25/10/07

Sonhei-te lentamente,


em plena consciência do disfarce.


Sabia-te irreal,


mas o sonho restava devagar.


Com pormenores tão lentos


que o tempo me sobrava de pensar.


Sentei-me ao pé de ti,


junto ao meu sonho, e pude ler indícios,


os símbolos que queria


estavam lá.


Sonhei-te porque sim:


a confusão existe no real.




- Ana Luísa Amaral -