11/01/05

Há alturas em que faço uma pausa no tempo.
Não é uma pausa tipo "Kit-Kat", é muito mais doce e dá muito mais prazer!
Desligo o botão do presente e vou refugiar-me no passado. Não em todo o meu passado, que já é um pouquinho longo. Mas num passado ainda recente, de que naturalmente fazes parte.
É como um filme, que se rebobina e vemos de novo, uma e outra vez, sem cansar. Porque se descobre sempre algo de novo, que nos escapou devido à atenção que se deu a outra imagem.
Vejo o «filme» desde o nosso primeiro momento. Esses momentos que já não lembras, e que eu não esqueço. Demos importâncias diferentes, a momentos iguais. Porque os protagonistas do filme sentem de forma desigual.
Apetece-me lembrar-te.
Algumas imagens são tão nitidas que vejo até a roupa que trazias em determinado dia, um qualquer que mais me marcou certamente, quando estivemos tão perto que consigo ver cada nervurinha da pele dos teus lábios, sinto o roçar dos teus cabelos macios no meu rosto, e o nariz ocupa-se com o teu delicioso aroma.
Fico-me por aqui, nos momentos que antecedem os movimentos nervosos que acompanham o tirar da roupa.
Se me atrever a descrever o que foi para além disso, certamente teria que colocar aquela bolinha vermelha no canto deste post.
Ficam para mim, nas minhas memórias.
Este recordar não me deixa ver para além da incerteza...
E haverá incerteza??