Uma despedida é sempre algo muito dorido, muito angustiante.
Quando se trata de alguém que nos é particularmente "especial", torna-se mesmo algo que não conseguimos exprimir por palavras. A dor da ausência que já se adivinha, parece nos vai sufocar!
E tentamos ser "fortes", mais do que aquela dor sem limites, escondemos as lágrimas atrás do nosso mais belo sorriso. Tentamos sufocar aquele misto de dor e medo, porque a certeza de não sabemos quando vai - ou até se vai - terminar aquela ausência, causa também medo, porque não dizê-lo?
Tentamos ao limite amordaçar o medo, o nó na garganta, quando aquela porta se fecha entre nós.
Amordaçamos, estrangulamos aquele medo, ou é ele que nos amordaça a nós?
É como se, aos poucos, nos fosse roubando o ar de que precisamos para viver, como se todo aquele ar tivesse ficado do lado de lá da porta que acabou de se fechar.
Quase inconscientemente, lá continuamos o caminho!
Acompanhada pelo medo que me amordaça, e se junta à longa ausência adivinhada e confirmada, que aos poucos me vai também estrangulando a vontade em acreditar que a amizade afinal sobreviveu à tal porta, que um dia se fechou em silêncio....
Foi há quanto tempo??
Eu, já não sei....
Boa noite.