20/04/06

Por vezes, quando damos conta, já é tarde!
É sempre tarde, quando te procuro. A hora passou...
Como se os passos percorressem um caminho já traçado e pisado tantas outras vezes até ti. Sempre na esperança e a doce sensação que é ali - será ali - a escassos metros e poucos segundos, que encontrarei a essência, que me move a vida e lhe dá côr. Estás ali! O olhar ansioso e disfarçado, procura-te!
Cada promenor teu me fascina!
Talvez haja quem não te veja a beleza despida, em que apenas eu reparo a cada olhar que te lanço e toca. Quando existe a beleza exterior, pouco se repara na outra. Na grandeza desses vestígios que só o olhar atento de quem ama, pode perceber. E só eu percebo em cada tom com que te provo, em cada som com que te olho, a cada sabor quando te oiço, a cada beijo que te dou com o pensamento. Tu não te dás conta disso, tens as atenções todas à tua frente.
Mesmo na escuridão da distância...vejo-te! Mesmo com as palavras veladas em que comunicamos, entendo-te! Cada palavra tua tem um sabor sentido! Na vertigem de um olhar teu, sou capaz de tudo!
Por ti, faço tudo! Perversamente pelo nada que me dás, pelas «promessas» que adivinho nas tuas mãos quando me tocas por breves instantes. E em breves instantes tudo fica esquecido!
E tu sabes, que por ti faço tudo! Tu sabes que é assim!
Eu, também sei!
É preciso amar, para nos darmos conta de pequenos nadas...
Mas - por vezes - quando damos conta já é tarde!
Porque nunca foi importante!!!