23/05/06

O olhar abstrai-se, para além da janela.
Não vislumbra qualquer objecto.
Distante. Vazio. Perdido.
Apenas o nada. O infinito talvez!
O pensamento perde-se em lembranças, em labirintos de momentos bons, de prazer. Uns recentes. Outros já não.
Regista-se o bom. E o difícil. Aquele momento que nunca desejamos que chegue.
A despedida. O fim.
Essa parte triste da despedida. Sempre com um sorriso, e sempre com o coração apertado.
E desejamos, em fracções de segundos, naquele breve instante em que pode acontecer tudo o que nunca tinha acontecido antes...
Só por momentos, como se existisse um vazio que aguarda algo. Uma palavra? Um gesto? O passar da mão nos cabelos?
E nada acontece de novo!
Apenas, o mesmo ritual, que tão bem se conhece!
Até...