25/05/06

Definitivamente há "relações" - aplico esta palavra porque não sei que outra utilizar - que na verdade nunca são nada de concreto. Existem apenas nos momentos em que realmente acontecem! Apenas nesses instantes são algo verdadeiro, não são imaginação. Sentem-se. Tocam-se. São realidade!
Todos os outros momentos, horas, dias, semanas, são uma sucessão de tempo com sabor meio amargo, talvez agridoce. De espera! De desejo contido.
É como andar em cima de um fio de arame, uma linha fina, insegura, onde existe sempre a possibilidade de num momento cairmos, para qualquer dos lados.
O olhar sempre pousado no que não temos a capacidade de tornar realidade, embora se deseje muito, como se vivessemos sempre na sombra, iluminada uma vez por outra, por instantes concretos, visiveis, definidos, tácteis.
É uma mistura de prazer e dor. E o vazio que divide esses dois estados. Aquela linha fina, onde aguardamos...
Aquela transição, aquele espaço, a passagem que não é nada, que nunca chega a ser nada, porque nunca sabemos para que lado da «linha» vamos cair!!!