Neste segundo. No minuto.
Nesta gota de eternidade da tua ausência...
Encontro-te.
Reencontro-te...
Na lembrança do sabor de um beijo teu
Nos meandros da minha boca!!
Boa noite.
"Um grande amor só pode existir à sombra de um grande sonho..." Mas quantos desses sonhos ficam perdidos no tempo...
29/09/06
28/09/06
Esta música hoje não me sai da cabeça.
É lindissima!
The Blower's Daughter
And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes...
And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes...
Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind...
My mind...my mind...
'Til I find somebody new
- Damien Rice -
É lindissima!
The Blower's Daughter
And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes...
And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes...
Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind...
My mind...my mind...
'Til I find somebody new
- Damien Rice -
27/09/06
A partir do momento em que dei conhecimento a alguém dos meus sentimentos, não me coíbo de os demonstrar através de gestos e palavras faladas ou escritas. Naturalmente que as minhas demonstrações quando estou com essa pessoa têm "peso e medida", porque penso que tudo o que é em excesso aborrece.
Mas por vezes, tenho uma necessidade absoluta de lhe dar um beijo, seja nas costas - adoro chegar-me a ele por trás, abraçá-lo pela cintura e dar-lhe um beijo nas costas - pode ser um beijo na testa, no rosto, os lábios, nas mãos, no pescoço, tanto faz! Uma festa nos cabelos, ou apenas ficar por instantes abraçada a ele em silêncio. Pequenas demonstrações que apetecem. Através de palavras faladas pouco ou nada transmito dos meus sentimentos. Uma vez por outra digo "gosto de ti, estupor". Apenas isso, num misto de brincadeira e sinceridade. Em resposta apenas um sorriso lindo. Falar de sentimentos é mais aqui. Escrevo!
Diz-se que «o gesto é tudo...», e é sem dúvida, mas quando se trata de sentimentos - de amor - as palavras ditas nos olhos da pessoa por quem o sentimos, têm uma grande força, e são difíceis de encarar, quando esse sentimento não é retribuído.
Mas por vezes, tenho uma necessidade absoluta de lhe dar um beijo, seja nas costas - adoro chegar-me a ele por trás, abraçá-lo pela cintura e dar-lhe um beijo nas costas - pode ser um beijo na testa, no rosto, os lábios, nas mãos, no pescoço, tanto faz! Uma festa nos cabelos, ou apenas ficar por instantes abraçada a ele em silêncio. Pequenas demonstrações que apetecem. Através de palavras faladas pouco ou nada transmito dos meus sentimentos. Uma vez por outra digo "gosto de ti, estupor". Apenas isso, num misto de brincadeira e sinceridade. Em resposta apenas um sorriso lindo. Falar de sentimentos é mais aqui. Escrevo!
Diz-se que «o gesto é tudo...», e é sem dúvida, mas quando se trata de sentimentos - de amor - as palavras ditas nos olhos da pessoa por quem o sentimos, têm uma grande força, e são difíceis de encarar, quando esse sentimento não é retribuído.
E é aqui que reside a minha dúvida: será que o facto de eu o dizer - mesmo que raramente - isso aborrece?
A mim não custa nada dizê-las e quando o faço é sempre com uma grande serenidade e um sorriso, porque jamais me envergonhei do que sinto. Talvez porque é sincero.
A mim não custa nada dizê-las e quando o faço é sempre com uma grande serenidade e um sorriso, porque jamais me envergonhei do que sinto. Talvez porque é sincero.
Penso que o importante é não criar embaraços desnecessários de parte a parte.
Há dias disseram-me: «tens que perceber que não sou bruto, só não quero magoar-te...». Na altura nada respondi, limitei-me a sorrir, e o meu sorriso foi um «eu sei».
Mas a verdade nunca me magoou. As mentirinhas piedosas, essas sim!
Sei distinguir o que é dito, ou escrito num sms, o porquê daquelas palavras, a dimensão do seu significado, a verdade e o tipo de sentimento que as acompanha. Mesmo aqueles sms que no momento me enchem o coração de alegria.
Sei distinguir o significado de um gesto, de amizade, de simpatia, de estima e nunca mais do que isso.
Sei distinguir o que é amar e ser retribuído! Ou não!
Nunca tive receio de demonstrar a sinceridade dos meus sentimentos.
Porque a verdade, será sempre a verdade!
Mesmo que seja uma verdade calada...!!!
26/09/06
Vejo-te todos os dias. Mesmo quando não estás. Permaneces sempre por perto.
Neste momento, nestes minutos de eternidade, condenso vários instantes recriando cada imagem nossa.
É como se uma tela projectasse traços do teu corpo que já decorei e sempre desejei.
Neste nosso «filme» haverá sempre pedaços inacabados de tudo e de nada...
Em voz baixa, quase num sussurro, digo que gosto de ti. Como se tivesse medo que essa verdade se transforme numa realidade - que já é afinal - que me assusta. Agora já não!
Será assim que te vou gostanto, até que esta chama se apague e dê lugar apenas a recordações, a memórias e saudades que viverei sem medos!
E quando te digo que gosto de ti, fica sempre o teu sorriso como resposta.
E no fim, a resposta do meu sorriso!!!
22/09/06
20/09/06
Neste «mundo» da blogosfera poucos são os blogues que estão identificados. Que sabemos quem os escreve. São poucos, muito poucos, os amigos que sabem que tenho um. É um «cantinho» só meu, onde escrevo o que muito bem me apetece. Há algum tempo, um amigo que também tem um e que também não está identificado, me perguntava porque será que nos «escondemos» atrás de um nome que não é??
Através do hotmail, uma ou outra pessoa, vai entrando em contacto connosco. Aliás, foi assim que conheci um Miúdo fantástico, ele sabe de quem estou a falar.
Hoje estou aqui a falar sobre o mundo dos blogues, porque recebi um mail de alguém que não conheço. Tenho por hábito responder a quem me escreve e me manda uma opinão ou apenas uma palavra simpática. Ao senhor que me escreveu, e que se identifica, vou responder aqui através deste post.
É certo que na blogosfera - os blogues são como as cerejas - vamos descobrindo uns através de outros, e outros. Encontramos textos fantásticos, muito bons, sobre vários temas e outros menos bons, onde pessoas escrevem o que lhes dá na «real gana».
Penso que os blogues são como o nosso «espelho» da alma. E encontramos vários espelhos, de diversos tamanhos, feitios e reflexos. Há já algum tempo encontrei um blogue que transmitia a quem o lia, uma revolta enorme contra a vida e contra a mulher que essa pessoa amava. As palavras ali escritas eram de uma violência, desespero, angustia, e sofrimento que afligia. E há outros que transbordam amor, paixão, desejo por alguém, que chegamos a desejar viver também aquela experiência.
Mas no mundo da blogosfera só há o encanto das palavras escritas, não há espaço para a imagem, o corpo, o aspecto físico de quem aqui desabafa. E por vezes, fazemos uma imagem distorcida de quem lemos, que imaginamos à nossa maneira! Construímos uma pessoa, pela forma como ela escreve, e esse ser que nos apaixona pelas palavras será como nós o imaginamos? Corresponderá totalmente à imagem por nós «fabricada» e desejada?
Será realmente importante dar um corpo àquelas palavras? Uma imagem?
Porque já conhecemos uma parte da sua vida, do que pensa, se é feliz ou não, achamos que a imagem dessa pessoa tem «peso» para seu conhecimento total e absoluto.
E se um dia a chegarmos a conhecer fisicamente, a paixão pelas suas palavras resistirá ao confronto com a realidade, que poderá ser diferente - para melhor ou pior - do que imaginamos?
Normalmente quando conhecemos alguém, por quem nos sentimos atraídos, a sua imagem é o primeiro encanto, depois vem tudo o resto, o som da sua voz, a intensidade do seu olhar, a sedução do toque, o encanto do seu odor.
Através do hotmail, uma ou outra pessoa, vai entrando em contacto connosco. Aliás, foi assim que conheci um Miúdo fantástico, ele sabe de quem estou a falar.
Hoje estou aqui a falar sobre o mundo dos blogues, porque recebi um mail de alguém que não conheço. Tenho por hábito responder a quem me escreve e me manda uma opinão ou apenas uma palavra simpática. Ao senhor que me escreveu, e que se identifica, vou responder aqui através deste post.
É certo que na blogosfera - os blogues são como as cerejas - vamos descobrindo uns através de outros, e outros. Encontramos textos fantásticos, muito bons, sobre vários temas e outros menos bons, onde pessoas escrevem o que lhes dá na «real gana».
Penso que os blogues são como o nosso «espelho» da alma. E encontramos vários espelhos, de diversos tamanhos, feitios e reflexos. Há já algum tempo encontrei um blogue que transmitia a quem o lia, uma revolta enorme contra a vida e contra a mulher que essa pessoa amava. As palavras ali escritas eram de uma violência, desespero, angustia, e sofrimento que afligia. E há outros que transbordam amor, paixão, desejo por alguém, que chegamos a desejar viver também aquela experiência.
Mas no mundo da blogosfera só há o encanto das palavras escritas, não há espaço para a imagem, o corpo, o aspecto físico de quem aqui desabafa. E por vezes, fazemos uma imagem distorcida de quem lemos, que imaginamos à nossa maneira! Construímos uma pessoa, pela forma como ela escreve, e esse ser que nos apaixona pelas palavras será como nós o imaginamos? Corresponderá totalmente à imagem por nós «fabricada» e desejada?
Será realmente importante dar um corpo àquelas palavras? Uma imagem?
Porque já conhecemos uma parte da sua vida, do que pensa, se é feliz ou não, achamos que a imagem dessa pessoa tem «peso» para seu conhecimento total e absoluto.
E se um dia a chegarmos a conhecer fisicamente, a paixão pelas suas palavras resistirá ao confronto com a realidade, que poderá ser diferente - para melhor ou pior - do que imaginamos?
Normalmente quando conhecemos alguém, por quem nos sentimos atraídos, a sua imagem é o primeiro encanto, depois vem tudo o resto, o som da sua voz, a intensidade do seu olhar, a sedução do toque, o encanto do seu odor.
Aqui, só existem palavras. Escritas, nem sequer faladas. Palavras mudas! Sem timbre.
Aqui, por opção de alguns, escondemo-nos. Outros, também por opção têm rosto e um nome verdadeiro.
O Paulo, construiu uma imagem física da mulher que aqui escreve. Pelas suas palavras é uma imagem sedutora. E isso não quer dizer que seja a minha. A real. A verdadeira.
Não, não existe a possibilidade de um dia nos olharmos. Fique com a imagem que criou para consumo próprio, porque nem tudo é o que parece...! Não lamente por não lhe ligar - mandou-me o seu número - nem está nos meus planos seduzi-lo, conforme me solicitou! Todas as palavras que aqui deixo, bonitas ou não, mas sinceras acima de tudo, têm destinatário, alguém que tem um nome e um rosto! Não é apenas imaginação minha! Existe!
Já agora convém não esquecer que afinal, pode passar muito tempo até que a nossa imagem ou aparência não seja mais uma construção mas, antes, um espelho de nós próprios, sem medos nem pudores.
Fica aqui o meu obrigada pelo seu simpático mail.
What a Wonderful World
I see trees of green, red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself, what a wonderful world.
I see skies of blue and clouds of white
The bright blessed day, the dark sacred night
And I think to myself, what a wonderful world.
The colors of the rainbow, so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by
I see friends shaking hands, saying, "how do you do?"
They're really saying, "I love you"
I hear babies cry, I watch them grow
They'll learn much more, than I'll never know
And I think to myself, what a wonderful world
Yes, I think to myself, what a wonderful world.
- Loius Armstrong -
Hoje acordei assim - vá-se lá saber porquê - e a caminho do serviço ouvi esta música.
Coincidências...??
I see trees of green, red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself, what a wonderful world.
I see skies of blue and clouds of white
The bright blessed day, the dark sacred night
And I think to myself, what a wonderful world.
The colors of the rainbow, so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by
I see friends shaking hands, saying, "how do you do?"
They're really saying, "I love you"
I hear babies cry, I watch them grow
They'll learn much more, than I'll never know
And I think to myself, what a wonderful world
Yes, I think to myself, what a wonderful world.
- Loius Armstrong -
Hoje acordei assim - vá-se lá saber porquê - e a caminho do serviço ouvi esta música.
Coincidências...??
19/09/06
Acabadinha de ouvir, interpretada por Elvis Costello, como só ele a sabe cantar.
She
May be the face I can't forget
A trace of pleasure I regret
May be my treasure or the price
I have to pay
She may be the song that summer sings
May be the chill that automn brings
May be a hundred different things
Within the measure of the day
She
May be the beauty or the beast
May be the famine or the feast
May turn each day into heaven or a hell
She may be the mirror of my dreams
A smile reflected in a stream
She may not be what
She may seem inside her shell
She
Who always seems so happy in a crowd
Whose eyes can be so private and so proud
No one's allowed to see them when they cry
She may be the love that cannot hope to last
May come to me from shadows of the past
That I'll remember till the day I die
She
May be the reason I survive
The why and wherefore I'm alive
The one I'll care for through the rough and ready years
Me I'll take her laughter and her tears
And make them all my souvenirs
For where she goes I've got to be
The meaning of my life is
She...
- Elvis Costello -
She
May be the face I can't forget
A trace of pleasure I regret
May be my treasure or the price
I have to pay
She may be the song that summer sings
May be the chill that automn brings
May be a hundred different things
Within the measure of the day
She
May be the beauty or the beast
May be the famine or the feast
May turn each day into heaven or a hell
She may be the mirror of my dreams
A smile reflected in a stream
She may not be what
She may seem inside her shell
She
Who always seems so happy in a crowd
Whose eyes can be so private and so proud
No one's allowed to see them when they cry
She may be the love that cannot hope to last
May come to me from shadows of the past
That I'll remember till the day I die
She
May be the reason I survive
The why and wherefore I'm alive
The one I'll care for through the rough and ready years
Me I'll take her laughter and her tears
And make them all my souvenirs
For where she goes I've got to be
The meaning of my life is
She...
- Elvis Costello -
18/09/06
Sou pessoa de poucas palavras, sobre mim. Uma coisa é o que aqui escrevo e quem me lê não sabe - poucos sabem - quem sou!
Com os amigos e até com a familia, sou pessoa de muito poucas palavras sobre a minha vida. Faço sempre por parecer que tudo está bem e raramente choro no ombro seja de quem for. A minha vida tenho eu que a resolver, só a mim diz respeito.
No entanto, e hoje ao terminar do dia, chego à conclusão que mesmo assim eu falo demais. Tenho que ter mais cuidado.
Não me vou esquecer do que hoje aprendi. Uma vez mais!
Até amanhã!!!
15/09/06
CADA LUGAR TEU
Sei de cor cada lugar teu
Atado em mim, a cada lugar meu
Tento entender o rumo que a vida nos fez tomar
Tento esquecer a mágoa
Guardar só o que é bom de guardar.
Pensa em mim protege o que te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
Sem ter defesas que me façam falhar
Nesse lugar mais dentro
Onde só chega quem não tem medo de naufragar.
Fica em mim que hoje o tempo dói
Como se arrancassem tudo o que já foi
E até o que virá e até o que eu sonhei
Diz-me que vais guardar e abraçar
Tudo o que eu te dei.
Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
E o mundo nos leve pra longe de nós
E que um dia o tempo pareça perdido
E tudo se desfaça num só gesto.
Eu vou guardar cada lugar teu
Ancorado em cada lugar meu
E hoje apenas isso me faz acreditar
Que eu vou chegar contigo
Onde só chega quem não tem medo de naufragar.
- Mafalda Veiga -
No regresso a casa ontem, ouvi esta música.
Apeteceu-me hoje colocá-la aqui!!!
Sei de cor cada lugar teu
Atado em mim, a cada lugar meu
Tento entender o rumo que a vida nos fez tomar
Tento esquecer a mágoa
Guardar só o que é bom de guardar.
Pensa em mim protege o que te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
Sem ter defesas que me façam falhar
Nesse lugar mais dentro
Onde só chega quem não tem medo de naufragar.
Fica em mim que hoje o tempo dói
Como se arrancassem tudo o que já foi
E até o que virá e até o que eu sonhei
Diz-me que vais guardar e abraçar
Tudo o que eu te dei.
Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
E o mundo nos leve pra longe de nós
E que um dia o tempo pareça perdido
E tudo se desfaça num só gesto.
Eu vou guardar cada lugar teu
Ancorado em cada lugar meu
E hoje apenas isso me faz acreditar
Que eu vou chegar contigo
Onde só chega quem não tem medo de naufragar.
- Mafalda Veiga -
No regresso a casa ontem, ouvi esta música.
Apeteceu-me hoje colocá-la aqui!!!
Jantei ontem e almocei hoje com o meu amigo do Porto.
É algo que me dá um prazer imenso, estar descontraida e sem olhar para o relógio, a conversar com alguém de quem gosto muito.
Somos amigos há trinta e dois anos. Isso mesmo! É já muito tempo. Como tal temos muito para partilhar. Falámos das nossas vidas no momento, falámos de nós - descobri hoje que ele joga golfe, e na verdade não imaginava que ele gostasse desse desporto, acho que não tem nada a ver com ele, surpresa! - contamos novidades de amigos comuns, recordamos o passado - ele falou-me de coisas que já não me lembrava, e vice-versa - ainda nos rimos com o facto de haver momentos nas nossas vidas, que ficam marcados em nós definitivamente, situações que hoje, vistas a esta distância as achamos sem importância nenhuma. O que é certo é que ficaram na memória!
- E quando praticavamos vela, lembraste quando viramos o teu barco pela primeira vez? Gritaste até entrares na água!
- Vocês foram mauzinhos. Fizeram de propósito.
- Tinhas que ter o teu baptismo na vela! Sabes do que me lembro muito bem? Quando te conheci e te perguntei que idade tinhas, quando me disseste, estive a rir quase meia hora. Tu a certa altura perguntaste "qual era a graça", então eu expliquei, que parecias muito mais velha. Nem queria acreditar. É engraçado porque hoje é exactamente o contrário, pareces mais nova.
- É isso mesmo. Comigo o tempo anda para trás!
Belos tempos de crianças e adolescentes, sem preocupações!
Na verdade passámos umas horas óptimas de conversa, entre dois bons amigos.
Mesmo quando nos breves momentos de silêncio entre nós, ele me olhava... com aquele olhar que já lhe conheço tão bem.
- Sabes miúda, tenho saudades de ti...!
- Ou será de nós??
Boa viagem de regresso!!!
Para descontrair...
Um homem utiliza uma média de 1.500 palavras por dia, enquanto as mulheres usam no mínimo 3.000 palavras (o dobro).
No congresso onde este estudo foi apresentado, uma mulher levantou-se e disse:
- Lógico que as mulheres falam o dobro dos homens. Nós temos que repetir tudo o que dizemos para que os homens entendam.
E o orador perguntou: - Como assim??
Palavras...
- in O Outro Lado da Carne -
"Às vezes sento-me sozinho e fumo-as... puxo por uma, tiro um fósforo e acendo-a até sentir o seu calor invadir-me a garganta. E fumo-as como quem fuma um solitário cigarro.
As palavras são em muito como o tabaco. Assim que as acendo desaparecem como fumo enfeitiçado que dança até já não o conseguir ver mais. E quando desaparecem deixam de ser palavras para serem apenas ar que outros irão respirar..."
- in O Outro Lado da Carne -
14/09/06
Há pouco um amigo do Porto, ligou-me a dizer que estava a caminho de Lisboa, e que ainda chegava a tempo de jantarmos.
Antes de desligar lembrei-lhe que, embora ele tenha um automóvel que não foi feito propriamente para andar devagar, que não se esquecesse que ele não é ministro de "coisa nenhuma" como tal não devia ultrapassar os limites de velocidade permitidos.
Afinal estamos num país em que só os elementos do governo podem circular nas auto-estradas a
mais de 200 kms/hora, serem interceptados pela GNR...e autorizados a seguir, como se nada tivesse acontecido.
Como tal...cuidado miúdo!!!
Até logo.
Ontem, dois colegas - que estão aqui mesmo ao meu lado - festejaram os seus aniversários. Aliás este mês por aqui, parece mesmo o «sempre em festa».
Depois dos petiscos, da fatia de bolo e do champagne, estavamos alguns em amena cavaqueira e falou-se de signos.
E, naturalmente, cada um acha que o signo a que pertence é sempre melhor que o do outro.
A certa altura perguntam-me qual é o meu signo.
Ora muito bem, o meu signo é o melhor do Zodiaco. E para que ninguém duvide do que estou a dizer, fiquem a saber que pertenço ao mesmo signo que Jesus Cristo!!!
Alguma duvida???
Depois dos petiscos, da fatia de bolo e do champagne, estavamos alguns em amena cavaqueira e falou-se de signos.
E, naturalmente, cada um acha que o signo a que pertence é sempre melhor que o do outro.
A certa altura perguntam-me qual é o meu signo.
Ora muito bem, o meu signo é o melhor do Zodiaco. E para que ninguém duvide do que estou a dizer, fiquem a saber que pertenço ao mesmo signo que Jesus Cristo!!!
Alguma duvida???
13/09/06
12/09/06
Se há coisa que gosto de ler no Diário de Noticias é a secção de "Opinião". Devido à velha «mania» de guardar recortes, lá vou encontrando alguns engraçados.
Deixo aqui , escrito por Pedro Lomba - e porque certamente já aconteceu a muitos de nós - o seguinte:
SMS
Nós vivemos uma época acelerada, publicitária, aforística. Uma época de coisas transitórias, da síntese e da rapidez. Não há tempo. Viro-me para o lado e encontro gente com horários planificados, como se fossem kolkhozes soviéticos. Romances de 500 páginas são um anacronismo. Tudo o que demore horas representa um custo insuportável os melhores são quem executa mais depressa. Por isso, nesta civilização obcecada com o movimento não surpreende que as mensagens de telemóvel, os famosos SMS, sejam tão populares. Esta forma de comunicação curta e abreviada adaptou-se com perfeição à vida das pessoas. Há quem desconfie dos SMS, argumentando com a trivialidade e com a ortografia da coisa. Eu gosto de enviar e receber SMS, porque penso que a maioria do que temos para dizer aos outros não justifica um telefonema. Chega uma frase, uma palavra, uma insinuação. E cada um vai à sua vida.
Mas parece-me útil deixar um aviso: os SMS transportam perigos sérios em que devíamos meditar. Por duas ou três vezes enviei mensagens a pessoas erradas. Já fui salivante com amigos machos. Já insultei quem não merecia. E um ou outro amigo quase implodiu a vida dele por ter falhado o número do destinatário. Não se trata de desumanização própria deste meio de escrita ( a nossa desumanidade não tem cura). É a hipótese do erro irreparável, da grosseria sem retorno, da imagem destruída. O telemóvel pôs-nos mais perto uns dos outros mas os SMS, como aliás os e-mails, são uma ameaça ao nosso direito ao erro, à nossa repulsa pelo rigor e pela infalibilidade. As velhas cartas que escrevíamos não eram uma ameaça. Podiam ser destruídas enquanto não chegavam ao destino. O carteiro podia falhar. O remetente podia enganar-se. Os destinatários podiam ausentar-se de casa. Equívocos, desencontros, tudo isso era frequente. Conheço casamentos que se salvaram por cartas transviadas, porque, simplesmente, ela não chegou a ler. Os SMS são instantâneos e provocam estragos instantâneos.
Cuidado.Deixo aqui , escrito por Pedro Lomba - e porque certamente já aconteceu a muitos de nós - o seguinte:
SMS
Nós vivemos uma época acelerada, publicitária, aforística. Uma época de coisas transitórias, da síntese e da rapidez. Não há tempo. Viro-me para o lado e encontro gente com horários planificados, como se fossem kolkhozes soviéticos. Romances de 500 páginas são um anacronismo. Tudo o que demore horas representa um custo insuportável os melhores são quem executa mais depressa. Por isso, nesta civilização obcecada com o movimento não surpreende que as mensagens de telemóvel, os famosos SMS, sejam tão populares. Esta forma de comunicação curta e abreviada adaptou-se com perfeição à vida das pessoas. Há quem desconfie dos SMS, argumentando com a trivialidade e com a ortografia da coisa. Eu gosto de enviar e receber SMS, porque penso que a maioria do que temos para dizer aos outros não justifica um telefonema. Chega uma frase, uma palavra, uma insinuação. E cada um vai à sua vida.
Mas parece-me útil deixar um aviso: os SMS transportam perigos sérios em que devíamos meditar. Por duas ou três vezes enviei mensagens a pessoas erradas. Já fui salivante com amigos machos. Já insultei quem não merecia. E um ou outro amigo quase implodiu a vida dele por ter falhado o número do destinatário. Não se trata de desumanização própria deste meio de escrita ( a nossa desumanidade não tem cura). É a hipótese do erro irreparável, da grosseria sem retorno, da imagem destruída. O telemóvel pôs-nos mais perto uns dos outros mas os SMS, como aliás os e-mails, são uma ameaça ao nosso direito ao erro, à nossa repulsa pelo rigor e pela infalibilidade. As velhas cartas que escrevíamos não eram uma ameaça. Podiam ser destruídas enquanto não chegavam ao destino. O carteiro podia falhar. O remetente podia enganar-se. Os destinatários podiam ausentar-se de casa. Equívocos, desencontros, tudo isso era frequente. Conheço casamentos que se salvaram por cartas transviadas, porque, simplesmente, ela não chegou a ler. Os SMS são instantâneos e provocam estragos instantâneos.
- Pedro Lomba in Diario de Noticias -
Ao almoço eramos os quatro do costume.
O «chefe» e eu comemos umas sardinhas que estavam gordinhas, óptimas - estão a acabar como tal há que aproveitar - houve quem comesse pataniscas de bacalhau e carne de porco alentejana, vinho tinto q.b., melão e café.
O almoço foi deveras divertido e até se falou em marmelada. Exactamente, das duas variedades, ou seja, de marmelo e da outra...!!
Alguém disse que tem tanto em casa quem vai trazer para quem precisar e apreciar!!!
Depois do repasto, adivinhem!? Isso mesmo... fomos jogar matraquilhos!!!
Primeiro jogo:
Benfica 5 - Sporting 3
Segundo jogo:
Benfica 0 - Sporting 8
Terceiro jogo
Benfica 1 - Sporting 7
Irra!! Nem aos matraquilhos...
A coisa não está nada fácil!!
Espero que o vosso almoço tenha sido tão bom e bem disposto como o nosso.
Recebi um mail, que circula por aí. Achei piada e penso que apesar da brincadeira é importante pensar nisto, vou partilhá-lo com quem por aqui passar.
Diz assim:
Diz assim:
UMA PAUSA..............
Um pai entrou no quarto da sua filha e encontrou uma carta sobre a cama que dizia assim:
"Queridos Pais
Com muita pena vos digo que fugi com o meu namorado, encontrei o amor da minha vida. Estou absolutamente fascinada com os seus piercings, cicatrizes e tatuagens. Mas não é só, estou grávida. Aprendi que a marijuana e a cocaína não fazem mal a ninguém. Só rezo para que a ciência encontre a cura da sida, o Joaquim merece. Não se preocupem com o dinheiro, o Joaquim conseguiu que eu entrasse em filmes com outros amigos, posso ganhar 50.00€ por hora, se for com mais de três homens são 200.00€ e pode ir até aos 300.00€. Não te preocupes mãe, já tenho 15 anos e sei cuidar de mim mesma...
Com muito carinho da vossa querida filha.
PS: Pai, é uma brincadeira, estou a ver televisão na casa da vizinha, só queira mostrar-te que há coisas piores na vida que as minhas notas."
RESPOSTA DO PAI:
"Dei a tua carta a ler à tua mãe, teve um AVC e foi internada de urgência, está entre a vida e a morte. Por causa disso, e a conselho dos advogados, foste retirada do testamento. Todas as coisas do teu quarto foram doadas e também mudamos a fechadura da porta da nossa casa. Não tentes fazer pagamentos por multibanco, porque a conta foi cancelada. Demos também baixa do teu telemóvel. Demos a tua colecção de cd's ao anormal do 5º andar. Podes começar também a pensar em trabalhar, com a tua idade, e com esse corpinho, estou certo que trabalho não te vai faltar, apesar da concorrência das brasileiras.
Enfim, espero que sejas muito feliz na tua nova vida.
PS: Filha querida, claro que é tudo uma brincadeira, a tua mãe está aqui ao meu lado a ver a novela. Só queriamos mostrar-te que há coisas bem piores que passares as próximas 3 semanas sem sair de casa, sem ir à internet e sem ver televisão, por causa das tuas notas e da tua brincadeira."
11/09/06
Os Sete Poderes
Uma vez por outra, faço uma busca através da internet sobre novos livros. No endereço «wharton.universia.net» - deparei-me com um livro - que de momento só está disponivel em inglês e espanhol - e que tem como titulo "Os Sete Poderes" de Alex Rovira. Fiquei bastante curiosa e espero que em breve seja editado no nosso país.
Diz assim:
"Dizia Andersen que os contos são escritos para que as crianças durmam, mas também para que os adultos despertem." Pensando nisso, Alex Rovira, professor da Esade, decidiu que o seu mais recente livro seria um conto, e não uma mera exposição de teorias de gestão. Em Os Sete Poderes, Rovira decidiu trabalhar com personagens típicos de uma história medieval para explicar os sete valores fundamentais que definem um líder, mas igualmente necessários para moldar a personalidade de crianças e adultos que deverão enfrentar, sem medo e com sucesso, os desafios diários da vida. Rovira explica o que significam Os Sete Poderes - coragem, responsabilidade, propósito, humildade, confiança, amor e cooperação - através de uma simples história cuja ideia principal, como dizia Schopenhauer, é a de que "o destino embaralha as cartas, mas quem joga somos nós."
.......
Os conselhos dos cavaleiros mostram como a pessoa deve enfrentar os desafios que a esperam, "por mais difíceis que sejam as circunstâncias que nos rodeiam, devemos sempre adotar uma atitude positiva". Uma outra personagem afirma que "a verdadeira força está na acção, na tentativa e na aprendizagem por meio do erro". Outra personagem vai um pouco mais além e diz que "juntamente com a vida, recebemos dois dons: tempo e liberdade de escolha. É preciso investir com inteligência no tempo, porém o mais importante é que as escolhas sejam feitas de acordo com os ditames do coração. A compaixão por nós demonstrada rege não apenas o nosso destino, mas também o destino de muitas outras pessoas, já que não estamos sózinhos e tudo quanto fazemos afecta directa ou indirectamente os outros. Escolha sempre na vida o caminho do amor, o caminho do coração, já que não há homem a quem o amor não torne valente ou não transforme em herói".
De seguida há um resumo dos Sete Valores, a que o autor se refere:
Coragem
Diz o autor que "coragem não é simples ausência de medo, e sim a consciência de que existe algo pelo qual vale a pena arriscar. A coragem transforma a ameaça em oportunidade".
Diz assim:
"Dizia Andersen que os contos são escritos para que as crianças durmam, mas também para que os adultos despertem." Pensando nisso, Alex Rovira, professor da Esade, decidiu que o seu mais recente livro seria um conto, e não uma mera exposição de teorias de gestão. Em Os Sete Poderes, Rovira decidiu trabalhar com personagens típicos de uma história medieval para explicar os sete valores fundamentais que definem um líder, mas igualmente necessários para moldar a personalidade de crianças e adultos que deverão enfrentar, sem medo e com sucesso, os desafios diários da vida. Rovira explica o que significam Os Sete Poderes - coragem, responsabilidade, propósito, humildade, confiança, amor e cooperação - através de uma simples história cuja ideia principal, como dizia Schopenhauer, é a de que "o destino embaralha as cartas, mas quem joga somos nós."
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Os conselhos dos cavaleiros mostram como a pessoa deve enfrentar os desafios que a esperam, "por mais difíceis que sejam as circunstâncias que nos rodeiam, devemos sempre adotar uma atitude positiva". Uma outra personagem afirma que "a verdadeira força está na acção, na tentativa e na aprendizagem por meio do erro". Outra personagem vai um pouco mais além e diz que "juntamente com a vida, recebemos dois dons: tempo e liberdade de escolha. É preciso investir com inteligência no tempo, porém o mais importante é que as escolhas sejam feitas de acordo com os ditames do coração. A compaixão por nós demonstrada rege não apenas o nosso destino, mas também o destino de muitas outras pessoas, já que não estamos sózinhos e tudo quanto fazemos afecta directa ou indirectamente os outros. Escolha sempre na vida o caminho do amor, o caminho do coração, já que não há homem a quem o amor não torne valente ou não transforme em herói".
De seguida há um resumo dos Sete Valores, a que o autor se refere:
Coragem
Diz o autor que "coragem não é simples ausência de medo, e sim a consciência de que existe algo pelo qual vale a pena arriscar. A coragem transforma a ameaça em oportunidade".
Quando o protagonista do conto se vê perante diante de um dragão, aprende a lição de que não é mais valente quem se lança numa batalha perdida de antemão, e sim aquele que pensa e medita até compreender a natureza do inimigo.
Responsabilidade
O autor define a responsabilidade como a "capacidade de reagir aos erros, mudanças, fracassos e crises que a vida nos apresenta. O verdadeiro sucesso não ocorre a menos que sejamos responsáveis e vivamos todo o revés como uma grande oportunidade de aprendizagem".
Não basta apenas ser responsável com os demais, é preciso ser responsável também com os princípios pessoais e com os valores que acreditamos defender para o bem da nossa causa, embora, não raramente, nos induzam em erro.
Propósito
É "vontade e entrega para que um sonho se torne realidade. Mais faz quem deseja do que quem pode". Este valor está intimamente relacionado com a responsabilidade, já que "a verdadeira realização, o verdadeiro sucesso, não é possível a não ser que tenhamos a liberdade de fracassar. Só quem se atreve a fracassar é capaz de tornar reais sonhos que , aparentemente, são impossíveis".
Humildade
"A humildade permite-nos ver as coisas como elas são, sem as deformações geradas pela lente da vaidade. A vaidade cega, a humildade revela". Assim define o autor o quarto poder. Se há uma acusação que há décadas pesa sobre directores e empresários é a falta de humildade. Para o autor, "as pessoas verdadeiramente poderosas são muito humildes".
Confiança
O autor diz que "a confiança é o que nos permite aceitar desafios aparentemente impossíveis e superá-los. A confiança é a força que nos ergue à altura dos nossos desejos. É necessário conhecermo-nos a nós próprios, identificar os pontos fortes e fracos, mas o importante é seguir em frente e ter confiança em si mesmo. "Fracassarás se seguires por onde vais! Se não te arriscares, não vencerás na vida!".
"Se não nos arriscarmos, ficaremos acorrentados ao medo de fracassar".
Amor
Para o autor, "o maior dos poderes é o amor, que se manifesta na acção conjunta de pessoas que unem os seus talentos para que os sonhos de cada um, e o de todos, se tornem realidade em prol do bem geral. Dele brotam todos os demais poderes". O amor está fortemente ligado à paixão de realizar uma façanha ou enfrentar um desafio."
União e cooperação
"Qualquer poder, se não se baseia na união, é frágil. Sem cooperação não há progresso e tampouco prosperidade". Para o autor, não se deve entender o progresso como uma lei que permitiria o domínio sobre o outro, e sim como um processo de excelência pessoal e de serviço ao próximo. Essa união é consequência do poder anterior, o amor. A figura do líder adquire aqui relevância especial como catalisador dessa equipe que trabalhará unida para superar qualquer desafio".
Os Sete Poderes apresenta, sob o inocente véu de um conto infantil, os elementos chave para que cada um empreenda a sua própria aventura, revestido-se da coragem necessária para tomar nas mãos as rédeas de um destino que pertence exclusivamente a cada um de nós.
Depois deste resumo - alargado - digam lá que não concordam que vai valer a pena ler esta obra???
08/09/06
De que se alimenta o amor, esse sentimento tão desejado por todos, tão estranho nas formas de se manifestar, que causa alegria, sorrisos e lágrimas?
Por quanto tempo é possível a esse sentimento alimentar-se de beijos desejados e nunca sentidos, de abraços apertados de braços que nunca nos rodearam, e de carícias inventadas e reinventadas pela imaginação carente de quem desconhece o doce sabor de o receber?
Poderá ele sobreviver a ausências, a saudades, a desejos contidos, a olhares perdidos lá longe, a palavras nunca ouvidas, a gestos retribuídos quase mecânicos, à não iniciativa de um afago?
O amor é partilhar o silêncio quando as palavras não são precisas, é a carícia na perna que descança no nosso colo - e sentimos que amamos até cada dedo daquele pé - é guardar a última imagem de quem se gosta, o aveludado da voz qual música suave quando nos dizem «até amanhã», é sentirmos nas veias o tédio das horas que passam quando estamos longe, é o sorriso cúmplice à mesa, é a importância do mínimo carinho.
Por quanto tempo poderá resistir à esperança que não temos?
Por quanto tempo é possível a esse sentimento alimentar-se de beijos desejados e nunca sentidos, de abraços apertados de braços que nunca nos rodearam, e de carícias inventadas e reinventadas pela imaginação carente de quem desconhece o doce sabor de o receber?
Poderá ele sobreviver a ausências, a saudades, a desejos contidos, a olhares perdidos lá longe, a palavras nunca ouvidas, a gestos retribuídos quase mecânicos, à não iniciativa de um afago?
O amor é partilhar o silêncio quando as palavras não são precisas, é a carícia na perna que descança no nosso colo - e sentimos que amamos até cada dedo daquele pé - é guardar a última imagem de quem se gosta, o aveludado da voz qual música suave quando nos dizem «até amanhã», é sentirmos nas veias o tédio das horas que passam quando estamos longe, é o sorriso cúmplice à mesa, é a importância do mínimo carinho.
Por quanto tempo poderá resistir à esperança que não temos?
Por quanto tempo suportará a busca incessante de um ponto de referência no outro?
Por quanto tempo continuará a fazer de conta, que não importa a longa espera de nada, que já não há como seguir em frente - nem inversão de marcha - que o caminho escolhido não leva a lado nenhum, não leva até ti, vais sempre à frente, mais distante.
E cada dia que passo contigo tem o doce sabor a vitória - como se fizessemos parte de um jogo - que procuro ganhar uma e outra vez - sempre - embora com a certeza que te vou perdendo pelo meio.
Por quanto tempo continuará a fazer de conta, que não importa a longa espera de nada, que já não há como seguir em frente - nem inversão de marcha - que o caminho escolhido não leva a lado nenhum, não leva até ti, vais sempre à frente, mais distante.
E cada dia que passo contigo tem o doce sabor a vitória - como se fizessemos parte de um jogo - que procuro ganhar uma e outra vez - sempre - embora com a certeza que te vou perdendo pelo meio.
E tudo o resto, afinal, não importa nada!!!
Toca o telefone, de imediato penso:
- A esta hora, quem será?
Olho para o visor e fico ainda mais admirada, da pessoa em questão, me estar a ligar tão cedo...
- Noticias do norte a esta hora não deve ser para me dares alguma coisa!!
- Estás a ver que dia é hoje e que horas são?
- É ainda de madrugada! Caíste da cama? Conta lá!
- Estou a ligar com antecedência para não haver desculpas...! Na próxima semana queres jantar com um «homem do norte»?
- Não!! Prefiro jantar com um amigo.
- Então vai o amigo jantar contigo. Depois confirmo o dia (com antecedência). Põe na tua agenda sim?
- Ena, ena, vens apanhar «ares de civilização»? Em pouco tempo já cá vieste duas vezes. Estás a pensar mudar para Lisboa?
- Se eu pudesse....!!!
07/09/06
Mulheres
Já tive mulheres de todas as cores
De várias idades de muitos amores
Com umas até certo tempo fiquei
Pra outras apenas um pouco me dei.
Já tive mulheres do tipo atrevida
Do tipo acanhada do tipo vivida
Casada, carente, solteira, feliz
Já tive donzela e até meretriz
Mulheres cabeças e desequilibradas
Mulheres confusas, de guerra e de paz.
Mas nenhuma delas me fez tão feliz como você me faz.
Procurei em todas as mulheres a felicidade
Mas eu não encontrei e fiquei na saudade
Foi começando bem mas tudo teve um fim
Você é o sol da minha vida a minha vontade
Você não é mentira você é verdade
É tudo o que um dia eu sonhei pra mim.
- Martinho da Vila -
Já tive mulheres de todas as cores
De várias idades de muitos amores
Com umas até certo tempo fiquei
Pra outras apenas um pouco me dei.
Já tive mulheres do tipo atrevida
Do tipo acanhada do tipo vivida
Casada, carente, solteira, feliz
Já tive donzela e até meretriz
Mulheres cabeças e desequilibradas
Mulheres confusas, de guerra e de paz.
Mas nenhuma delas me fez tão feliz como você me faz.
Procurei em todas as mulheres a felicidade
Mas eu não encontrei e fiquei na saudade
Foi começando bem mas tudo teve um fim
Você é o sol da minha vida a minha vontade
Você não é mentira você é verdade
É tudo o que um dia eu sonhei pra mim.
- Martinho da Vila -
06/09/06
I Love You
I have a smile stretched from ear to ear
I see you walking down the road
E meet at the lights, I stare for a while
The world around us disappears
It's just you and me on my island of hope
A breath between us could be miles
Let me surround you, a sea to your shore
Let me be the calm you seek
But everytime I'm close to you
There's too much I can't say
And you just walk away
And I forgot to tell you
I love you
And night's too long
And cold here
Without you
I grieve in my condition
For I cannot find the words to say
I need you so
And everytime I'm close to you
There's too much I can't say
And you just walk away
And I forgot to tell you
I love you
And night's too long
And cold here
Without you
I grieve in my condition
For I cannot find the words to say
I need you so.
- Sarah Mclachlan -
I have a smile stretched from ear to ear
I see you walking down the road
E meet at the lights, I stare for a while
The world around us disappears
It's just you and me on my island of hope
A breath between us could be miles
Let me surround you, a sea to your shore
Let me be the calm you seek
But everytime I'm close to you
There's too much I can't say
And you just walk away
And I forgot to tell you
I love you
And night's too long
And cold here
Without you
I grieve in my condition
For I cannot find the words to say
I need you so
And everytime I'm close to you
There's too much I can't say
And you just walk away
And I forgot to tell you
I love you
And night's too long
And cold here
Without you
I grieve in my condition
For I cannot find the words to say
I need you so.
- Sarah Mclachlan -
05/09/06
A noite estava quente. Bastante até.
Desfiamos conversa, regada a champagne, com petiscos de intimidades, até às quatro da manhã.
Desfiamos conversa, regada a champagne, com petiscos de intimidades, até às quatro da manhã.
No regresso acompanhas-me, como é habitual.
E eu pergunto-te, a certa altura:
- Se tivesses um cantinho só teu - nunca terias eu sei - como este onde falo de ti e para ti, como seria?
Na ausência da tua resposta, penso cá para mim:
- Não, eu não seria capaz de o ler! Ninguém gosta de ler palavras que queriamos fossem para nós. E não são! Nunca serão!
Seria como ter uma ferida que escarafunchamos, uma e outra vez, constantemente!
Afinal, bem basta o que basta...
Bom dia.
04/09/06
Ontem...
A paisagem convida ao silêncio. Apenas olhar, para aquela imensidão de mar tranquilo que se estende a perder de vista. Até onde o olhar alcança há mar. Hoje, está de um verde escuro.
Vou subindo a rua, enquanto o portão se abre vagarosamente, como um convite a entrar no paraíso. Debaixo do alpendre onde estaciono o carro vejo-te, mesmo ao lado da piscina, com um ar preguiçoso, de quem disfruta dos momentos bons da vida. Só com o calção de banho vens ao meu encontro, com um sorriso largo. O teu sorriso lindo.
Assim que me abeiro de ti, procuro contacto com esse corpo forte, e trocamos um beijo, enquanto o meu rosto tão perto do teu, se funde no teu hálito, e o corpo se recusa a dar por terminado aquele roçar lento - e é como se ouvisse as vozes da nossa pele em acordes perfeitos e sincronizados - os meus braços envolvem-te pela cintura, as mãos já não têm sossego. Dou-te mais um beijo, desta vez no canto da boca, exactamente...aí!!
O meu amor por ti, seria capaz de sobreviver e alimentar-se só disto, destes momentos simples e tão especiais, habituada que estou, a esta estranha vida de desencontros e ausências que temos.
O meu amor por ti, seria capaz de sobreviver e alimentar-se só disto, destes momentos simples e tão especiais, habituada que estou, a esta estranha vida de desencontros e ausências que temos.
Segue-se um aperitivo junto da piscina, a refrescar uma conversa banal....ou não!
E surgem momentos em que sou assaltada por uma ternura inexplicável, que me bloqueia - enquando te oiço falar ou preparas o jantar - e sou então impelida para ti - abraço-te pela cintura, dou-te beijos nas costa, ou se acaso estás sentado beijo-te o rosto, a boca, não importa onde, tenho apenas que exteriorizar a vontade de ti, essa ternura imensa que despertas, o carinho, o amor, a amizade. Porque os nossos momentos não se fazem só de sexo.
Fazem-se também de abraços mudos - meus - vontade de meiguices, momentos de olhos-nos-olhos, de mãos perdidas no cabelo, de sorrisos que trocamos, do tilintar de duas flutes de champagne num brindar «à vida»!!
E a doçura dá então lugar ao desejo, à vontade de posse do corpo - do teu - de gemidos quase silenciosos, ao turbilhão de prazeres e palavras sussurradas, como se não quisesse que elas despertem o sonho que estou a viver contigo.
E o dia seguinte é de saudades.
Saudades do rumor da tua presença, do perfume que deixas quando passas e que aspiro profundamente para levar comigo quando partir, o eminente tom suave da tua voz - qual nocturno de chopin - o sabor doce da tua boca apenas alterado pelo gole de vinho acabado de saborear, da mesa que nos separa e que me parece imensa, obrigando as minhas pernas a procura-te debaixo da mesa, enquanto me olhas através de um olhar semicerrado e de um sorriso encantador.
Saudades de ti.
Saudades das horas de desejo e prazer, sempre novo e nunca repetido. Há sempre algo de novo para descobrir em ti, no teu corpo, quando com a ponta da lingua me percorres o pescoço até chegares à orelha, e me enredas com as tuas pernas, quando me sussurras palavras "impróprias" em outras ocasiões, e os nossos corpos se encaixam como peças de lego.
E acabamos cansados, suados, e indiferentes ao que acontece lá fora e não sabemos. Tranquila descanso ao teu lado, o teu braço a envolver-me enquanto oiço o bater acelerado do teu coração. Apenas o silêncio - ali - e de fundo a música suave que deixaste a tocar na sala.
Já de regresso, desço a rua e olho pelo retrovisor, na esperança de te ver uma vez mais, percebo o portão que se fecha lentamente - qual barreira que separa as nossas vidas - pergunto-me se acreditas em mim, na nitidez e sinceridade do sentimento que despertaste e te transmito de forma quase inocente, qual criança envergonhada, que oferece um presente.
Eu acredito sim, que um dia serás tu a calar estas palavras, a esqueceres-te primeiro do meu rosto, de mim e dos momentos que partilhámos.
01/09/06
Depois de ler "O Independente", de fio a pavio, e só mesmo por coincidência - embora como ontem aqui disse, gosto de o ler - destaco aqui o artigo de Miguel Esteves Cardoso, na última página. Talvez porque foi o primeiro neste semanário e são dele as últimas palavras.
Diz assim:
Mal
Para o Paulo
Com que então são estas as últimas palavras que vou escrever no meu jornal. Que miseráveis são. E que mal que ficam. Mal. Mas têm de contar o que podem, porque nada pode ficar para a semana. Ou para outra semana. Porque esta é a última semana que sai "O Independente".
Sim. Está mal. Mal.
A felicidade é um raio de uma sementeira que, uma vez plantada, nunca mais pára de dar fruto. É pena o fruto ser um veneno tão grande, sem antídoto, sem fim.
É pena o fruto ser a saudade, o abatimento, e o desespero na versão mais comezinha e mais fatal, de já não haver esperança, de já não valer a pena esperar, por maior que a pena possa ser e por muitos (e bons, e pacientes) que haja, dispostos a suportá-la.
Mas a felicidade é nisto que dá, mais tarde ou mais cedo, mas sempre cedo de mais. Mesmo quando é muito tarde, dá em tristeza e saudade, e noutras coisas não tão bonitas de se dizer, mas que por isso mesmo, por essa fealdade humana, custam mais a sentir e são mais solitárias e difíceis de partilhar.
Em cada um que trabalhou aqui fica um luto particular, só dele, só dela, diferente do luto grande que a todos magoa - um luto não menos grande, tão feito de tudo o que fez, como de tudo o que não pôde fazer, tão incapaz de distinguir cada uma das pequenas lutas, ganhas ou perdidas, da grande que hoje perdemos de vez.
Fui, fomos muito felizes aqui n'O Independente, dia após letra após riso após vida após dia. E, nos momentos mais felizes de todos, não foi atrás das páginas que essas felicidades se escondiam. Não se escondiam. Exibiam-se em cima delas: estavam lá escritas. Viam-se.
Liam-se. Não havia esconderijos. Estava tudo à mostra. Era lindo.
A felicidade é uma língua rara, quase morta. Mas, bem conversada e paginada, volta à vida e até se deixa escrever, quando a deontologia está de costas e a ontologia, oportunista, manda-a foder.
E deixa-se fotografar. E ilustrar. E nós escrevemo-la e fotografámo-la e ilustrámo-la aqui, de vez em quando, quando tivemos sorte, quando tudo sorria e era só cerejinhas.
Hoje a cerejeira vem abaixo e toda essa doçura amarga e apodrece na alma. Há muito para amargar. Há muito para apodrecer. Se a alegria não tivesse sido tão grande, talvez se pudesse esquecer; talvez se pudesse destilar; talvez se pudesse engarrafar e depois beber. Talvez pudéssemos embebedarmo-nos todos juntos mais uma vez. Mas foi. Foi uma alegria muito grande. E agora é preciso pagar em dor e saudade; sofrer sem saber ler nem escrever - e sem ao menos ter o jornal nas mãos, todas as sextas-feiras, para consolar. Não é bom.
É escusado fingir que há um lado bom. Não há um lado bom. Não eram ginjas. Não eram ambíguas ou agridoces: eram cerejinhas. Eram luzidias. Não dão para fazer ginjinha. De nada servem as aguardentes.
Os jornais são feitos para o dia em que saem. Não duram. Não ficam.
Ainda não estão acabados. É por isso que voltam todas as semanas, todos os dias. "O Independente" já não vai voltar. "O Independente" já não é um jornal.
Não se diga que não faz mal. Faz mal.
Faz sim.
- Miguel Esteves Cardoso / O Independente em 01/09/2006 -
Cheguei cedo ao serviço. Eram exactamente 08.10 H da manhã quando me sentei à secretária, com um café na mão e na outra, a última edição d' O Independente.
Acendi um cigarro - o café não sabe bem sem a companhia do cigarro - e então comecei, folha após folha a ler este semanário, que já não é! Há sempre uma certa tristeza quando algo acaba. Durante dezoito anos "O Indepentende" fez parte da vida dos portugueses à sexta feira. Dezoito anos é muito tempo. Um jornal irreverente, com opiniões diversas e todas diferentes de quem o fazia e nele escrevia. Com jornalistas e não só, que todos conhecemos e cujos nomes são uma referencia. Não consigo imaginar como se sentiram hoje, neste momento, ou quando souberam que não voltariam a escrever para "O Independente". Porque eles não vão deixar de escrever. Mas deixam de o fazer naquele semanário. Alguns deles deram-lhe vida, estiveram nos seus primeiros passos, acompanharam - já de longe ou ainda de perto - a sua «vida» e hoje estão ao seu lado no "Ponto Final". Não deve ser nada fácil!
Acendi um cigarro - o café não sabe bem sem a companhia do cigarro - e então comecei, folha após folha a ler este semanário, que já não é! Há sempre uma certa tristeza quando algo acaba. Durante dezoito anos "O Indepentende" fez parte da vida dos portugueses à sexta feira. Dezoito anos é muito tempo. Um jornal irreverente, com opiniões diversas e todas diferentes de quem o fazia e nele escrevia. Com jornalistas e não só, que todos conhecemos e cujos nomes são uma referencia. Não consigo imaginar como se sentiram hoje, neste momento, ou quando souberam que não voltariam a escrever para "O Independente". Porque eles não vão deixar de escrever. Mas deixam de o fazer naquele semanário. Alguns deles deram-lhe vida, estiveram nos seus primeiros passos, acompanharam - já de longe ou ainda de perto - a sua «vida» e hoje estão ao seu lado no "Ponto Final". Não deve ser nada fácil!
O que não consigo entender é como acaba um jornal com tantos anos e de boa leitura, e assistimos a revistas e outros tipos de leitura muito má e que se mantêm por anos e anos. O que é bom não é para ler? Afinal há tanta coisa com que nos deparamos na vida que não conseguimos entender e encontrar explicação. Esta é apenas e só mais uma!
Já aqui disse que tenho a "mania" de guardar recortes de artigos e folhas de jornais e revistas. Neste caso, não vou guardar o recorte de um ou outro artigo, vou guardar este número - o último - d' O Independente, mas inteiro. Como ele sempre foi!!!
Resta-me aqui dizer, a todos que fizeram durante 18 anos "O Independente", o meu obrigada pelo prazer da leitura.
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