Monólogo
Não fui almoçar. Estava sózinha e apeteceu-me respirar um pouquinho de ar fresco por aqui. Pelo caminho comprei um gelado, sentei-me e enquanto o saboreava, absorta com a paisagem, perdi-me entre pensamentos!
De repente dou conta que o verão está quase no fim. Como o tempo passa!!
Quando temos quinze anos, queremos ter vinte e vamos andando embalados nas descobertas da vida de uma forma leve, alimentamo-nos de sonhos e na esperança - quase certeza - de que todos serão realidade um dia. Descobrimos, a certa altura, de que não é bem assim.
Nem todos os sonhos se concretizam e normalmente aqueles que mais desejamos.
E então, queremos ardemente que o tempo volte para trás, ou se possível que se detenha. Somos literalmente atropelados pelos dias que passam, cada vez mais rápido. As horas, os dias, as semanas, meses e anos, passam... E sentimos como que uma urgência em viver, o que nos resta - ou achamos que ainda temos - absorvemos cada momento da vida, como se fosse um suspiro fundo que nos sabe bem.
A vida parece curta, muito curta, para tudo o que gostariamos de viver, conhecer, experimentar, desvendar, amar. Por vezes, apetece fazer uma loucura e detemo-nos na hesitação se devemos ou não. E fica no ar a pergunta, a nós proprios, que nos faz esboçar aquele sorriso do "porque não?", como se fosse um segredo só nosso, da - ainda - criança traquina! E atrevemo-nos a tentar, a experimentar, a ousar...
A ousar amar de forma completa, intensa, de entrega total, absoluta, em que tudo damos, em que tudo permitimos. E amamos com o corpo, com a alma, com o coração, com todos os sentidos. De início com medos que nos humedecem a determinação, - medo de nos magoarmos, medo de sofrer, medo da dor da perda, do desamor - enveredamos por esse caminho desconhecido do amor sentido como nunca, único, com passos trémulos, hesitantes - qual criança que se aventura nos primeiros passos - mas ao mesmo tempo teimosos, convictos, que insistem em soar ao coração como algo diferente, e com a certeza de que vai valer a pena arriscar amar assim.
De repente dou conta que o verão está quase no fim. Como o tempo passa!!
Quando temos quinze anos, queremos ter vinte e vamos andando embalados nas descobertas da vida de uma forma leve, alimentamo-nos de sonhos e na esperança - quase certeza - de que todos serão realidade um dia. Descobrimos, a certa altura, de que não é bem assim.
Nem todos os sonhos se concretizam e normalmente aqueles que mais desejamos.
E então, queremos ardemente que o tempo volte para trás, ou se possível que se detenha. Somos literalmente atropelados pelos dias que passam, cada vez mais rápido. As horas, os dias, as semanas, meses e anos, passam... E sentimos como que uma urgência em viver, o que nos resta - ou achamos que ainda temos - absorvemos cada momento da vida, como se fosse um suspiro fundo que nos sabe bem.
A vida parece curta, muito curta, para tudo o que gostariamos de viver, conhecer, experimentar, desvendar, amar. Por vezes, apetece fazer uma loucura e detemo-nos na hesitação se devemos ou não. E fica no ar a pergunta, a nós proprios, que nos faz esboçar aquele sorriso do "porque não?", como se fosse um segredo só nosso, da - ainda - criança traquina! E atrevemo-nos a tentar, a experimentar, a ousar...
A ousar amar de forma completa, intensa, de entrega total, absoluta, em que tudo damos, em que tudo permitimos. E amamos com o corpo, com a alma, com o coração, com todos os sentidos. De início com medos que nos humedecem a determinação, - medo de nos magoarmos, medo de sofrer, medo da dor da perda, do desamor - enveredamos por esse caminho desconhecido do amor sentido como nunca, único, com passos trémulos, hesitantes - qual criança que se aventura nos primeiros passos - mas ao mesmo tempo teimosos, convictos, que insistem em soar ao coração como algo diferente, e com a certeza de que vai valer a pena arriscar amar assim.
Atrevi-me a provar a tua boca, a explorar o teu corpo, a gostar do teu prazer, a fixar o teu olhar, a desejar a entrega. Sempre dolorosamente consciente, de que por ti me atrevo a enfrentar o desconhecido, contra todas as minhas vontades.
Depois desta «viagem» pelo tempo passado e presente, - o futuro não nos pertence - atrevo-me a sorrir para o rio que me olha enquanto passa tranquilo, como se ele entendesse o porquê de eu ter ousado amar-te desta forma.
Ousei sim, porque acredito que há amores que apenas se vivem uma vez na vida. Não se repetem jamais. Eu tive o privilégio de o sentir por ti. Desta forma sincera, intensa, bonita, que me faz rir, uma vez por outra, também chorar e nunca correspondida.
O meu amor por ti é um monólogo!
Mas sei o que é amar. Não será isso, por si só, já uma recompensa?
E quando volto as costas ao rio, enquanto acendo mais um cigarro, recordo tantos momentos contigo.
Momentos que, por vezes, fingi ter a capacidade de esquecer.