06/07/05

Ontem foi dia. Para esquecer.
Quando cheguei a casa, por sorte ou azar era dia de estar sózinha, até os gatos deram conta de que estava em dia «não» como tal, não ia haver muitas festas e pouca conversa.
Atirei-me para o cadeirão e ali fiquei, sem coragem até para pensar no que quer que fosse. Quando «acordei» daquele bloqueio, optei por antecipar a hora do banho, para dar algum alento ao corpo, já que pela alma pouco havia a fazer!
Jantar estava fora de questão. Ainda estava "empanturrada" com o almoço - não pelo que comi - mas devido à má educação, falta de principios e ética, de algumas pessoas. Acima de tudo, estava furiosa comigo mesma, por ainda permitir que essas pessoas que já conheço muito bem, conseguissem estragar o meu almoço. Adiante! Talvez pelo meu estado de espirito, ainda fui estragar o final de tarde, não satisfeita com o ocorrido ao almoço...
Depois do banho, resolvi ir dar uma volta de carro para refrescar as ideias. Fui até Azeitão.
De regresso a casa, depois de um copo de leite frio, com a Lhasa a fazer-me companhia, peguei no meu livro e após algumas curtas pausas para um cigarro, às 05.50H da manhã terminei de o ler!
Levantei-me do cadeirão, que ao fim de tantas horas já tinha as marcas do meu corpo, e pensei no que iria fazer até à hora de vir trabalhar.
Resolvi-me por mais um copo de leite e umas bolachas.
Sentia os nervos à flor da pele!
Fui tomar o banho da manhã e ainda enrolada na toalha sentei-me e então chorei.
Não sei por quanto tempo, mas precisava muito.
Quando me senti completamente vazia e já sem mais nada para chorar, disse cá para mim:
- Agora miúda vamos limpar essas lágrimas, lavar o rosto, pensar no que vais vestir e - a tarefa mais dificil - tentar ficar linda. Se não gostares de ti, quem gostará??
Na verdade, será que isso importa alguma coisa?
Ontem, até a porta do meu "refugio" encontrei fechada. Senti-me perdida e sem saber para onde ir.
Hoje...quem sabe ele não me abre uma janela, quando vier ver o sol!
Bom dia!!!