04/07/06

Sem dúvida nenhuma de que «quem vê caras, não vê corações».
Ontem almocei com um colega, com quem almoço muitas vezes, senão quase todos os dias.
É uma pessoa muito bem formada, bem disposta, muito brincalhão, bom colega, e um bom amigo.
Há dias, num dos nossos almoços - por acaso estavamos só os dois - ele teve um desabafo comigo sobre a sua vida privada. É daquelas coisas que não sabemos o que dizer, nem se há algo para se dizer, a quem nos está a fazer essa confidencia.
Aqui fica mais um «sinal» do que fazemos pelos filhos! E o que fazemos por eles, nunca é com intenção de recebermos algo em troca. Fazemos porque são nossos filhos e se afinal somos capaz de dar a vida por eles...
Mas por vezes dou comigo a pensar, se valerá a pena fazer "alguns" sacrificios pelos filhos - nomeadamente manter um casamento que já não é nada - porque afinal um dia eles seguem a sua vida inevitavelmente, e nós ficamos agarrados a algo que já deixou de existir há muito tempo.
E já não há tempo para recomeçar! Vamos simplesmente acomodando-nos...!