Tenho por hábito guardar alguns emails que me enviam. Aqueles que mais me tocam, outros que leio e guardo para reler mais tarde, outros porque não posso responder de imediato. Hoje como venho com a neura, aliás já saí com ela daqui ontem, resolvi dar uma vista de olhos por alguns deles, na verdade nem sei bem porquê. Talvez para encontrar algumas palavras que me animem, ou que me façam sorrir, sei lá!
De vários, destaquei este, que diz assim:
"Espero que tenhas passado a ponte com o teu sorriso interior vestido, porque o outro, aquele profissional que utilizas, já sei que o trazes à tira-colo.
Deixaste-me uma pergunta ontem. Para todas as perguntas há uma resposta rápida, simples e errada.
...
A forma como olhamos as relações afectivas é cada vez menos uma questão de género e mais uma questão cultural. Para nós filhos do século XX, vida e cinema vêm de mão dada. O cinema idealizou-nos a vida e a vida criou ideais cinematográficos. Por isso, o ideal de amor impossível está nas «Pontes de Madison County», e o do homem não correspondido no «Cyrano de Bergerac». Em ambos o amor é Para Sempre. E é sempre assim, quem ama. Quem ama, ama sempre para sempre. Já vi fitas reais mais complicadas, amores mais impossíveis. Histórias em que se entra de levezinho, não pensando muito, ao sabor da revelação, e donde depois não se sabe bem por onde sair, nem tão pouco se nos apetece sair.
...
Eu sei, eu sei, os corações são como os aparelhos dos partidos. Agarrando o que têm, não querem mudanças a não ser que se lhes garantam um novo leader ganhador.
Tu já sabes o que tens. Tu já sabes lucidamente o que vais ter. Podes ir ficando por aí. Mas mais cedo ou mais tarde - depende da resistência de cada um - o que não tem pernas, deixa mesmo de andar. E embora existam experiências valiosas, mas inconsequentes, que se guardam com muito carinho, deixa-las perpetuarem-se é martirizar e estragar uma boa recordação.
De vários, destaquei este, que diz assim:
"Espero que tenhas passado a ponte com o teu sorriso interior vestido, porque o outro, aquele profissional que utilizas, já sei que o trazes à tira-colo.
Deixaste-me uma pergunta ontem. Para todas as perguntas há uma resposta rápida, simples e errada.
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A forma como olhamos as relações afectivas é cada vez menos uma questão de género e mais uma questão cultural. Para nós filhos do século XX, vida e cinema vêm de mão dada. O cinema idealizou-nos a vida e a vida criou ideais cinematográficos. Por isso, o ideal de amor impossível está nas «Pontes de Madison County», e o do homem não correspondido no «Cyrano de Bergerac». Em ambos o amor é Para Sempre. E é sempre assim, quem ama. Quem ama, ama sempre para sempre. Já vi fitas reais mais complicadas, amores mais impossíveis. Histórias em que se entra de levezinho, não pensando muito, ao sabor da revelação, e donde depois não se sabe bem por onde sair, nem tão pouco se nos apetece sair.
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Eu sei, eu sei, os corações são como os aparelhos dos partidos. Agarrando o que têm, não querem mudanças a não ser que se lhes garantam um novo leader ganhador.
Tu já sabes o que tens. Tu já sabes lucidamente o que vais ter. Podes ir ficando por aí. Mas mais cedo ou mais tarde - depende da resistência de cada um - o que não tem pernas, deixa mesmo de andar. E embora existam experiências valiosas, mas inconsequentes, que se guardam com muito carinho, deixa-las perpetuarem-se é martirizar e estragar uma boa recordação.
Como diz Arnaldo Jabor: "Sexo é poesia e Amor é prosa". E a história da tua vida está escrita em prosa, só para os reis é que se escrevem uma quadras.
E a vida segue rente ao Mar. Todos trazemos amores gigantes e espantosos que não se concretizaram e amores felizes que fomos capazes de construir. Ambos são importantes no global da vida. Mas os segundos é que contam.
Eu não te conheço. Não sei se a tua letra é redonda ou deitada. Sei que és uma mulher de coragem, de poucas palavras e de uma grande generosidade. Sei que sabes procurar o que queres viver. E sei acima de tudo que mereces a felicidade.
A tua vida ainda vai no adro. Goza-a bem."