15/05/06

Na brevidade dos momentos contigo.
Na expectativa do toque...
Na complexidade do que se sente, quando se olha aquele corpo, quando se absorve o cheiro da pele.
Num instante reconhecemos o fundamental, o que de verdade se deseja. O instante que não se esgota. Que se prolonga no prazer.
Analiso cada recanto, cada contorno percorrido pelos meus dedos, e vais revelando os segredos... Num momento de lucidez recordo cada palavra, a tua sedução.
A dimensão do espaço é breve, e curta a noção do tempo. Nada existe para além dos corpos.
E sinto...
A respiração confunde-se! Lenta e compassada! Os olhares cruzam-se! As bocas tocam-se.
Os sentidos despertam de novo, e de novo há silêncio. Os corpos fundem-se. Procuram-se! Prolongam-se novos momentos!
O sim já não é mera hipótese! É certeza! É urgência...
E no final, fica o sabor, a ternura dos corpos abraçados.
Foste o meu poema absoluto, na brevidade de um momento eterno...