Fazer amor contigo
não é espelhar teu corpo nu
no vítreo do meu espaço
não é sentir-me possuída
ou possuir-te.
É ir buscar-te
ao abismo de milénios de existência
e trazer-te livre!
- Manuela Amaral -
Há tanto espaço para ti, na minha vida sem ti...
Bom fim-de-semana!!
"Um grande amor só pode existir à sombra de um grande sonho..." Mas quantos desses sonhos ficam perdidos no tempo...
28/04/06
Quando a minha amiga me falou em ir almoçar, eu estava com uma angústia do tamanho do mundo. Parecia que até tinha alguma dificuldade em respirar. E nem sabia bem o porquê daquele meu estado. É daquelas coisas que não sabemos explicar. Penso que andei a semana toda a alimentar uma esperança. E a semana chegou ao fim...!
Mas eu nunca consigo dizer a esta miúda um «não»! Lá fui, com o melhor sorriso do mundo, e a pedir a Deus que me ajudasse a manter assim até ao final do almoço. Brincamos, falamos do nosso tempo de estudantes, contamos histórias, e tudo isto por causa de uma conversa que tive ontem com a minha filha e que lhe relatei.
E consegui! Consegui disfarçar toda aquela angústia que tomou conta de mim. A esta altura acho mesmo que a minha vida é um eterno disfarce. Só ainda não descobri onde vou arranjar toda esta capacidade de não mostrar aos outros as minhas fraquezas, as angústias, as tristezas que também tenho uma vez por outra.
A certa altura, já quase no final do almoço, ela diz-me que precisa de ter uma conversa séria comigo. O meu coração deu um pulo, cá dentro! Lembro-me de em breves segundos ter pensado cá para mim:
- Meu Deus, ajuda-me. Faz com que não seja o que estou a pensar...!
E ela, com toda a sinceridade que sempre lhe conheci, falou-me do que tinha para me dizer.
Perdemo-nos na conversa e no tempo. E quando demos conta, já estavamos atrasadas.
Já no carro, disse-lhe:
- Não sei se tu tens realmente noção da grande amizade e carinho que tenho por ti. Nunca duvides disso. E acredita, que poderás sempre, mas sempre, contar comigo naquilo que precisares.
Agora aqui sózinha, enquanto escrevo estas palavras, com a mesma angústia que tinha, penso no que lhe disse, e que é muito verdadeiro e sentido.
Por motivos que não vou dizer aqui, até podia dar-me com ela só a nível de serviço, e manter uma distância fora disso.
Mas só uma verdadeira amizade, tem capacidade para ultrapassar outras situações, que não temos como alterar, porque afinal as pessoas não têm a culpa de ser assim.
Talvez quem me estiver a ler não entenda o que quero dizer.
Mas eu precisava de aqui dizer isto, para mim é importante e faz todo o sentido.
Agora, vou ali num instante limpar esta lágrima estupida que teima em cair.
Mas volto já! Isto dá forte mas passa depressa!!!
Eu sou mesmo assim. Tenho as lágrimas à flor da pele.
O meu pai em miúda chamava-me "chorona"!
É engraçado que, por falar nisso, recoro-me que a última vez que ele me chamou "chorona" foi em 1979, quando regressei a Moçambique de férias e não via os meus pais há três anos. Comecei a chorar assim que saí do avião e pisei de novo aquela terra maravilhosa, e quando vi os meus pais ali, a alguns metros de nós, de abraços abertos...
O meu pai, olhou para mim e disse:
- Então chorona, já vens a chorar?
Eu, não consegui responder! Só consegui dizer: Pai!
Mas nunca mais esqueci aquelas palavras.
Já passou! Já estou bem! Muito bem, de verdade.
27/04/06
Foi um almoço de saudades. Acima de tudo a surpresa daquele encontro, que não esperava! Por pouco não me apanhava, pois como não tinha companhia para o almoço fui ficando por aqui. O apetite também não era nenhum.
Boa conversa. Algumas novidades.
- Agora fala-me de ti. Como é que estás e a tua vida? Já reparei que recuperaste uns quilinhos desde a última vez que te vi.
- A minha vida vai andando e desandando, uma vez por outra, para não ser monótona. Eu? É como tu vês! Estou viva! E muito feliz porque o verão está "à porta"!
- Só tu, miúda! Só mesmo tu...!!
Por volta das onze horas, depois de deitar as crianças e tomar o meu banho, sentei-me então no meu cadeirão favorito, e comecei a ler o livro "Diario da Tua Ausência". Já passava das duas da manhã quando acabei. Fechei-o, e fiquei ali com o livro encostado ao peito por algum tempo. A certa altura não contive as lágrimas e chorei. Afinal, como a personagem do livro. Aquela mulher que também viveu a ausência de um grande amor. E que tantas vezes chorou de saudades.
Não conheço a autora do livro. Mas ela escreveu a minha história. Não sei se será também a dela. Mas é a minha sem dúvida!
A única diferença entre mim e a personagem do livro, é que ela foi correspondida no seu amor. Mas mesmo assim, nunca deixei de amar cada vez mais.
Não me atrevo a fazer qualquer comparação entre o que escrevo e as palavras do livro de Margarida Rebelo Pinto, mas houve alturas em que li frases, ideias e exposição de sentimentos, as saudades, a falta daquela pessoa, as horas vazias, as esperanças nascidas em cada amanhecer e que morrem ao final de cada dia, e de novo nascem, que estão aqui retratadas nos meus posts.
Destaquei alguns parágrafos do livro, e passo a citar:
"Há dias em que me sinto cansada, vazia, esgotada, sem nada para dar."
"Quando estou aqui sentada, a escrever por ti e para ti, porque é para ti que escrevo este diário, sinto-me feliz e não me sinto só. Sei que a minha crença inabalável, a minha energia amorosa e o meu desejo eterno por ti irão alcançar-te e tocar-te de alguma forma."
" Sei que há uma força estranha que me faz correr para ti, embora nunca, em nenhuma cricunstância, corra atrás de ti, porque não posso, não me é permitido interferir no teu destino e mudar o curso da tua vida."
"O amor é isto, dar espaço e tempo a quem se ama, saber esperar, saber estar quieto, saber abrir os braços sem pedir nada em troca..."
"Nada guarda memória mais certa e fiel do que a minha da tua pele, por isso vais ficando, no cheiro, no eco da voz, no sabor da boca, no toque dos dedos, no olhar calado e fixo, atento e preso, muito mais eloquente que mil poemas de amor."
"Tu sabes o efeito que a tua voz provoca em mim..."
"Cometi um erro fatal, o de não exigir nada. O amor também se mede pela quantidade de acontecimentos que desejamos partilhar com aqueles que amamos e eu deixei-te entrar na minha vida sem moeda de troca. Nunca me deixaste entrar na tua, nunca dormi na tua cama..."
"A imaginação é o mais forte dos sentidos. Quando me deito, é nela que encontro toda a paz que me embala e me faz dormir com a tua imagem, o teu cheiro e a tua pele sobre a minha durante toda a noite."
Poderia transcrever aqui o livro inteiro, porque em cada página, há algo que me lembra e que já vivi.
Também aquela mulher por vezes deixava o olhar perdido no Tejo, passava pelo Sado e caminhava para terras de África.
Também para ela, o homem da sua vida, construiu «muros» intransponíveis.
Também ela, nos poucos momentos em que lhe era possível disfrutar da sua companhia, o abraçava quando ele estava de costas e se escostava a ele para sentir o seu calor.
Também ela, lhe mandava sms e e-mails e ansiava pela sua resposta que por vezes nunca chegavam.
Também ela, chorou de saudades que por vezes eram insurportáveis e sufocavam.
Também para ela o amor não conhece limites, e se dá todo, ou não existe na verdade.
Também ela não sabia desistir daquele amor, nem queria aprender.
Achava que ainda era cedo para desistir!
Para mim... já é tarde demais para desistir!
26/04/06
Já aqui disse, que comprei o novo livro de Margarida Rebelo Pinto. Hoje trouxe o livro comigo, para numa oportunidade que surgisse, dar uma vista de olhos.
Deparei com uma frase, logo na segunda página do livro que diz assim:
"- Vou-te confessar uma coisa."
Ora bem, fui uma aluna razoável a português. Sempre gostei de escrever, gosto de ler, de ver televisão e uma vez por outra já deparei com erros na construção de frases.
Na minha opinião a frase que aqui indiquei, não está correcta. O que seria correcto era:
- Vou confessar-te uma coisa.
Falei com alguns colegas sobre o assunto, que não sabiam se estava correcto ou não! Mas por acaso passou o "big boss" cá do sítio, que por acaso ouviu a conversa e me deu razão! Este português moderno tem muito que se lhe diga...
Mas quem sou eu para corrigir uma conceituada escritora!!!
Não sou leitora assídua de Margarida Rebelo Pinto. Prefiro por exemplo Inês Pedrosa, que na minha opinião é mais "profunda" na sua forma de escrever, mas esta é, naturalmente só a minha opinião. No entanto, comprei o seu último livro "Diário da Tua Ausência" que foi publicado este mês. E comprei apenas pelo titulo, e mesmo antes de o começar a ler, penso que será o livro que eu gostaria de ter capacidade de escrever. É apenas um palpite, porque só hoje vou começar a lê-lo!
Fui até ao google, para descobrir alguma coisa sobre o livro e encontrei isto:
Descrição
Diário da Tua Ausência surge-nos como uma carta de amor apiaxonada e comovente que ensina os homens a acreditar no amor das mulheres.
Sinopse
"Quando se ama alguém tem-se sempre tempo para essa pessoa. E se ela não vem ter connosco, nós esperamos. O verbo esperar torna-se tão imperativo como o verbo respirar. A vida transforma-se numa estação de comboios e o vento anuncia-nos a chegada antes do alcance do olhar. O amor na espera ensina-nos a ver o futuro, a desejá-lo a organizar tudo para que ele seja possível. É mais fácil esperar do que desistir. É mais fácil desejar do que esquecer. É mais fácil sonhar do que perder. E para quem vive a sonhar, é muito mais fácil viver."
Hoje, quando liguei o telemóvel, passados uns segundos deu entrada uma mensagem.
Mesmo antes de a ler, já sabia de quem se tratava, só não adivinhei o conteúdo.
Olhei para aquelas poucas palavras e pensei cá para mim, há quanto tempo não recebia um sms daqueles logo pela manhã. Já lá vão uns largos meses.
Dei comigo a fazer comparações - que não devia fazer - em como quando gostamos de alguém, damos tudo sem impor limites, e de uma forma sincera. Porque queremos! Porque gostamos e é preciso gostar nem que seja só um pouquinho. Porque quem está do outro lado é tão importante para nós!
E afinal, para outros, por vezes é tão difícil mandar umas poucas palavras, como um simples:
Bom dia!!!
Experimenta escrever
algumas palavras
E depois
escuta-as
e mistura tudo
E escuta-as
E recomeça
uma e outra vez
Tantas vezes
quantas forem necessárias
E quem sabe
o que poderás chegar
a dizer
com esta simples
fórmula
com este simples
procedimento
Talvez tanto ou mais
Do que sempre ficará
por dizer
Escrever não é mais do que
juntar palavras
e escutar o que elas dizem
o que deixam por dizer
e sempre, mas sempre
começar tudo outra vez
- Luís Ene -
24/04/06
Na sexta feira tive uma estreia. Fui, pela primeira vez, fazer uma massagem de shiatsu!
Achei uma delicia, a começar pela ambiente da sala onde se faz a massagem. Apenas luz de velas, um cheirinho a óleos, um colchão no chão, e uma música suave.
O senhor que faz a massagem começa por explicar o que vai fazer. Penso que a partir de certa altura, eu já não estava ali, andava algures por outros lugares...! É realmente muito relaxante e...! Bem, vou abster-me de falar mais em promenor no assunto!
No mesmo espaço, há também um restaurante, e de seguida fomos então jantar! Embora o restaurante seja vegetariano, há bebidas com alcool e podemos fumar. Para afastar o estado "dormente" em que nos encontramos depois do shiatsu, começamos por beber uma caipirinha. O jantar estava delicioso.
Achei uma delicia, a começar pela ambiente da sala onde se faz a massagem. Apenas luz de velas, um cheirinho a óleos, um colchão no chão, e uma música suave.
O senhor que faz a massagem começa por explicar o que vai fazer. Penso que a partir de certa altura, eu já não estava ali, andava algures por outros lugares...! É realmente muito relaxante e...! Bem, vou abster-me de falar mais em promenor no assunto!
No mesmo espaço, há também um restaurante, e de seguida fomos então jantar! Embora o restaurante seja vegetariano, há bebidas com alcool e podemos fumar. Para afastar o estado "dormente" em que nos encontramos depois do shiatsu, começamos por beber uma caipirinha. O jantar estava delicioso.
Acho que fiquei cliente do restaurante e da massagem!! Uma vez por outra sabe bem.
21/04/06
20/04/06
Por vezes, quando damos conta, já é tarde!
É sempre tarde, quando te procuro. A hora passou...
Como se os passos percorressem um caminho já traçado e pisado tantas outras vezes até ti. Sempre na esperança e a doce sensação que é ali - será ali - a escassos metros e poucos segundos, que encontrarei a essência, que me move a vida e lhe dá côr. Estás ali! O olhar ansioso e disfarçado, procura-te!
É sempre tarde, quando te procuro. A hora passou...
Como se os passos percorressem um caminho já traçado e pisado tantas outras vezes até ti. Sempre na esperança e a doce sensação que é ali - será ali - a escassos metros e poucos segundos, que encontrarei a essência, que me move a vida e lhe dá côr. Estás ali! O olhar ansioso e disfarçado, procura-te!
Cada promenor teu me fascina!
Talvez haja quem não te veja a beleza despida, em que apenas eu reparo a cada olhar que te lanço e toca. Quando existe a beleza exterior, pouco se repara na outra. Na grandeza desses vestígios que só o olhar atento de quem ama, pode perceber. E só eu percebo em cada tom com que te provo, em cada som com que te olho, a cada sabor quando te oiço, a cada beijo que te dou com o pensamento. Tu não te dás conta disso, tens as atenções todas à tua frente.
Talvez haja quem não te veja a beleza despida, em que apenas eu reparo a cada olhar que te lanço e toca. Quando existe a beleza exterior, pouco se repara na outra. Na grandeza desses vestígios que só o olhar atento de quem ama, pode perceber. E só eu percebo em cada tom com que te provo, em cada som com que te olho, a cada sabor quando te oiço, a cada beijo que te dou com o pensamento. Tu não te dás conta disso, tens as atenções todas à tua frente.
Mesmo na escuridão da distância...vejo-te! Mesmo com as palavras veladas em que comunicamos, entendo-te! Cada palavra tua tem um sabor sentido! Na vertigem de um olhar teu, sou capaz de tudo!
Por ti, faço tudo! Perversamente pelo nada que me dás, pelas «promessas» que adivinho nas tuas mãos quando me tocas por breves instantes. E em breves instantes tudo fica esquecido!
Por ti, faço tudo! Perversamente pelo nada que me dás, pelas «promessas» que adivinho nas tuas mãos quando me tocas por breves instantes. E em breves instantes tudo fica esquecido!
E tu sabes, que por ti faço tudo! Tu sabes que é assim!
Eu, também sei!
É preciso amar, para nos darmos conta de pequenos nadas...
Mas - por vezes - quando damos conta já é tarde!
Porque nunca foi importante!!!
19/04/06
Num breve instante... escuto-te!
O sentido envolto em sentidos, o perfume que invoca a imagem numa combinação plena e pura de sentimentos.
Desfaço-me nos sons suaves de cada palavra tua, como momentos revisitados, e permito que a sua doçura se envolva em mim, qual barreira que se quebrou e deu lugar à cumplicidade. Nossa. Em nós...
São momentos únicos, que passaram, mas que ainda procuro em ti. Talvez em nós!
E há perfeição nesses momentos. Momentos meus. Momentos consentidos, de onde não me quero dispersar. Onde só revejo equilibrio e harmonia. Sinceridade.
Momentos em que as palavras apenas são meras «espectadoras» sem significado, como se perdessem o código, deixam de fazer sentido porque as rasgamos, quando nos abandonamos ao prazer.
Momentos carregados de suaves perturbações, que abreviam os sentidos...
O sussurro no ouvido. Palavra sem nexo.
O agarrar frenético dos corpos.
O arrepio na pele...
O percurso até ao momento... aquele momento!
Num breve instante escuto-te!
É apenas sonho!
...tudo passa!
18/04/06
Passei uma boa parte da noite de ontem, no hospital com o meu pequenino.
Quando regressei a casa, já passava das três da manhã, como tinha que lhe dar assistência praticamente de dez em dez minutos, optei por não me deitar, para não correr o risco de adormecer, embora tenha um sono muito "leve", mas por vezes o cansaço vence-nos. Fiz uma máquina de roupa, pendurei a roupa, li, vi televisão, fumei, olhei a paisagem do amanhecer, e... pensei!
Por vezes não é bom pensar, mas nem sempre é possível não o fazer. E nada como passar umas horas nas urgências pediatricas de um hospital para nos obrigar a pensar na vida!
De manhã, tomei um banho, e naturalmente vim trabalhar. Isto de ter a nossa mãe por perto é uma ajuda sem tamanho!
Quando aqui cheguei, olhei para a minha amiga e disse-lhe:
- Já percebi que a tua noite foi bem melhor que a minha - o que na verdade não é difícil!!
Diz-me ela:
- Olha a prenda que me trouxeram de Itália!
- Muito bem. Já reparei que aos pouco as coisas se estão a compor para os teus lados. Fico feliz por ti. Porque será que os homens gostam de complicar o que é simples?
Pois... não percebo!!
17/04/06
Pronto, o fim-de-semana grande já lá vai, a Páscoa também.
Fiquei por aqui, e passei estes dias a trabalhar. Porque em casa também se trabalhar e não é pouco.
Sexta feira passei o dia a arrumar armários e gavetas, separar roupas o que ainda serve, o que já não se veste e a chegar uma vez mais, à conclusão que se guarda muita coisa que acabamos por nunca utilizar. Entretanto recebi um convite para jantar, e ao final da tarde meti-me no carro é fui até às Azenhas do Mar, a casa fica na encosta, com uma vista sobre o mar que é de tirar a respiração. No terraço enorme, há um jacuzzi onde se deve estar muito bem no verão. Já me disseram: está aqui, aparece quando quiseres!
Fiquei por aqui, e passei estes dias a trabalhar. Porque em casa também se trabalhar e não é pouco.
Sexta feira passei o dia a arrumar armários e gavetas, separar roupas o que ainda serve, o que já não se veste e a chegar uma vez mais, à conclusão que se guarda muita coisa que acabamos por nunca utilizar. Entretanto recebi um convite para jantar, e ao final da tarde meti-me no carro é fui até às Azenhas do Mar, a casa fica na encosta, com uma vista sobre o mar que é de tirar a respiração. No terraço enorme, há um jacuzzi onde se deve estar muito bem no verão. Já me disseram: está aqui, aparece quando quiseres!
A certa altura do jantar, por momentos o meu pensamento ausentou-se daquela sala, fugiu para longe, e dei comigo a pensar em como ficamos vulneráveis, frageis, quando sentimos muito a falta de alguém que não podemos ter nunca. É uma ausência constante, que por vezes até nos sufoca, que se torna imensa e que nunca sabemos quando irá terminar, porque não depende de nós nem do nosso querer. Depende unicamente de quem nunca sente a nossa falta. E naqueles momentos, ou temos os pés "bem acentes na terra", ou muita coisa pode fugir ao nosso controlo e simplesmente acontecer. O facto de nos sentirmos tão sós muitas vezes, leva-nos a desejar em certas alturas pôr tudo para trás das costas, e simplesmente deixarmo-nos ir ao sabor do desconhecido! Afinal é sempre assim que tudo começa...
Sábado de manhã meti-me no cabeleireiro! A seguir ao almoço, resolvi vir para Lisboa trabalhar para o escritório da minha amiga, pois queria acabar a relação do stock. Quando vinha a caminho ela liga-me:
- Já reparei que vais a conduzir. Posso saber o que andas a fazer?
- Vou para o escritório.
- Hoje? Estás maluca? Já te ligo, pois estou a chegar do Algarve.
Lá fui para a minha tarefa, e depois de tudo conferido passei a listagem para o computador e dei o dia por terminado, eram 20.30H.
Entretanto ela liga-me a dizer que ia jantar com mais dois amigos se eu queria ir, estava combinado para as dez da noite.
Sábado de manhã meti-me no cabeleireiro! A seguir ao almoço, resolvi vir para Lisboa trabalhar para o escritório da minha amiga, pois queria acabar a relação do stock. Quando vinha a caminho ela liga-me:
- Já reparei que vais a conduzir. Posso saber o que andas a fazer?
- Vou para o escritório.
- Hoje? Estás maluca? Já te ligo, pois estou a chegar do Algarve.
Lá fui para a minha tarefa, e depois de tudo conferido passei a listagem para o computador e dei o dia por terminado, eram 20.30H.
Entretanto ela liga-me a dizer que ia jantar com mais dois amigos se eu queria ir, estava combinado para as dez da noite.
Digo que sim, mas de repente percebi que estava em t-shirt e calças de fato de treino, não muito próprio para ir jantar onde quer que fosse. Meti-me no carro, fui a Setúbal num «saltinho», tomei um duche, arranjei-me e voltei para Lisboa.
Terminamos a noite no BBC, onde apareceu mais um amigo. Eram quatro da manhã quando fui para casa.
No Domingo levantei-me cedo, pois saiu-me na "rifa" ser eu a fazer o almoço de Páscoa.
Da parte da tarde, continuei nas minhas arrumações. Mudei o candeeiro de tecto do meu quarto, a mesa de cabeceira e o candeeiro, tirei uma parte das cortinas para alterar, mudei a comoda do quarto do meu pequenino, arrumei tudo e deitei um montão de lixo fora. Faltavam exactamente cinco minutos para a meia noite quando disse cá para mim: Já está! Por hoje chega. Tomei uma banhoca, o copo do leite do costume, fumei o último cigarro, e fui para a cama... "apaguei" assim que me deitei!
Cá estou, para mais uma semana de trabalho.
13/04/06
Parte de um email que recebi em dezembro, e que hoje reli - uma e outra vez - para tentar entender que formas há de "gostar".
"... Sabes que gosto de ti, que gosto muito de ti - infelizmente não da mesma maneira que tu gostarias e, também, não da mesma forma que tu gostas de mim. Isto para ti não será uma novidade, mas devo dizer-ta..."
Conheço algumas formas de gostar de alguém. O gostar físico - que é breve - o gostar como amigo - aquela pessoa em quem confiamos, que é cumplice, que nos apoia, e está ali quando mais precisamos - e o gostar com amor, aquele alguém por quem fazemos loucuras se necessário for, aquela pessoa com quem desejamos estar, independentemente de haver ou não sexo, aquela voz que adoramos ouvir, aquele sms que ansiamos receber, aquele nome que é o último em quem pensamos ao adormecer e o primeiro que pronunciamos ao acordar. Aquele homem de quem gostamos de ter saudades, que nos faz falta, que gostariamos de ter junto de nós quando nos apetece dar-lhe um abraço ou um beijo. A quem poderiamos mandar um email a dizer apenas: estou a pensar em ti! Já te disse hoje que te amo? Apeteces-me! Só isto. E sabermos que quem recebe fica feliz porque para ele aquelas poucas palavras são importantes, fazem-lhe bem. Esta é a minha forma de gostar e de o demonstrar quando é possível.
Haverá outras formas de gostar, certamente. Que desconheço! Mas não deixarão de ser tão válidas como as minhas.
Já aqui falei nisto, e de novo pergunto - se alguém me souber responder - se podemos gostar (sem ser com amizade) um pouco mais desta pessoa - homem ou mulher - e um pouco menos daquela.
Tu sabes o porquê destas palavras, e apenas te peço que compreendas estas minhas dúvidas, esta minha "não compreensão". Eu sei que tu gostas de mim, mas tenho quase a certeza - neste quase reside em mim um mundo de perguntas e dúvidas ás quais não precisas de responder porque sei que não fazem o teu género - de que apenas sou uma «amiga» com quem gostas de estar uma vez por outra! Sei que te lembras de mim, quando me vês, porque quando estás no "teu mundo" nem a minha sombra faz parte dele. Simplesmente não existo! Se estou a ser injusta contigo, peço-te que me desculpes, esta é apenas a ideia do que me transmites. Não somos todos iguais e tu não tens que ser nem sentir como eu, nem sequer ver a vida com os mesmos olhos que eu, mas simplesmente não sou capaz de gostar de outra maneira, em mim só há capacidade para gostar ou não gostar, nem o meu amor é "doseado".
Ou é tudo...ou não existe!!!
Sou fiel aos meus sentimentos, e essa atitude leva-se a ser fiel à pessoa por quem os tenho!
Estas palavras são apenas o que por vezes passa na minha cabeça, e como não tenho com quem falar de tudo isto, vou colocando aqui, não esperando respostas, nem a fazer perguntas, mas sim num desabafo.
De ti já tive mais do que algum dia esperei vir a ter.
Estou feliz por isso, acredita!
E continuo a gostar de ti. Demasiado!
12/04/06
Um Jeito Estúpido de Te Amar
Eu sei que tenho um jeito
Meio estúpido de ser
E de dizer coisas que podem magoar e te ofender
Mas cada um tem o seu jeito
Todo próprio de amar e de se defender
Você me acusa e só me preocupa
Agrava mais e mais a minha culpa
Eu faço e desfaço, contrafeito
O meu defeito é te amar demais
Palavras são palavras
E a gente nem percebe o que disse sem querer
E o que deixou pra depois
Mas o importante é perceber
Que a nossa vida em comum
Depende só e unicamente de nós dois
Eu tento achar um jeito de explicar
Você bem que podia me aceitar
Eu sei que tenho um jeito meio estúpido de ser
Mas é assim que eu sei te amar.
- Maria Bethânia -
Imaginem o seguinte:
Estão com sede. Uma sede enorme. A boca seca, os lábios colam com falta de água.
Ali mesmo à nossa frente, colocam um copo de água fresca.
Fixamos aquele líquido com ansiedade, com desejo.
E dizem-nos: não podes tocar...! Não podes beber! Simplesmente podes olhar!
Foi assim que me senti, hoje, durante o meu almoço...
A «sede», a vontade de ti é ainda maior!!!
Há dias assim. Estranhos! Vazios de palavras! Parece que nada faz sentido. É como se estivesse ausente, sem saber onde.
Apetece um abraço! Apetece esquecer o tempo num abraço apertado!
Como se desenha um abraço? Como se descreve a sensação doce e aconchegante desse gesto?
Não é possível escrever um abraço. Mas posso sonhar e desenha-lo com sensibilidade, alguma ilusão e toda a emoção. Imagino um abraço - só posso imaginar porque nunca o senti - e este que desejo é de quase paixão, acompanhado de ternura. Tem cor e um sorriso completa-o!
Apetece um abraço! Apetece esquecer o tempo num abraço apertado!
Como se desenha um abraço? Como se descreve a sensação doce e aconchegante desse gesto?
Não é possível escrever um abraço. Mas posso sonhar e desenha-lo com sensibilidade, alguma ilusão e toda a emoção. Imagino um abraço - só posso imaginar porque nunca o senti - e este que desejo é de quase paixão, acompanhado de ternura. Tem cor e um sorriso completa-o!
É assim esse abraço. É apenas sonho!
Como se desenha um abraço teu?
11/04/06
Como a chefe tinha companhia para o almoço, o meu apetite não era muito resolvi ir dar uma volta.
O que faz uma mulher quando está com a neura? Exactamente! Vai às compras!!
Passei por uma montra e vi uma blusa linda. Não hesitei, entrei e dei comigo já dentro do gabinete de provas, com duas blusas na mão! E de repente lembrei-me...e agora, como é que vou experimentar isto? Vai ser uma sessão de «ais e uis», cada vez que levantar o braço. Pois, resolvi ir colocar a roupa de novo no lugar. A opção foi comprar uma mala, que afinal não é necessário vestir!
Mais satisfeita, fui então comer alguma coisa, porque também é preciso.
O jantar já estava combinado desde sábado passado. Quando entrei naquele carro, no lugar onde me iria sentar, aguardava-me um lindíssimo ramo de rosas brancas, tão perfeitas que nem pareciam verdadeiras.
- Normalmente oferecem-se rosas vermelhas, eu gosto de ser diferente e resolvi trazer-te essas brancas.
- Obrigada, são lindas!
Tomamos a direcção da vinte e quatro de Julho, e de repente, dei comigo a desejar que o jantar não fosse no BBC. Seria uma coincidência desagradável para mim. Fiquei aliviada quando percebi onde iamos parar. Aguardava-nos uma mesa já reservada.
Conversa banal e bem disposta. Tenho que admitir que o senhor ali sentadado na minha frente, é uma companhia agradável, interessante e discreto na forma como me falou da sua vida, o que faz, o que aprecia e gosta de fazer nos seus tempo de lazer.
Inevitavelmente dou comigo a fazer comparações - já no regresso a casa - entre a pessoa que esteve ali minha frente e alguém.
Andei uns anos para trás, e revivi um jantar no BBC. Lembro-me perfeitamente da emoção que senti, no trajecto até ao restaurante, quando pelo canto do olho, analisava aquele homem que me conduzia eu não sabia para onde, nem me importava, porque o que contava era que estava ali com ele, que «mexia» comigo de uma forma desconhecida, como se existisse algo naquele corpo que me chamasse constantemente. Um chamar em código que só o meu corpo entendia. Lembro-me exactamente do que comi, lembro-me como se fosse hoje, da conversa que tivemos. E de quando a sua mão agarrou a minha.
A partir daí a minha vida pautou-se em histórias de sentir, e dei comigo envolvida em emoções que se escondem na fantasia do viver, como se escrevesse um poema sem o pensar, em formas que se vivem sózinhas e me encantam o olhar. Porque foi sempre sózinha que vivi esta paixão.
É um caminho que faço e sei não ter sentido, não ter rumo, nem um objectivo. Apenas me vou refugiando no sonho.
Agora, ao escrever estas palavras, dou comigo a sentir uma certa revolta cá dentro, porque sei que o que gostaria de escrever aqui, era que tinha jantado com aquele homem que um dia me levou ao BBC, que tinhamos comido uma deliciosa massa com salmão feita por ele, e que terminei a noite, guiada nos seus braços a dançar o "Je t'aime, moi non plus", quando fechei os olhos e por momentos fiz de conta que a letra que ele me cantava ao ouvido era verdade. Era realmente o que ele sentia. Apenas por alguns instantes era realidade!
Há dias assim, que desejamos ser a realidade como no sonho que nos levou até aquele acordar.
Ontem, fiz uma promessa a mim mesma! Porque a vida é realidade! Não é sonho!
10/04/06
Procuro palavras que transmitam o mesmo, mas que sejam novas! Espero, ansiosa, que na ordem ou na desordem das letras, te encontres.
Apetecia esculpir na folha em branco, frases novas, e momentos que pensei irrepetíveis. Os momentos são os mesmo - não são novos - as frases estão gastas, demasiado lidas e ridículas. Nada foi renovado. Continuo a fingir colocar aqui palavras nunca imaginadas para ti, que a minha mão indecisa vai desenhando.
Apetecia esculpir na folha em branco, frases novas, e momentos que pensei irrepetíveis. Os momentos são os mesmo - não são novos - as frases estão gastas, demasiado lidas e ridículas. Nada foi renovado. Continuo a fingir colocar aqui palavras nunca imaginadas para ti, que a minha mão indecisa vai desenhando.
O passado mantem-se no presente e o futuro, que só eu construi para nós, foi edificado em terreno saturado! De sonhos feitos por mim. A inspiração esfumou-se, como o fumo deste cigarro que lentamente morre entre os dedos.
Tanta banalidade criada e escrita, como se com tudo isto, fosse possível intrometer-me no destino já traçado e recria-lo para nós.
Nada foi dito de novo! Certamente apenas repeti o que alguém já escreveu para ti.
Quem sabe esta página em branco, fosse apenas mais original!!
O fim-de-semana no que diz respeito ao tempo foi óptimo.
Sábado, resolvi ir comer umas sardinhas, já tinha saudades. A seguir ao almoço estive algum tempo na preguiça, a fazer tempo para vir trabalhar. A minha amiga estava de regresso, e ligou-me para passar por casa dela antes de ir para o escritório. Estivemos de conversa a saber as novidades. Lá fui então trabalhar, e ela foi para o futebol ver o seu Porto. Pelo que me disse ontem, a noite dela terminou em beleza e boa companhia...
Sábado, resolvi ir comer umas sardinhas, já tinha saudades. A seguir ao almoço estive algum tempo na preguiça, a fazer tempo para vir trabalhar. A minha amiga estava de regresso, e ligou-me para passar por casa dela antes de ir para o escritório. Estivemos de conversa a saber as novidades. Lá fui então trabalhar, e ela foi para o futebol ver o seu Porto. Pelo que me disse ontem, a noite dela terminou em beleza e boa companhia...
- Sabes que mais Miúda, nem vou pensar muito no assunto...!
- Fazes bem, deixa andar!
Ao final da tarde recebo um telefonema a convidar para jantar. Agradeci - uma vez mais - mas tive que recusar porque tinha decidido que não saía dali sem acabar o que estava a fazer.
Como já era a segunda vez que recusava o convite, ficou combinado que seria para hoje. Eram nove e meia da noite e dei por concluido o meu dia de trabalho. Lá fui nas calmas até casa a disfrutar daquela noite tão amena. Apetecia passear, ir sem destino, de preferência em boa companhia. Como não havia a tal companhia, teve que ser sózinha!
Domingo, levantei-me tarde e com uma dor enorme no braço esquerdo. A pontos de não o conseguir mexer! Optei por ir de novo ás sardinhas. Á tarde meti-me no carro e fui comprar uma máquina de lavar roupa e um micro-ondas. Como não tenho onde gastar o dinheiro, os electrodomesticos lá de casa resolveram avariar todos. Falta-me o esquentador - que está mesmo nas «últimas» - e saber se vale a pena arranjar a máquina da loiça!
Ao final da tarde recebo um telefonema a convidar para jantar. Agradeci - uma vez mais - mas tive que recusar porque tinha decidido que não saía dali sem acabar o que estava a fazer.
Como já era a segunda vez que recusava o convite, ficou combinado que seria para hoje. Eram nove e meia da noite e dei por concluido o meu dia de trabalho. Lá fui nas calmas até casa a disfrutar daquela noite tão amena. Apetecia passear, ir sem destino, de preferência em boa companhia. Como não havia a tal companhia, teve que ser sózinha!
Domingo, levantei-me tarde e com uma dor enorme no braço esquerdo. A pontos de não o conseguir mexer! Optei por ir de novo ás sardinhas. Á tarde meti-me no carro e fui comprar uma máquina de lavar roupa e um micro-ondas. Como não tenho onde gastar o dinheiro, os electrodomesticos lá de casa resolveram avariar todos. Falta-me o esquentador - que está mesmo nas «últimas» - e saber se vale a pena arranjar a máquina da loiça!
Terminei o dia de domingo nada bem! O Benfica foi o que foi, a dor no braço cada vez mais insuportável. A noite foi passada sentada num cadeirão na sala, pois era impossivel estar deitada com as dores que tinha!
Hoje, foi uma aventura conduzir até ao serviço! Não foi mesmo nada fácil!
Mas, está sol, o resto não importa nada!
Mas, está sol, o resto não importa nada!
07/04/06
Há espaços que deixam de ter espaço. É como se chegassem ao fim. E não nos apercebemos de imediato que esse fim chegou, porque não foi desenhado. Nem desejado! Não se colocam pontos, como que a dizer que vai terminar "aqui".
E, num impulso, vamos desenhando histórias, nesse espaço, que achamos inesgotável. Nascem memórias, desenham-se sentires únicos e absolutos. As memórias e o sentir vão ficando ali e ocupando o espaço.
O que em tempos era apenas olhar, foi-se transformando em sentir, é já presença. Vamo-nos perdendo no passar do tempo, naquele sentir gostoso, na paixão rubra - como se fosse cor já esquecida - em intermináveis esperas presas no tempo. E inventam-se histórias.
Há palavras que conhecemos, mas que mudaram de sentido. Que têm mais sentido! Que nunca se escreveram como agora, com ilusão, com paixão, e sensibilidade. Passamos a sentir essas palavras, a dar-lhe cor, e ficamos cegos com o colorido da «tela» que vamos desenhando ao longo do tempo com toda a emoção.
E o espaço vai ficando sem espaço!
E vou vivendo, e vou olhando para ti com olhares multicolores. As cores da tela onde nos desenhei.
Eu, sou sempre a mesma. Sou palavra sem sentido, cor que não é, palavra perdida em tela sem cores, esquecida e sem sentir. É o que tenho. É o que sou. Não posso inventar-me, refazer-me, nascer de novo, para ti.
As memórias ficaram...
Preencheram o espaço, onde já não há espaço!
Onde já não cabe, nem um ponto final!!!
06/04/06
Por aqui, o dia de trabalho já terminou. Neste preciso momento, dou por encerrada mais uma sessão de papeis e mais papeis.
Mas na verdade o trabalho, para mim, ainda não acabou.
Vou sair daqui, e vou para ali...!
Espero que o dia de amanhã não seja de chuva! Eu sei que ela faz falta, mas já estou um pouquinho cansada de chuva. O fim-de-semana bem que podia ser de sol! Apetece-me o sol.
Até amanhã!
Sonho contigo:
As minhas mãos abertas de espanto
percorrem o teu corpo nu
riscando-te na pele
pequenas histórias de prazer
com a ponta dos dedos.
Sonho contigo:
O teus olhos acendem-se nos meus
numa equação de espelhos
e esqueço tudo
menos o prazer que sinto
ao perder-me em ti.
Sonho contigo:
É isso que sempre faço
é isso que sempre fazemos
de cada vez que nos encontramos
sonhamos um com o outro.
- Luís Ene -
Barcelona - 2 / Benfica - 0
Pois é, mais um sonho que ficou pelo caminho. Normalmente os erros pagam-se caro! Penso que o árbitro foi tendencioso! Acho que o Benfica jogou melhor cá do que lá, e que deixou escapar - o Simão - a única oportunidade que teve de marcar um golo. Após o primeiro golo, achei que muitos outros se seguiriam, mas não foi bem assim. O Moreto estava mais calmo do que no jogo na Luz. E defendeu um "penalti". Não foi o Ronaldinho que falhou, foi sim o Moreto que o defendeu. Na minha opinião são coisas diferentes!
Enquanto o jogo decorria, a minha amiga que está no estrangeiro, resolveu começar a enviar-me sms, não sobre o jogo, mas sim a «relartar-me» o que por lá acontecia com as pessoas que estavam a ouvir o relato com ela. Ou melhor, sobre alguém, que pelo que me disse é um Benfiquista «doente». A certa altura diz-me ela:
- E perguntas-me tu, como se chama o senhor?
........??
- Pois, é isso mesmo...!!!
Bem, já era quase meia noite e ainda trocavamos sms!
Sendo assim, e visto que não há meias finais para o Benfica, temos que arranjar um sábado para fazermos o tal arroz.... esse, exactamente!
Bom dia!
05/04/06
E quando toca o meu telefone, olho para o número desconhecido, e pergunto-me:
- Quem será? Não conheço este número!
Atendi e... surpresa!!
O convite para jantar veio bem mais depressa do que eu imaginei!
Aliás, um amigo meu dizia-me que: "dava uma semana para este convite acontecer".
Tenho que lhe ligar a dizer que se enganou no prognóstico! E para lhe perguntar, como é que o senhor «adivinhou» o meu número de telemóvel...! Pois!
- Quem será? Não conheço este número!
Atendi e... surpresa!!
O convite para jantar veio bem mais depressa do que eu imaginei!
Aliás, um amigo meu dizia-me que: "dava uma semana para este convite acontecer".
Tenho que lhe ligar a dizer que se enganou no prognóstico! E para lhe perguntar, como é que o senhor «adivinhou» o meu número de telemóvel...! Pois!
Pedem-me desculpa pelo convite ser quase em cima da hora, mas só agora foi possível o telefonema!
Jantar hoje? Nem pensar! O meu Benfica vai jogar!
Tem que ficar para outro dia a combinar.
Quando a semana passada aconteceu o Benfica / Barcelona, pensava eu - que sou uma entendida em futebol - que o próximo jogo seria 15 dias depois! Como tal ia então acontecer o tal jantar de "arroz de miscaros".
Mas não, o jogo é mesmo hoje, e a minha amiga não está cá para fazermos a tal jantarada, acompanhada por um óptimo vinho, enquanto viamos o meu Benfica jogar!
Pois terá mesmo que ficar para as meias finais...!
Sim, porque eu mantenho a esperança no jogo de logo à noite e de que o Benfica vai conseguir!
Se marcarmos por lá um golinho...
Se marcarmos por lá um golinho...
Boa sorte Benfica!!!
Se não houver meias finais, será num sábado qualquer, não faltarão dias apropriados para o tal arroz, que é mesmo uma delicia!
Há dias, de regresso a casa, sentia-me naqueles dias em que simplesmente ia! Nem importava para onde. Absorta a tudo - o carro levava-me - acho que nem sequer me dava conta da paisagem que ficava para trás, que indiferente atropelava o tempo.
A certa altura, dei comigo a não conseguir conter as lágrimas, e uma angústia sem tamanho. Tive mesmo que parar o carro e ali estive alguns minutos. Quando me senti capaz, peguei no telefone e enviei um sms com poucas palavras. Após isso, liguei o carro e segui o meu caminho.
Aquelas poucas e simples palavras levavam com elas tudo o que sufoco cá dentro, e que por vezes já não tenho como guardar. Quem as recebeu, não faz ideia de tudo o que continham.
A certa altura, dei comigo a não conseguir conter as lágrimas, e uma angústia sem tamanho. Tive mesmo que parar o carro e ali estive alguns minutos. Quando me senti capaz, peguei no telefone e enviei um sms com poucas palavras. Após isso, liguei o carro e segui o meu caminho.
Aquelas poucas e simples palavras levavam com elas tudo o que sufoco cá dentro, e que por vezes já não tenho como guardar. Quem as recebeu, não faz ideia de tudo o que continham.
Não falavam de amor. Falavam sim, em "gostar muito"! Porque a palavra «amor», por vezes, é proibida, está-nos vedada! Não se pode ou deve dizer.
Concentrei-me nesta verdade o resto do trajecto! Esta realidade colocou-me perante a decomposição da consciencia - da minha - e obrigou-me a rever o conceito de realidade, e uma vez mais chego à conclusão que devo aceitá-la, talvez até de uma forma paciente e reflectida.
Embora a palavra amor signifique o mais belo sentimento que podemos transmitir a alguém, eu sinto como se fosse algo proibido, feio, como se fosse um pecado, algo de que me devo envergonhar de ter por outra pessoa. Porque não o posso demonstrar! Porque o devo disfarçar! E uma vez por outra já não consigo retê-lo por mais tempo e então transformo-o em lágrimas! Afinal o amor não deveria ser em forma de lágrima. Deveria ter a forma de um sorriso, de um abraço apertado, de entrelaçar de mãos, de um beijo , de um afago! Mas não! No meu caso, não!
E espero, por vezes em desespero, respostas de mim. Não de ti, porque essas já me deste. Já as sei todas. As palavras que não digo, pesam-me. Prendem-se, atropeladas na angústia de as dizer, de as fazer ouvir. De tanto as guardar! Proibidas!
E tu não as ouves! Não as queres!
Conviver e aceitar esta forma de sentir, de gostar e calar, é um desafio ao amor!
E o sentimento deixa de ter dimensão...
04/04/06
As minhas primeiras palavras de hoje, vão para a minha filhota, que faz quinze anos!
Parece que ainda ontem, andava com ela ao colo, lhe amparava os primeiros passos, dormia com ela encostada ao meu peito nas noites mal dormidas do romper dos primeiros dentinhos - acho que a minha filha teve uma otite por cada dente que lhe nasceu - mas foi sempre uma criança calma, bem disposta, simpática, e muito meiguinha.
Hoje é uma adolescente, que conservou tudo isso, mas é também uma menina responsável, que tem plena noção das dificuldades da vida, boa estudante, e amiga dos seus amigos.
Ontem, logo após a meia noite, quando lhe dei os parabéns por mais um aniversário, desejei-lhe tudo de bom na vida, mas também lhe disse que para se conseguir alcançar os nossos sonhos é preciso muito trabalho, muito sacrificio, muito estudo. Nada se consegue sem um grande esforço.
E com a certeza de que a "Bi" estara sempre do lado dela para a apoiar nos momentos menos bons, e aplaudir as suas vitórias.
Parabéns "pequenissima"!!!
03/04/06
Je Vais T'aimer
A faire pâlir tous les Marquis de Sade
A faire rougir les putains de la rade
A faire crier grâce à tous les échos
A faire trembler les murs de Jéricho
Je vais t'aimer.
A faire flamber des enfers dans tes yeux
A faire jurer tous les tonnerres de Dieu
A faire dresser tes seins et tous les Saints
A faire prier et supplier nos mains
Je vais t'aimer.
Ja vais t'aimer
Comme on ne t'a jamais aimée
Je vais t'aimer
Plus loin que tes rêves ont imaginé
Je vais t'aimer. Je vais t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme personne n'a osé t'aimer
Je vais t'aimer
Comme j'aurai tellement aimé être aimé
Je vais t'aimer. Je vais t'aimer.
A faire vieillir, à faire blanchir la nuit
A faire brûler la lumière jusqu'au jour
A la passion et jusqu'à la folie
Je vais t'aimer, je vais t'aimer d'amour
A faire cerner à faire fermer nos yeux
A faire souffrir à faire mourir nos corps
A faire voler nos âmes aux septièmes cieux
A se croire morts et faire l'amour encore
Je vais t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme on ne t'a jamais aimée
Je vais t'aimer
Plus loin que tes rêves ont imaginé
Je vais t'aimer. Je vais t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme personne n'a osé t'aimer
Je vais t'aimer
Comme j'aurai tellement aimé être aimé
Je vais t'aimer. Je vais t'aimer.
- Michel Sardou / Lara Fabien -
A faire pâlir tous les Marquis de Sade
A faire rougir les putains de la rade
A faire crier grâce à tous les échos
A faire trembler les murs de Jéricho
Je vais t'aimer.
A faire flamber des enfers dans tes yeux
A faire jurer tous les tonnerres de Dieu
A faire dresser tes seins et tous les Saints
A faire prier et supplier nos mains
Je vais t'aimer.
Ja vais t'aimer
Comme on ne t'a jamais aimée
Je vais t'aimer
Plus loin que tes rêves ont imaginé
Je vais t'aimer. Je vais t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme personne n'a osé t'aimer
Je vais t'aimer
Comme j'aurai tellement aimé être aimé
Je vais t'aimer. Je vais t'aimer.
A faire vieillir, à faire blanchir la nuit
A faire brûler la lumière jusqu'au jour
A la passion et jusqu'à la folie
Je vais t'aimer, je vais t'aimer d'amour
A faire cerner à faire fermer nos yeux
A faire souffrir à faire mourir nos corps
A faire voler nos âmes aux septièmes cieux
A se croire morts et faire l'amour encore
Je vais t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme on ne t'a jamais aimée
Je vais t'aimer
Plus loin que tes rêves ont imaginé
Je vais t'aimer. Je vais t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme personne n'a osé t'aimer
Je vais t'aimer
Comme j'aurai tellement aimé être aimé
Je vais t'aimer. Je vais t'aimer.
- Michel Sardou / Lara Fabien -
Tenho este cd no carro, e ouvi enquanto regressava ao serviço a seguir ao almoço. Se não conhecem, podem ouvir através da internet - onde tudo se encontra hoje em dia - e acreditem que vale mesmo a pena!!
O fim-de-semana esteve fantástico. Já se nota que a primavera está por aí em pleno.
No sábado fiquei por casa. Levantei-me cedo, fui para o cabeleireiro onde passei a manhã. Estava mesmo a precisar, de mudar um pouco o visual. Á tarde estive por casa, pois havia umas coisinhas para arrumar.
No domingo, embora tenha acordado por volta das dez, mantive-me na cama completamente na preguiça, como aliás gosto de fazer. Ficar naquele "dorme e acorda".
A seguir ao almoço fui far uma voltinha pela Serra da Arrábida, onde por sinal havia muita gente. Não tomei o café no Portinho, o trânsito para aquelas bandas estava complicado. Acabei por parar em Azeitão. Regressei a casa, pois tinha um jantar, para os lados de Mafra, onde uns amigos têm uma quinta.
Ainda cheguei a tempo de disfrutar um pouco de ar puro e bastante sol, e ainda no jardim tomamos um aperitivo. Estavam por lá alguns amigos comuns e outros e fiquei a conhecer.
Durante o jantar, já no salão, acendeu-se a lareira, pois para aqueles lados ainda faz frio à noite. Estava um ambiente óptimo, de conversa amena e divertida, com um grupo simpático.
A certa altura, abstrai-me um pouco e fiquei a olhar o fogo da lareira. Acho que consegui por momentos, nem sequer pensar. Estava mesmo só a olhar o crepitar das labaredas, enquanto acendo um cigarro.
Alguém se senta no braço do cadeirão onde eu estava, e diz-me:
- É fantástico ver o fogo, relaxa, não é verdade? Mas como uma coisa tão bela por vezes se torna numa força imparavel e destruidora! Que tal um "cognaque" para acompanhar a conversa?
Ali estivemos por algum tempo numa conversa banal. Quando acabamos de conhecer alguém, pouco há para se falar.
Quando regressei a casa, fiz aqueles quase sessenta quilómetros do tipo "a passear", a ouvir música, sem pressas, embora já não fosse cedo, passava da uma da manhã quando me meti no carro. Como sempre pensei na minha vida e ainda me ri sózinha com o que o meu amigo, o dono da quinta, me segredou ao ouvido, quando já estava dentro do carro, sobre o senhor que esteve de conversa comigo.
Bom dia! Boa semana!
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