26/11/07

Foto: Sergey Ryzhkov


As nossas vidas são filmes, pedaços de uma poesia qualquer, que logo se transforma em prosa ou citações, e uma vez por outra num monólogo, que partilhamos, damos, escrevemos aqui e ali, mostramos a quem mais queremos, são reflexos da alma, onde desejamos pintar o sol e estrelas que vamos desenhando e desejamos com toda a força alcançar, embora tantas vezes com o medo de não possuir as cores certas com que as pintar.
E tu fazes parte dessa história de vida, estás lembrado em momentos de magia, pequenos segredos só nossos, em sonhos e retratos tecidos pela imaginação. Gostar de ti em segredo.
Partilhámos tantos momentos, que hoje recordo com saudade mas com beleza, com um sorriso.
E neste momento - neste preciso momento - coloco aqui um ponto de interrogação, acerca de mim, de como sou (ou será de como era?), o que quero, o que espero, depois de ti? Sinto-me tremendamente frágil, incompleta, como aqui sou agora!
E uma força, vinda talvez de ti, que tento agarrar, diz-me para fechar a porta das fragilidades e sorrir a um futuro que embora seja ainda incerto, quero acolher abraçar com todas as forças.
Talvez resolva partir - não, nunca fugir - talvez em busca de nos encontrar num lugar que será sempre feito por nós.
E se um dia, houver uma última palavra, ou frase, para escrever, será sempre para ti...