11/05/07

Escrevo-te porque não estás aqui.
Escrevo-te com um sol esplendoroso, as gaivotas a sobrevoarem o Tejo, em danças de liberdade. As palavras atiro-as ao ar.
Amanheci uma vez mais cansada do meu quotidiano dos dias passados. Aqueles dias que não irei viver de novo, porque estão esgotados. Como se este dia tivesse nascido com desenhos de despedida, em vésperas de um pôr-do-sol.
Apercebo-me que na minha vida, há uma nova rua para atravessar! E a incerteza do que me espera do lado de lá! É no dobrar de cada letra que vou aqui deixando, que me deparo com essa certeza. Vou-me preparando- cuidadosamente - para fazer essa travessia, sem sobressaltos, enquanto me passeio por cima das angústias que, inevitavelmente, todos sentimos com o desconhecido que nos espera. Ao dobrar esta esquina da minha vida, ficam tantos sonhos para trás... Alimentados, dia após dia com todo o carinho!
Ainda não sei o que fazer.
Por mim!!!