"Um grande amor só pode existir à sombra de um grande sonho..." Mas quantos desses sonhos ficam perdidos no tempo...
31/10/06
30/10/06
Andei até perceber que estava na altura de me sentar um pouco. Soube-me bem deitar na areia, e por momentos consegui não pensar em nada. Fixei a minha atenção apenas no barulho das ondas que vinham morrer ali perto. Algum tempo depois, regressei, tomei um café, li algumas páginas do meu livro e então regressei a casa.
Pelo caminho telefonei a um amigo para saber se estava disponivel para jantar. Dizia-me ele:
27/10/06
26/10/06
25/10/06
24/10/06
Shhhh...
Escuta.
Fica......
E eu tenho que gritar isso, porque você está surdo e não me ouve.
A sedução me escraviza a você
Ao fim de tudo você permanece comigo
Mais preso ao que eu criei e não a mim
E quanto mais falo sobre a verdade inteira
Um abismo maior nos separa...
Você não tem um nome, eu tenho...
Você é um rosto na multidão,
E eu sou o centro das atenções
Mas a mentira da aparência do que eu sou,
É a mentira da aparência do que você é
Porque eu, eu não sou o meu nome, e você não é ninguém...
O jogo perigoso que eu pratico aqui,
Ele busca chegar ao limite possível da aproximação
Através da aceitação, da distância, do reconhecimento dela
Entre eu e você existe a notícia que nos separa...
Eu quero que você me veja nua, eu me dispo da notícia
E a minha nudez parada, te denuncia, e te espelha
Eu me relato, tu me delatas...
Eu nos acuso e confesso por nós
Assim, me livro das palavras
Com as quais você me veste...
Eu sei que tenho um jeito
Meio estúpido de ser
E de dizer coisas que podem magoar e te ofender
Mas cada um tem o seu jeito
Todo próprio de amar e de se defender
Você me acusa e só me preocupa
Agrava mais e mais a minha culpa
Eu faço, e desfaço, contrafeito
O meu defeito é te amar demais
Palavras são palavras
E a gente nem percebe o que disse sem querer
E o que deixou pra depois
Mais o importante é perceber
Que a nossa vida em comum
Depende só e unicamente de nós dois
Eu tento achar um jeito de explicar
Você bem que podia me aceitar
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser
Mas é assim que eu sei te amar.
- Maria Bethânia -
23/10/06

22/10/06
Eu gostava de olhar para ti
E dizer-te que és uma luz
Que me acende a noite,
Me guia de dia e seduz...
Eu gostava de ser como tu
Não ter asas e poder voar
Ter o céu como fundo,
Ir ao fim do mundo e voltar...
Eu não sei o que me aconteceu
Foi feitiço!
O que é que me deu?
Para gostar tanto assim
De alguém como tu
Eu gostava que olhasses para mim
E sentisses que sou o teu mar
Mergulhasses sem medo, um olhar em segredo,
Só para eu te abraçar
Eu não sei o que me aconteceu
Foi feitiço?
O que é que me deu
Para gostar tanto assim
De alguém como tu
O primeiro impulso é sempre mais justo
É mais verdadeiro
E o primeiro susto dá voltas e voltas
Na volta redonda de um beijo profundo...
Eu...
Eu não sei o que me aconteceu
Foi feitiço
O que é que me deu
Para gostar tanto assim de alguém
Como tu...
Como tu...
- andré sardet -
20/10/06

Mais um dia solitário de ti. Apenas mais um dia em que te diria tudo o que repito a mim mesma.
Vestiria o meu mais belo sorriso, e falava-te das dúvidas, de todas as minhas certezas. De nenhuma!
Imagino-te a ouvires as minhas palavras, o teu cruzar de pernas confortavelmente rescostado, o sorriso de quem sabe o que vou dizer, e a certeza de que vou ser invadida pelo desejo de ti. Pela vontade de saber a temperatura da tua pele, a textura da teu sorriso, a cor de cada recanto do teu corpo onde me perco.
A vontade de morrer na tua boca e renascer em cada olhar teu.
A vontade de sentir a paixão, o desejo, na ponta dos teu dedos...
A vontade de te amar com o espírito, e com a matéria que sou.
Dir-te-ia que já me deste mais do que alguém, alguma vez me prometeu.
Não te posso dizer, apenas escrever.
Por isso estou aqui, para ficar mais perto de ti, para te mostrar que guardo para ti um abraço - que de repente me pareceu diferente de qualquer outro que já me apeteceu - como se fosse a essência de tudo o que já te dei.
19/10/06
18/10/06
E então decidi que hoje vou fazer tudo o que me apetecer!!!
Será tudo. Será nada. Será quase tudo ou quase nada. Seja o que for, será o que eu quiser.
Boa noite.
17/10/06
Um traço evidente da sociedade em que vivemos é a falta de respeito. Da linguagem ordinária e desbragada ao egoísmo e agressividade da selva urbana é um desfilar de comportamentos anti-sociais que não só incomodam como chegam a colocar-nos em perigo de vida.
Todos nos queixamos, esquecendo-nos que, para sermos respitados, temos que nos dar ao respeito.
A má educação está generalizada. Estacionar a viatura onde cabem duas, ocupar a mesa antes de ir buscar a refeição ou deixar o telemóvel tocar onde não deve são práticas correntes no Portugal de hoje. Também a arrogância e a má-fé estão em alta, inventando-se processos de intenção e calúnias, sem ponta de vergonha ou arrependimento. Cobrimo-nos e perfumamo-nos de civilização, mas escondemos muita grosseria.
No domínio público ou privado, difícil é não encontrar exemplos. Os media ajudam a divulgá-los e, não raramente, são eles próprios autores de graves atentados à honra e ao pudor. Do futebol à política, passam diariamente pela televisão casos edificantes do património rasca nacional. E, no que respeita a serviços públicos, cada um de nós é diariamente vítima da indiferença, discriminação ou prepotência daqueles que sustentamos e que abusam do poder que lhes é confiado.
De meros actos isolados passou-se à institucionalização da falta de respeito, seguindo-se o princípio de que «se não podes vencê-la, junta-te a ela». Promove-se o consumo alarve de pipocas nos cinemas, tolera-se a frequência de aulas em roupa de praia, entranha-se quando alguém se levanta para intervir numa reunião.
Os polícias, a quem compete preservar a ordem pública, nunca foram tão desrespeitados e ameaçados. Os idosos, pela sua especial vulnerabilidade e inadaptação, são frequentemente insultados e agredidos. Os professores, de quem se espera uma atitude pedagógica, nem se atrevem a chamar a atenção dos alunos, sob pena de represálias.
A falta de respeito não tem dono. Em todas as categorias sociais se vê défice de urbanidade. A sociedade mantém-se fortemente hierarquizada e autoridade é sinónimo de força bruta, mais do que respeito ou admiração.
Portugal é caso único em que a credibilidade das chefias depende da educação e respeito que revelam (pesquisa ISCEM). Para além de manterem uma conveniente distância dos colaboradores, não se coíbem de os humilhar publicamente para evidenciarem o seu estatuto.
Creio que os motivos para esta epidemia social são a falta de humanidade associada à crise dos valores sociais, a confusão sobre o significado e os limites da liberdade individual, a dificuldade em reconhecer e assumir o papel desempenhado por cada um em cada momento e o mau exemplo dado por aqueles que são referência para os cidadãos, sobretudo para os mais jovens.
Trata-se, em suma, de educação. Trinta anos depois da deposição do regime autoritário a sociedade continua adornada em sentido contrário, em matéria de civilidade.
Mas o que esperar de um País onde até as elites - política, intelectual, empresarial, etc. - nos fazem sentir o primitivismo da selva urbana?
Assim como assim, prefiro a comicidade da república das bananas...
- José Rafael Nascimento / Professor universitário -
16/10/06
13/10/06

Segunda feira há mais!!!
12/10/06
E se há dias em que realmente apetece um pouco de solidão, ontem foi um dia - ou melhor - uma noite difícil. Não apetecia ler, nem ver televisão, nem música, nem coisa nenhuma. Em que não nos concentramos em absolutamente nada.
Fez-me falta uma voz, uma palavra de alguém, um ombro onde encostar a cabeça, um afado nos cabelos, um abraço apertado, ou apenas um sorriso sincero. Aqueles dias em que necessitamos de alguém que goste de nós. Aqueles dias com os sentimentos à flor da pele, em que as lágrimas "bailam" nos olhos sem sabermos bem o porquê, em que suspiramos fundo, aqueles dias em que bastava sentar-me à tua frente e ficar a olhar para o teu rosto - foi o que fiz através de uma foto tua (estás tão bonito) - aqueles dias de solidão não desejada!
Boa noite Charme!!!

11/10/06
10/10/06
Fica aqui registada, só porque é verdade....

Everything I Do (I do it for you)
Look into my eyes
You will see, what you mean to me
Search your heart, search your soul
And when you find me there, you'll search no more
Don't tell me it's not worth trying for
You can't tell me it's not worth dying for
You know it's true, everything I do, I do it for you
Look into your heart, you will find
There's nothing there to hide
Take me as I am, take my life
I would give it all, I would sacrifice
Don't tell me it's not worth fighting for
I can't help it, there's nothing I want more
You know it's true, everything I do, I do it for you
There's no love, like your love
And no other, could give more love
There's nowhere, unless you're there
All the time, all the way
Look into your heart,
You can't tell me it's not worth trying for
I can't help it, there's nothing I want more
Yea, I'd fight for you, I'd lie for you
Walk the wild for you, I'd die for you
You know it's true
Everything I do
I do it for you
- Bryan Adams -
O dicionário diz assim:
- Procedimento que antecipa a morte de um doente incurável, para lhe evitar o prolongamento do sofrimento e da dor.
- Morte sem dor
- Doutrina que defende tal procedimento.
Ontem, a seguir às notícias, a SIC transmitiu uma entrevista a uma senhora, doente com cancro, há já uns anos. Fiquei impressionada com a serenidade e coragem das suas palavras e acabei de ver aquela entrevista com um «nó na garganta».
A coragem de dizer "já chega" à vida. A coragem de alguém que gosta de viver, que viveu intensamente a sua vida, que teme o sofrimento e a dor, e quer ter o direito de decidir quando chegou a hora do «ponto final», e morrer com dignidade.
Passando um pouco ao largo da seriedade deste assunto, lembrei-me que há uns anos atrás, vi um filme em que a actriz princípal era Michelle Pfeiffer, "Eutanásia de Um Amor".
Um casal com alguns problemas no seu casamento, e um dia ela decide deixar morrer o amor que sentia. Deixa de «lutar» pelo que já não tinha futuro.
09/10/06
06/10/06
04/10/06
As Mulheres de Quarenta
Não tenho estatísticas em mãos e nem sei se existe alguma coisa a respeito das mulheres na faixa entre os 40 e os 50, sobre o seu estado civil. Mas se eu for pensar nas minhas amigas que estão por aí, posso afirmar que a grande maioria está separada. E com filhos. E achando que nunca mais vão conseguir outro homem. E se acham horrorosas.
- Mário Prata -