04/06/05

Estivemos tão perto que ouvi o sabor da tua respiração.
Tinhas nas mãos as manhãs de sol e na pele as cores do arco iris.
O teu olhar refletia o meu sorriso e uma promessa. Aquela que nunca me farás...
E quando estamos tão perto, não te dás conta que nos meus olhos brilham todas as estrelas e que o sangue me ferve de felicidade no rosto, e me escalda nas mãos quando te toco.
São já tantas as hitórias que contigo vivi.
Já vimos o mesmo pôr do sol, já percorremos o mesmo caminho, pisamos as mesmas pedras.
Já nos deitamos na mesma cama, e os nossos corpos juntos, como se estivessem para além de nós mesmos, fizeram momentos de loucura, que me levam da realidade para um mundo onde tenho o que nunca me pertenceu...Tu!
Quando as palavras contornam o desejo e digo o teu nome, quando a minha boca desliza nos teus lábios, o meu corpo percorre o teu, as minhas mãos procuram as tuas, e o teu cheiro se entranha no meu sangue. Quando me entrego numa paixão incontrolável. Quando sou eu mesma, só para ti.
E quando parto, pergunto-me quanto tempo e histórias ainda temos para viver.
Porque eu nunca te vou perder. Não vou viver na angustia de ter perdido alguém que, afinal, nunca me pertenceu. Assim, serás sempre meu.
E enquanto a tua imagem me acompanha e desenhas esse sorriso, vejo um imenso areal, que percorremos juntos, onde escrevo o teu nome no meu.