17/04/06

Pronto, o fim-de-semana grande já lá vai, a Páscoa também.
Fiquei por aqui, e passei estes dias a trabalhar. Porque em casa também se trabalhar e não é pouco.
Sexta feira passei o dia a arrumar armários e gavetas, separar roupas o que ainda serve, o que já não se veste e a chegar uma vez mais, à conclusão que se guarda muita coisa que acabamos por nunca utilizar. Entretanto recebi um convite para jantar, e ao final da tarde meti-me no carro é fui até às Azenhas do Mar, a casa fica na encosta, com uma vista sobre o mar que é de tirar a respiração. No terraço enorme, há um jacuzzi onde se deve estar muito bem no verão. Já me disseram: está aqui, aparece quando quiseres!
A certa altura do jantar, por momentos o meu pensamento ausentou-se daquela sala, fugiu para longe, e dei comigo a pensar em como ficamos vulneráveis, frageis, quando sentimos muito a falta de alguém que não podemos ter nunca. É uma ausência constante, que por vezes até nos sufoca, que se torna imensa e que nunca sabemos quando irá terminar, porque não depende de nós nem do nosso querer. Depende unicamente de quem nunca sente a nossa falta. E naqueles momentos, ou temos os pés "bem acentes na terra", ou muita coisa pode fugir ao nosso controlo e simplesmente acontecer. O facto de nos sentirmos tão sós muitas vezes, leva-nos a desejar em certas alturas pôr tudo para trás das costas, e simplesmente deixarmo-nos ir ao sabor do desconhecido! Afinal é sempre assim que tudo começa...
Sábado de manhã meti-me no cabeleireiro! A seguir ao almoço, resolvi vir para Lisboa trabalhar para o escritório da minha amiga, pois queria acabar a relação do stock. Quando vinha a caminho ela liga-me:
- Já reparei que vais a conduzir. Posso saber o que andas a fazer?
- Vou para o escritório.
- Hoje? Estás maluca? Já te ligo, pois estou a chegar do Algarve.
Lá fui para a minha tarefa, e depois de tudo conferido passei a listagem para o computador e dei o dia por terminado, eram 20.30H.
Entretanto ela liga-me a dizer que ia jantar com mais dois amigos se eu queria ir, estava combinado para as dez da noite.
Digo que sim, mas de repente percebi que estava em t-shirt e calças de fato de treino, não muito próprio para ir jantar onde quer que fosse. Meti-me no carro, fui a Setúbal num «saltinho», tomei um duche, arranjei-me e voltei para Lisboa.
Terminamos a noite no BBC, onde apareceu mais um amigo. Eram quatro da manhã quando fui para casa.
No Domingo levantei-me cedo, pois saiu-me na "rifa" ser eu a fazer o almoço de Páscoa.
Da parte da tarde, continuei nas minhas arrumações. Mudei o candeeiro de tecto do meu quarto, a mesa de cabeceira e o candeeiro, tirei uma parte das cortinas para alterar, mudei a comoda do quarto do meu pequenino, arrumei tudo e deitei um montão de lixo fora. Faltavam exactamente cinco minutos para a meia noite quando disse cá para mim: Já está! Por hoje chega. Tomei uma banhoca, o copo do leite do costume, fumei o último cigarro, e fui para a cama... "apaguei" assim que me deitei!
Cá estou, para mais uma semana de trabalho.