Escreve-me nas linhas invisíveis do branco do teu quarto,
nos contornos da pele ainda salgada de um mar visitado a dois e só a dois.
Desenha-me a carvão no teu corpo molhado,
que o carvão nunca fixe, mas se deixe inundar por uma só gota salgada e se desintegre nela para te não manchar os poros de negro.
Pinta-me na tua mão com uma caneta azul, não escrevas o meu nome,
escreve-me a mim e às linhas que me limitam e que guardam o que de meu não podes ver,
sem que me escrevas primeiro em ti.
(Uma palavra vazia)