03/03/04

A falta do teu corpo pára as horas no relógio sem tempo marcado.
Em tempestade furiosa, chegas, através do sonho perdido, e faminto o meu corpo chama por ti.
As mãos frias percorrem-te, ávidas, desejosas de desejo. Do teu!
Dissolvo-me no respirar quente da tua pele. Nos teus sabores - que conheço e não esqueço - no arrepiar húmido que toma conta de nós.
A noite branca, que mansamente nos chega, acorda os sonhos, e partes quando, de novo, me pergunto: voltarás um dia?