erros que esperamos não repitam.
Há um período em que os pais vão ficando orfãos dos próprios filhos.
Longe vai o momento em que a primeira menstruação foi recebida com o impacto de rosas vermelhas. Não voltaremos a apanhá-las nas portas das discotecas e das festas quando surgiam entre gírias e canções. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e da ginástica. Saíram do banco de trás e passaram para o volante das suas próprias vidas. Só nos resta dizer "bonne route, bonne route", como naquela canção francesa narrando a emoção do pai quando a filha lhe oferece o primeiro jantar na casa dela.
Deveríamos ter ido mais à cama delas ao anoitecer para ouvirmos sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância e os adolescentes cobertores naquele quarto cheio de adesivos, posters, agendas coloridas e discos ensurdecedores. Não, não as levamos suficiente vezes ao Playcenter, ao Shopping, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado. Elas cresceram sem que esgotássemos nelas todo o nosso afecto. No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, comidas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhas. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, pedidos de sorvetes e sanduíches, cantorias infantis. Depois chegou a idade em que subir para a casa de campo com os pais era um sofrimento, pois era impossível deixar os amigos e os primeiros namorados. Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas de repente, morriam de saudades daquelas "pestes".
Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora se tinhamos desaprendido, reaprendemos a rezar) para que elas acertem nas escolhas em busca da felicidade. E que a conquistem do modo mais completo possível.
O jeito é esperar. A qualquer hora podem dar-nos netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afecto. Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que elas cresçam."
P.S.: É isso. A gente só aprende a ser filho depois que somos pais, só aprendemos a ser pais depois que somos avós...Enfim...só aprendemos a viver depois que já não temos mais vida...
E afinal...Nós ainda somos jovens demais!
(Affonso Romano de Sant'Anna)
A VIDA SEGUNDO CHARLES CHAPLIN
"A coisa mais injusta sobre a vida é a forma como ela termina.
Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás para a frente.
Nós deveriamos morrer primeiro, livrar-nos logo disso.
Daí viver num asílo, até ser chutado pra fora de lá por estarmos muito novos.
Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar.
Então trabalhamos 40 anos, até ficarmos novos o bastante para podermos aproveitar a reforma. Aí curtiamos tudo, bebemos bastante álcool, fazemos festas e preparamo-nos para a faculdade.
Vamos então para o colégio, temos vários namorados, somos crianças, não temos nenhuma responsabilidade, tornamo-nos bebezinhos de cólo, voltamos para o útero da mãe, passamos os últimos nove meses de vida flutuando....E termina tudo com um óptimo orgasmo!!!
Não seria perfeito?"
(Charles Chaplin)
"A coisa mais injusta sobre a vida é a forma como ela termina.
Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás para a frente.
Nós deveriamos morrer primeiro, livrar-nos logo disso.
Daí viver num asílo, até ser chutado pra fora de lá por estarmos muito novos.
Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar.
Então trabalhamos 40 anos, até ficarmos novos o bastante para podermos aproveitar a reforma. Aí curtiamos tudo, bebemos bastante álcool, fazemos festas e preparamo-nos para a faculdade.
Vamos então para o colégio, temos vários namorados, somos crianças, não temos nenhuma responsabilidade, tornamo-nos bebezinhos de cólo, voltamos para o útero da mãe, passamos os últimos nove meses de vida flutuando....E termina tudo com um óptimo orgasmo!!!
Não seria perfeito?"
(Charles Chaplin)
13/10/03
Ainda acerca do assunto "Paulo Pedroso", afinal não se fala de outra coisa, e por todo o "teatro" a que já assistimos, principalmente a sua saída da prisão directamente para o Parlamento, há quem diga que tem vergonha de ser português. Eu não! Quando muito, tenho vergonha dos nossos governantes.
E deixo aqui uma pergunta: Como pode um homem que é arguido num processo de crime de pedófilia (é certo que ainda não foi acusado), estar tranquilamente sentado no Parlamento, a participar nos destinos do nosso país?
Onde está a Moral, a Dignidade, os Principios e a Ética? Não há, sem dúvidas!!!
Não somos nós, o Povo, que devemos ter vergonha, mas sim aqueles que se sentam ao lado do dito senhor e consentem que ocupe aquele lugar.
Senhores governantes tenham vergonha.
Já não falta acontecer mais nada. Por este andar ainda vamos ver os arguidos deste vergonhoso processo, todos cá fora e os meninos da Casa Pia todos presos. Será?
E deixo aqui uma pergunta: Como pode um homem que é arguido num processo de crime de pedófilia (é certo que ainda não foi acusado), estar tranquilamente sentado no Parlamento, a participar nos destinos do nosso país?
Onde está a Moral, a Dignidade, os Principios e a Ética? Não há, sem dúvidas!!!
Não somos nós, o Povo, que devemos ter vergonha, mas sim aqueles que se sentam ao lado do dito senhor e consentem que ocupe aquele lugar.
Senhores governantes tenham vergonha.
Já não falta acontecer mais nada. Por este andar ainda vamos ver os arguidos deste vergonhoso processo, todos cá fora e os meninos da Casa Pia todos presos. Será?
10/10/03
Já tenho o meu blog. Só MEU!
Agora, já posso deitar cá para fora tudo o que me vai na alma...
Faz bem! É bom! É importante!
Nem sempre se pode dizer tudo o que queremos.
Mas agora tu serás o meu confidente...só MEU.
Não importa que os outros gostem do que escrevo, do que penso.
Tu vais compreender-me. Eu sei.
Agora, já posso deitar cá para fora tudo o que me vai na alma...
Faz bem! É bom! É importante!
Nem sempre se pode dizer tudo o que queremos.
Mas agora tu serás o meu confidente...só MEU.
Não importa que os outros gostem do que escrevo, do que penso.
Tu vais compreender-me. Eu sei.
Subscrever:
Mensagens (Atom)