05/09/06

A noite estava quente. Bastante até.
Desfiamos conversa, regada a champagne, com petiscos de intimidades, até às quatro da manhã.

No regresso acompanhas-me, como é habitual.
E eu pergunto-te, a certa altura:
- Se tivesses um cantinho só teu - nunca terias eu sei - como este onde falo de ti e para ti, como seria?
Na ausência da tua resposta, penso cá para mim:
- Não, eu não seria capaz de o ler! Ninguém gosta de ler palavras que queriamos fossem para nós. E não são! Nunca serão!
Seria como ter uma ferida que escarafunchamos, uma e outra vez, constantemente!
Afinal, bem basta o que basta...
Bom dia.