22/11/05

Por vezes pergunto-me se gostas da forma como te gosto.
Se essa verdade te incomoda!
Gostarei eu demasiado de ti, a pontos de não te deixar «confortável»?
Não sei!
Ainda não consegui ler nos teus olhos, porque sei que da tua boca nunca nada se ouvirá!
Quando te contemplo, acho sempre que nunca gostarei demasiado de ti. O suficiente! Para mim mereces sempre mais. Quero sempre dar-te mais! Mas quero o teu conforto, para além de tudo.
Estou sempre carente de ti, não posso negar, e quero sempre mais de ti. Será esse o motivo porque te quero dar sempre mais e mais?
O gostar não se esgota! O meu não! E o que tu sentes, terá limites? Esse afecto, amizade, ou desejo - eu não sei o que sentes, se sentes, ou que nome tem - terá limites?
Nada sei! Nada peço! Nada exigo! Nada pergunto!
Conheço bem a solidão de ti... Não me assusta! Aprendi a lidar com ela! Estás sempre ausente em outras pessoas, ou em datas obrigatorias na tua vida.
Talvez o amar de verdade seja isto mesmo.
Nada exigir para tudo ter!!
Ou sera, nada exigir e tudo dar?
E neste meu silêncio de perguntas, continuarei a gostar-te. Sempre!
Sabes onde estou!
Sabes onde mora o desejo de ti!!
Vem quando quiseres! Se quiseres...!