08/05/07

Os dias de angustia arrastam-se lentamente.
Cá dentro mantém-se a revolta, a incerteza, a incredulidade, e uma grande tristeza. E embora se saiba que não tem volta, continuo a adiar a aceitação da realidade que se aproxima.
Após desligar o telefone, fiquei ali parada com ele encostado ao peito, como a tentar reter aqueles breves minutos que me deram algum alento e desenharam um sorriso no rosto, que tem sido raro nestes últimos dias.
Dei comigo a tentar adivinhar para onde irias, de onde regressavas... Mas afinal o que é que isso interessa? Nada! Absolutamente nada!
A única coisa que realmente importa é que estejas bem, que sejas feliz, mesmo sem mim. Embora eu saiba que só seria feliz contigo por perto. É naquele exacto momento - em que desejo, com toda a sinceridade, que estejas sempre bem e feliz - que me dou conta da dimensão do meu gostar de ti. Só quem ama de verdade é capaz de desejar a felicidade do outro com quem escolheu.
Houve algo que aprendi contigo, umas vezes amamos, outras vezes deixamo-nos amar.
Eu amei-te. Tu, deixaste-te amar!
Talvez tenha chegado o momento de eu passar por essa experiência, de me deixar amar... não amando!!!