21/03/06

Por vezes, dou comigo a pensar no tanto e no nada que sei de ti. Sei mais do que queria. Mais do que tu querias! E por vezes nada sei da tua vida. De mim tu sabes tudo! E nunca quis dizer-te tanto.
Não sei se são acasos do destino, quando uma vez por outra sem fazer perguntas, sem nada procurar saber, sei tudo de ti... Parece que me vêem parar às mãos, sem eu nada fazer para que tal aconteça.
Mas és também um enigna! Porque nem sempre te compreendo. Quase sempre me pareces um desconhecido. Quando menos espero, tu mudas!
Aquele que conheço de verdade, encontro-o nestas palavras que escrevo, quando a dúvida da distância me faz procurar-te. É grande a nossa distância, quando afinal estamos tão perto. Na minha avidez de te falar, escrevo-te. Encontro-te aqui ao virar de cada esquina das palavras, tropeço em ti em cada letra, cada vírgula, cada ponto final.
Tenho-te na inquietação de cada frase de saudade aqui depositada. Sempre na vã esperança de sabê-las também em ti.