02/05/07

Ontem, saí de casa apenas para vir a Lisboa jantar com a minha amiga.
Éramos três, mas mais tarde acabámos por ficar só as duas, e estivemos então a conversar no meio de lágrimas. De inconformismo.
Falei com ela como nunca tinha falado, nestes seis anos que passámos juntas e somos amigas. Disse-lhe inclusivamente, que penso que ela ainda não tem plena noção do tamanho da amizade que tenho por ela, e que talvez só a partir de agora, na verdade, se vá aperceber disso.
Ela pouco falou, porque não conseguia. Desculpava-se por me ter pedido para jantarmos e afinal, estava assim...
O pior ainda está para vir. Quando a ausência for realidade. Quando a ausência for presença diária.
Se para ela tudo isto está a ser muito difícil - não consigo sequer imaginar - eu sinto-me como se estivesse a morrer aos bocadinhos. É uma angustia sem tamanho, que me aperta cá dentro e que simplesmente não consigo ultrapassar.
Vão-me valendo os amigos, que sabem o que se está a passar, e telefonam ou enviam umas palavras de conforto.