14/07/04

No final de cada dia, quando a noite está em silêncio, fumo o último cigarro à janela olhando o rio cor de prata, cor que a lua lhe empresta, nestas noite de verão. As noites mornas de que tanto gosto.
Nessa mistura de rio e sonho, de vazio e silêncio, é como se te visse ali, sentado ao meu lado, tão perto tu estiveste e dou asas à imaginação.
Imagino-me a dizer-te tantas coisas, que não disse nunca, que não direi nunca. Porque não posso, porque não queremos, porque não são necessárias as palavras. Imagino que me dás a tua mão, que aperto para que não fujas. Queria-te...aqui!
Só nos sonhos vens ter comigo, só neles me dás a tua mão, que seguro com força para não te deixar ir nunca mais. Mas nem nos sonhos tu ficas.
Tu vives nos meus sonhos e eu sonho em viver para ti.