18/04/07

Foto: Emmanuel S.Pollux

Por vezes, apesar das várias escolhas, optamos por ser solitários. Porque sim!
Talvez pela opção que fiz, há dias em que me sinto frágil, exposta, mesmo quando trago vestido aquele que julgo ser o meu mais belo sorriso, que quero todos percebam.
E há momentos de muita coragem, em que me sinto capaz de dizer tudo o que sempre guardei só para mim.
Foram tantas as vezes em que me vim embora carregada de dúvidas, e coberta de tantas outras certezas. As dúvidas diziam respeito a tudo o que ficava para trás, fora do meu alcance. Sempre tive tendência de guardar para mim as dúvidas e qualquer coisa indefinida que existisse cá dentro.
As certezas que trazia comigo - que sempre foram - eram tudo o que deseja não ter.
Tudo o que sempre foi importante para mim, nunca deixou marcas - boas ou más - do outro lado! Não só os momentos físicos, de corpos apertados um no outro, mas sim qualquer outra coisa, um instante apenas, um olhar que tenhamos cruzado, um abraço que tenha sido diferente de todos os outros, um sorriso que até veio no momento certo, um beijo mais apetecido que qualquer outro, ou um segundo que tenha sido transcendente, uma essência que fique no meio entre o meu amor e o outro nada.... sei lá, qualquer coisa do tanto que era importante para mim!! Não ficaram marcas.
Apenas restam os meus inabaláveis afectos...
Um brinde a todos esses afectos!
Por existirem! Por serem verdadeiros! Por resistirem ao nada!
Porque são meus...
Boa noite.