03/02/04

Já não espero nada.
O encanto quebrou-se. O desvendar do mistério, o construir do puzzle, peça a peça, deixou de fazer sentido.
A admiração que sentiste por alguém, não tinha corpo, nem rosto! Era um vazio!
Deu-se a descoberta, naquela noite fez-se luz.
Tudo que um dia começa, um dia acaba, com um sorriso, uma lágrima, um beijo, uma palavra, ou sem nada. Nem sempre importa como ou porquê.
Calam-se as palavras em muros altos de silêncios impostos.
O tempo teima em passar devagar, em horas, minutos que se arrastam e se esfumam, em mais um dia que chega ao fim.
Os sentimentos, independentemente da sua dimensão, transformam-se em dor, as lágrimas secam e fica a ferida aberta, que já não dói, mas que está lá, que não se esquece.
É apenas mais um dia em que te imagino, te recordo, te sinto, te desejo...que não te tenho.
Resta-me o pensamento, o meu, que te traz até aqui, sempre que me apeteces...