21/10/05

Apetece-me escrever sobre ti. Ou para ti!
Mas não vou fazê-lo. Vou-me contrariar e não escrever nada.
Nem vou dizer o quanto me apeteceu dar-te um abraço apertado, e ficar ali quietinha, só para sentir o teu calor morno. Não quero dizer - aqui - nada disso!
Ainda não consegui compreender a revolta que senti da tua ausência. Não de ti! Mas da falta que me fizeste!
Já devia ter aprendido a perder. Tudo. Até o que nunca tive de ti!
Ontem, depois de saber que estavas de volta, sentei-me junto da minha janela preferida, em frente ao rio, e senti como se ele me levasse numa maré repleta de ti. Do nada que me resta, ou de tudo que me sobra!
Os meus sonhos, cheios da tua imagem.
Atravessei um deserto de saudades, que ainda não chegou ao fim. Que ainda dói! Demasiado!
Hoje, não vou escrever nada sobre ti.
Porque não quero deixar aqui letras, que formariam palavras...que dariam a possibilidade de responderes aquilo que não tenho coragem de te perguntar.
Só eu sei o que senti! Só eu sei o que sinto. Com que intensidade. Talvez seja um egoísmo a forma como te guardo aqui, dentro de mim!


Mas hoje, apeteceu-me escrever sobre ti! Ou para ti!
Mas não vou fazê-lo...