Ontem cheguei a casa já passava da meia noite.
A minha filha ainda estava acordada, segundo me disse, a estudar!
A minha filha ainda estava acordada, segundo me disse, a estudar!
Eu ia com uma «fome» absoluta de mimos, de abraços e beijos sinceros. De todas aquelas manifestações de carinho que nós sabemos que vêem de quem nos quer bem, de quem gosta de verdade de nós, e que todos aqueles gestos são sentidos mútuamente.
Porque há momentos em que apetece tudo isso - dar e receber - é mesmo uma necessidade absoluta. Quem não precisa de carinho, de ternura, de mimos? Quem não gosta de os receber?
A minha filha disse-me assim que entrei em casa:
- Bi, ainda bem que chegaste a tempo de eu te dar um abracinho, daqueles apertados!
Olhei para ela e respondi que na verdade hoje eu precisava muito.
Foi tão bom sentir aquele abraço sincero, apertado, que naquele momento até me saltaram as lágrimas, que disfarcei de imediato.
De seguida fui ao quarto do pequenino e mesmo com ele a dormir - porque tem um sono tipo "pedra" ao contrario da irmã - deitei-me ao seu lado e dei-lhe um montão de beijos.
Fiquei ali alguns minutos, apenas a saborear aquele momento, que foi tão doce para mim.
Nunca tive vergonha de falar e demonstrar os meus sentimentos, preciso mesmo de os expor, de «deitar» cá para fora - nunca com o intuito de receber de volta - mas por vezes penso que essa atitude incomoda quem os recebe.
E na verdade eu compreendo que seja assim.
Mas os nossos filhos não, esses gostam sempre de os receber, sempre mais e mais!
Ainda bem que é assim! Caso contrário, a quem dariamos tudo isto e de quem receberiamos tanto e sempre tão sincero?