Ontem a SIC transmitiu o documentário de James Cameron, "O Túmulo Perdido".
Trata-se da possível descoberta em 1980 do túmulo de Jesus e sua família.
Bem, estive "pregada" em frente à televisão enquanto decorreu o documentário e tenho que admitir que mexeu comigo. É uma questão um tanto delicada e levanta alguma polémica no que diz respeito à ressurreição, e contraria tudo o que nós cristãos aprendemos e nos transmitiram até hoje.
A história dos evangelhos diz que ao terceiro dia após a sua morte, Jesus subiu aos céus, não só o espírito mas o corpo, pelo facto de a sua sepultura ter sido encontrada vazia, descoberta feita por Maria Madalena. Não me chocou tudo o que foi referido - verdade ou não - no documentário. Que Jesus tinha mais irmãos, que foi casado com Maria Madalena, que tiveram um filho. De tudo isto já se fala há muito tempo e acho absolutamente normal, porque afinal Jesus enquanto andou na terra era um homem normal, de carne e osso, e nós fomos feitos à sua imagem.
Que ele subiu aos céus, sim acredito, mas em espírito. O que mexeu comigo, foi a descoberta, a possibilidade de ser seu aquele túmulo e da sua família. E apeteceu-me estar ali, ir lá ver, fazer parte daquele momento. Sempre me fascinou a cidade de Jerusalém, pela sua história. Era a cidade que eu gostaria de conhecer, mais do que qualquer outra.
Sou católica - não praticante - mas crente. Frequentei um colégio de freiras dos cinco aos catorze anos, o colégio "Sagrado Coração de Maria" em Moçambique. Fui baptizada, andei na catequese vários anos, fiz a primeira comunhão e o crisma. Tenho a minha fé, mas não acredito em tudo quanto me foi dito em criança.
A minha curiosidade ficou ao rubro e a minha vontade de ir conhecer ainda é maior.
O que fica do programa é a ciência em potencial confronto com a fé.
A minha fé não ficou minimamente afectada.