13/04/06

Parte de um email que recebi em dezembro, e que hoje reli - uma e outra vez - para tentar entender que formas há de "gostar".

"... Sabes que gosto de ti, que gosto muito de ti - infelizmente não da mesma maneira que tu gostarias e, também, não da mesma forma que tu gostas de mim. Isto para ti não será uma novidade, mas devo dizer-ta..."

Conheço algumas formas de gostar de alguém. O gostar físico - que é breve - o gostar como amigo - aquela pessoa em quem confiamos, que é cumplice, que nos apoia, e está ali quando mais precisamos - e o gostar com amor, aquele alguém por quem fazemos loucuras se necessário for, aquela pessoa com quem desejamos estar, independentemente de haver ou não sexo, aquela voz que adoramos ouvir, aquele sms que ansiamos receber, aquele nome que é o último em quem pensamos ao adormecer e o primeiro que pronunciamos ao acordar. Aquele homem de quem gostamos de ter saudades, que nos faz falta, que gostariamos de ter junto de nós quando nos apetece dar-lhe um abraço ou um beijo. A quem poderiamos mandar um email a dizer apenas: estou a pensar em ti! Já te disse hoje que te amo? Apeteces-me! Só isto. E sabermos que quem recebe fica feliz porque para ele aquelas poucas palavras são importantes, fazem-lhe bem. Esta é a minha forma de gostar e de o demonstrar quando é possível.
Haverá outras formas de gostar, certamente. Que desconheço! Mas não deixarão de ser tão válidas como as minhas.
Já aqui falei nisto, e de novo pergunto - se alguém me souber responder - se podemos gostar (sem ser com amizade) um pouco mais desta pessoa - homem ou mulher - e um pouco menos daquela.
Tu sabes o porquê destas palavras, e apenas te peço que compreendas estas minhas dúvidas, esta minha "não compreensão". Eu sei que tu gostas de mim, mas tenho quase a certeza - neste quase reside em mim um mundo de perguntas e dúvidas ás quais não precisas de responder porque sei que não fazem o teu género - de que apenas sou uma «amiga» com quem gostas de estar uma vez por outra! Sei que te lembras de mim, quando me vês, porque quando estás no "teu mundo" nem a minha sombra faz parte dele. Simplesmente não existo! Se estou a ser injusta contigo, peço-te que me desculpes, esta é apenas a ideia do que me transmites. Não somos todos iguais e tu não tens que ser nem sentir como eu, nem sequer ver a vida com os mesmos olhos que eu, mas simplesmente não sou capaz de gostar de outra maneira, em mim só há capacidade para gostar ou não gostar, nem o meu amor é "doseado".
Ou é tudo...ou não existe!!!
Sou fiel aos meus sentimentos, e essa atitude leva-se a ser fiel à pessoa por quem os tenho!
Estas palavras são apenas o que por vezes passa na minha cabeça, e como não tenho com quem falar de tudo isto, vou colocando aqui, não esperando respostas, nem a fazer perguntas, mas sim num desabafo.
De ti já tive mais do que algum dia esperei vir a ter.
Estou feliz por isso, acredita!
E continuo a gostar de ti. Demasiado!