25/01/06

No passado dia seis de Janeiro o suplemento do Diario de Noticias - DNa - foi extinto. De inicio era publicado aos sábados e depois passou a sair às sextas-feiras, e existiu durante nove anos.
Não sei bem porquê, mas o DNa acabou! Mesmo tendo sido premediado diversas vezes, acabou!
A tendência é sempre essa, acabar com o que é bom.
A última das suas 474 edições, foi quase totalmente preenchida por ideias e frases seleccionadas e retiradas das muitas entrevistas com que aquele suplemento nos presenteou.
O texto de introdução, diz que são frases, palavras e ideias que fizeram pensar, comoveram, e surpreenderam. A mim também!
Vou aqui citar apenas algumas, que já fazem parte da história do DNa.

"Amor é uma coisa relativamente simples e não acredito que as pessoas se estraguem por serem amadas demais."
Eduardo Sá, Outubro 2002

"O mundo é uma circunstância bastante absurda em que a única coisa que conta são os encontros que existem entre as pessoas. Se lhe quiser chamar Amor...é a única coisa que tem algum sentido."
Jorge Molder, Agosto 2000

"O meu mais belo sonho é tornar-me marioneta do Amor."
Hanna Schygulla, Novembro 2004

"O Amor trespassa-se."
José Miguel Sardo, Maio 1999

"O Amor sublime é o falhado."
Cruzeiro Seixas, Novembro 1997

"Enquanto houver um único ser humano que mude toda a sua vida por Amor, vale a pena ter esperança."
Pedro Rolo Duarte, Outubro 2005

"Quem ama aceita."
Gabriela Moita, Outubro 2003

"Só a Arte e o Amor podem dar beleza ao mundo, um mundo que tantas vezes não tem beleza alguma. Tanta falta de flores no mundo é demasiado chocante."
Rui de Carvalho, Janeiro 1998

"O grande desafio de uma relação amorosa é não prescindir daquilo que se sente, a outra pessoa não prescindir daquilo que sente e os dois não prescindirem um do outro."
Eduardo Sá, Outubro 2002

"Quando se ama profundamente, queremos dissolver-nos no outro, é a tentação do absoluto, do uno."
António Mega Ferreira, Maio 1998

"O Amor é a palavra mais inesgotável que existe."
António Ramos Rosa, Julho 1998

"Dizer Amor é irreversível, não pode ser anulado e tem sempre um eco desconhecido, para aquele que o disse. O problema do Amor é aquilo que não se diz."
Camila Coelho, Agosto 2000

"Acho que sou um optimista céptico. Ou um céptico optimista. Ao mesmo tempo que espero o melhor da Humanidade, acho que a conheço suficientemente bem para não ter grandes ilusões."
Luís Fernando Veríssimo, num texto de Dezembro 2001