18/05/04

Nunca acreditei em amores eternos, aqueles que duram uma vida inteira, amores tipo Romeu e Julieta. Como tudo na vida, é um sentimento que nasce, existe durante algum tempo e naturalmente morre ou acaba por se transformar em amizade, em carinho. Quando na juventude nos apaixonamos, pensamos que é para sempre, mas com o passar dos anos, quando amamos alguém, já é de uma forma mais tranquila, sem ansiedade.
A vida e o passar dos anos, fazem-nos ver esse sentimento de forma bem diferente.
Mesmo quando não somos correspondidos, o "drama" é encarado e vivido sem desesperos, embora seja sempre algo que magoa, que dói, mas não se morre desse mal. É assim que penso acerca do tão falado, escrito e declamado amor, correndo o risco de estar errada! É certo, não digo o contrário, que é algo muito bom de sentir, faz-nos ver a vida mais bonita, mas se não é alimentado todos os dias, com palavras, com um gesto, com pequenos "nadas", sem dúvida que ele acaba por enfraquecer, por morrer. Esse sentimento, por grande e forte que seja, não resiste ao nada, acaba por se transformar em algo sofrido, que magoa, é uma espera que dói, é uma presença ausente, é saudade, é vazio. A indiferença dói! Muito!
Com alguém, eu aprendi a amar de novo, e amando estou a aprender a esquecer. Vou conseguir! Estou a conseguir!
Já é tempo de colocar os "pés no chão" e encarar a realidade.
A minha realidade!