12/12/06

Foto: Ronaldo Brandão

Sózinha em si mesma, caminhava sem rumo nem destino. Absorta, não via que o caminho crescia debaixo dos seus próprios passos. A realidade estava virada do avesso e o interior e o exterior confundiam-se; todos os caminhos só podiam ir dar a si mesma e fora de si.
As palavras tinham-se calado e o silêncio falava.
Que mais podia ela fazer senão ir a direito?

- Luís Ene -